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 A Maria, no Oeste. A Odília, no litoral. A Ruth, no Vale do Itajaí. A Lourdes, na Serra. Nas cidades e nas áreas rurais de Santa Catarina muitas mulheres sentiram no cotidiano que as políticas públicas do Governo Lula trazem grandes transformações nos últimos anos, melhoram a vida das pessoas e caminham, com toda firmeza, por caminhos que buscam a igualdade de gênero e o aumento da participação da mulher.

 

Pensemos em exemplos claros, como o subsídio para habitações rurais, que ajudou a erguer e reformar milhares de casas nas comunidades de nosso interior. Quantas mulheres, como a Maria, lá do Oeste, estão hoje mais felizes e com a auto-estima elevada em sua casa nova? São muitas.

 

E a campanha de documentação das mulheres rurais, que trouxe a garantia de que, efetivamente, as trabalhadoras tenham acesso às políticas públicas e sejam protagonistas em seus espaços? Sim, outro grande avanço, sem dúvidas.

 

São políticas amplas, que trazem em sua essência a preocupação com cada uma de nós. Vejamos outro exemplo que traz à tona milhares de mulheres trabalhadoras urbanas, até hoje na informalidade. A inclusão de mulheres no programa Microempreendedor Individual, como costureiras, confeiteiras, artesãs, cabeleireiras, manicures, entre outras, garantindo os benefícios previdenciários, muda bastante o dia-a-dia das trabalhadoras. A Odília, costureira do litoral do Estado, já comemorou.

 

A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, é outro avanço incondicional na direção da proteção aos direitos das mulheres. Neste caminho, também está uma campanha importantíssima, chamada Mulheres Donas da Própria Vida, que visa enfrentar e prevenir a violência sofrida pelas mulheres rurais de todo o país.

 

A verdade é que acompanhamos um novo tempo, com valorização das grandes lutas que nós mulheres já travamos para ocupar espaços. Até 2003 não existia no Brasil nenhum órgão específico para tratar da questão da mulher. Então, no primeiro dia de seu governo, o Presidente Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que trabalha bravamente pela melhoria na qualidade de vida das mulheres. E que em logo será transformada em Ministério, para ampliar e fortalecer sua atuação.

 

Acredito que 2010 é um ano especialmente importante para as mulheres brasileiras, pois temos a oportunidade de eleger uma presidenta, uma mulher para governar o Brasil. Creio que o avanço da representação feminina nas esferas de poder pode aumentar ainda mais, já que nesta eleição duas mulheres irão disputar o cargo mais importante do país. Duas mulheres que têm trajetórias de vida e de luta extraordinárias. Dilma lutou pela democratização deste país e a senadora Marina lutou para ser ouvida numa causa absolutamente fundamental para o planeta.

 

Mas ainda, infelizmente, somos minoria no Parlamento, em cargos de confiança no Executivo e também no Judiciário. Mas já é hora da mulher se colocar à frente das decisões. Sei disso, pois tive que me colocar como liderança no Congresso com muito trabalho e firmeza de posições. Quantas são as mulheres líderes de bancadas partidárias? Posso dizer que contribuí para a ascensão da mulher no Legislativo, afinal fui líder da minha bancada no Senado por quatro vezes e agora ocupo pelo segundo ano a liderança do Governo no Congresso. Nosso caminho na busca de espaço ainda é longo, mas já avançamos muito. E muito ainda avançaremos, com determinação, trabalho e sensibilidade.

 

Autor: Ideli Salvatti – Senadora e Líder do Governo no Congresso Nacional

Publicado em 5/03/2010 -

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