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A economia brasileira neste ano apresentará crescimento em todos os trimestres e, consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB) irá experimentar o maior crescimento dos últimos 25 anos. A afirmação é do diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa de Econômica Aplicada (IPEA), João Sicsú. Ele explicou que os dois principais elementos que contribuem para esse desempenho acima de 6% são os investimentos na produção e a distribuição de renda. Em 2006, o PIB cresceu 4% e os investimentos na produção foram de 10,3%, resultando na melhoria da renda das pessoas. "Quando os investimentos são o dobro ou o triplo do tamanho da evolução do PIB, estamos diante de um crescimento sustentável e é isto que está acontecendo", disse Sicsú nesta quinta-feira (06/05) em palestra realizada no Gabinete da Liderança do PT no Senado.

Em 2008, no auge da crise financeira global, Sicsú fez uma palestra para os assessores da Liderança do PT abordando os pontos que poderiam prejudicar ou não a economia brasileira. Na ocasião, alertou que o governo deveria adotar medidas anticíclicas para garantir a manutenção de mais de 20 milhões de pessoas na classe C, uma conquista do governo Lula. Ao direcionar a produção para o mercado interno, manter as linhas de crédito e desonerar alguns setores, como a indústria automobilística, a produção industrial sofreu uma queda apenas no último trimestre de 2008.

Naquele trimestre, a economia recuou 0,2% e os investimentos na produção caíram 17,5%. Com as medidas adotadas, o que se notou foi a retomada do crescimento e dos investimentos. "Além disso, o que podemos observar é que as indústrias reduziram a produção, sem promover demissões. Houve uma queda da produção localizada na indústria, enquanto que o comércio se deu bem, porque `queimou´ os estoques".

Sicsú lembrou que durante a crise, os especialistas – alguns neoliberais – recomendaram que para enfrentar a crise a receita era aumentar o superávit primário, as taxas de juros "e aproveitar a crise para fazer mais reformas". "Como o governo continuou acreditando no crescimento sustentável com distribuição de renda, o que ocorreu foi a geração de mais empregos formais", observou. No segundo mandato do governo anterior, por exemplo, 300 mil empregos viraram pó, enquanto que a média anual de criação de empregos no governo Lula está em torno de 1,5 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada.

Para os próximos meses, Sicsú recomenda a adoção de algumas políticas direcionadas para a contenção dos preços de transporte urbano, educação e alimentos e bebidas, itens que podem causar certa pressão inflacionária.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do PT no Senado

Publicado em 11/05/2010 -

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