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A poucos dias das eleições no Egito, marcadas para a próxima segunda-feira (28) o clima de tensão e revolta aumenta nas principais cidades do país, incluindo a capital, Cairo. Desde o dia 19 (sábado), manifestantes ocupam a Praça Tahrir, na capital, símbolo da resistência, e exigem o fim do governo provisório do Conselho Supremo das Forças Armadas, comandado pelo marechal Mohamed Hussein Tantawi. Pelo menos 33 pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas nos confrontos entre policiais e manifestantes.

Em pronunciamento na TV, dois dos generais que governam o país pediram desculpas à população pelas mortes de civis nos confrontos. Foi a primeira vez desde o início dos protestos que integrantes da junta militar se desculpam pela violência usada na repressão do movimento.

Na quinta (23), a alta comissária para Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, condenou a atuação das forças de segurança egípcias contra os manifestantes que protestam na Praça Tahrir, no centro do Cairo.

Nas ruas, a população mantém a desconfiança em relação aos militares. Para os manifestantes, a Junta Militar mantém vínculos com o antigo governo do ex-presidente Hosni Mubarak – que renunciou em 11 de março deste ano. Correm rumores de que os militares manterão o domínio sobre o país, mesmo após a eleição de um governo civil.

Sem adiantamento – O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito confirmou nesta quinta-feira (24) que as eleições parlamentares no país ocorrerão na próxima segunda-feira (28), apesar das manifestações e da onda de violência que atingem várias cidades do país. A decisão foi anunciada pelo general Mahmoud Shaheen em declaração divulgada pelas emissoras locais de televisão.

“Não haverá adiamento das eleições. As eleições ocorrerão na data prevista”, disse Shaheen. O general Mukhtar El Mallah acrescentou que os egípcios devem se concentrar nas eleições, e não nos protestos.

Mallah disse ainda que atender à reivindicação dos manifestantes para a demissão imediata da Junta Militar é “uma traição à confiança depositada nas nossas mãos pelo povo”. “Não vamos abandonar o poder por causa de uma multidão que grita palavras de ordem. Estar no poder não é uma bênção, é uma maldição. É uma responsabilidade muito pesada”, disse.

Shaheen respondeu ao ministro do Interior, Mansour Al Essawy, que horas antes havia defendido o adiamento das eleições. Essawy disse que fez sua sugestão, por meio de comunicados, a integrantes do Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país, alegando que os integrantes do governo “têm dúvidas sobre a conveniência de eleições”.

Com informações das agências Brasil, Lusa e BBC Brasil

Publicado em 24/11/2011 -

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