Pesquisar

Redes sociais


PT representará contra o PSDB por uso de verba pública em ato evangélico

04/05/2010
 O Partido dos Trabalhadores deve entrar com uma representação contra o PSDB por uso de verba pública no encontro religioso que recebeu o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, como convidado de honra, em Santa Catarina. O governo de Santa Catarina e a Prefeitura de Camboriú (84 km de Florianópolis), ambos administrados por correligionários de Serra, destinaram R$ 540 mil para a realização do 28º Congresso Internacional de Missões –quase dois terços da verba usada pelo evento. De acordo com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o dinheiro usado na realização do evento é "dinheiro público desviado de suas funções, portanto irregular". Um advogado foi designado pela direção nacional do partido para tratar da questão e ainda hoje deverá ser tomada uma posição com relação ao...

Revista faz retrospectiva sobre mulheres no poder

03/05/2010
A revista “GEO Brasil” trouxe artigo especial sobre 3.500 anos de mulheres no poder. A cronologia de mulheres dirigentes vai da rainha egípcia Hatshepsut (1479-1458 a.C) até Jadranka Kosor, nomeada primeira-ministra pelo Parlamento da Croácia em 2009. O texto destaca algumas mulheres em especial, que governaram a Europa, imprimindo sua marca à evolução do continente, como Elisabeth I, na Inglaterra; Catarina II, no Império Russo; e Margaret Thatcher, na Grã-Bretanha. De acordo com o autor, Mathias Mesenhöller, pesquisador-assistente no Centro de Ciências Morais, História e Cultura da Europa Central, em Leipzig, mais de 80 mulheres foram eleitas Chefes de Estado ou de Governo desde 1945, mais de 90% delas somente após 1979, principalmente nos anos 1990. Segundo Mesenhöller, “estamos em meio a uma mudança de caráter épico. Nunca antes tantas mulheres mandaram simultaneamente. Pela primeira vez, e de modo crescente, a pretensão feminina diante do Poder encontra, em grande parte do mundo, franco acolhimento”, suscitando grandes esperanças. Se antes a biologia era usada para afastar as mulheres do poder, afirmando serem elas inconstantes, pouco sagazes, inferiores aos homens, tanto física como intelectualmente, agora, para o pesquisador, os defensores das mulheres no poder se baseiam nas diferenças biológicas para fundamentar sua esperança: elas têm constituição radicalmente diferente, são mais sociáveis, moralistas e empáticas. Por isso “o poder feminino poderia livrar o mundo das guerras e crises masculinas, das rixas e lutas por status e dominação”. Apesar dos preconceitos históricos, a História, segundo a revista, não fornece indicação da influência da Biologia na questão de quem pode conquistar o poder e como este será usado. “Em vez de hormônios e modelos de atividades cerebrais, isso era determinado por regras sociais e talentos individuais”. Assim, muitas mulheres governaram por razões de sangue ou parentesco, filhas, viúvas, esposas – em sua maioria dotadas apenas de um poder simbólico – ou por escolha através de eleições. Contraditoriamente, como mostra o autor, a partir desse momento, no século XIX, quando as mulheres não herdavam mais o poder, elas desapareceram completamente do cenário governamental. “A Democracia foi mais eficiente que o Feudalismo para eliminar o Poder feminino”, sendo as mulheres excluídas sob o argumento de que não foram feitas para isso. Apesar da conquista do voto, na maioria dos países a partir do século XX, passaram-se décadas na Europa até que a primeira mulher assumisse a chefia de um país: Margaret Thatcher, em 1979. E a ascensão política parece ter coincidido com a chamada Revolução Feminista. Nos anos 70, a vanguarda da Revolução Feminista chegou às centrais do poder. Eram grupos de mulheres que se beneficiaram de grande crescimento cultural, ampliação de chances profissionais e ofertas de assistência infantil gratuita. Mesmo assim, Mathias Mesenhöller afirma que...

Dia de luta e de se olhar para o futuro, diz Dilma em ato da CUT

03/05/2010
A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, participou no sábado do 1º de Maio Latino-Americano, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, que reuniu trabalhadores e dirigentes sindicais de países da América do Sul para debater o novo modelo econômico com Estado forte que está se desenvolvendo na região. O evento fez parte da agenda de comemorações do Dia Internacional do Trabalhador e Dilma lembrou durante seu discurso a importância que a Petrobras tem hoje para o Brasil e que no passado tentaram inclusive mudar seu nome para “Petrobrax”. O 1º de Maio Latino-Americano reuniu cerca de 10 mil trabalhadores no Memorial da América Latina. O presidente da CUT, Arthur Henrique, afirmou que o objetivo das comemorações nesse ano eram um pouco diferentes das dos outros anos, porque os sindicalistas estavam fomentando o debate sobre o modelo econômico regional e não só fazendo uma grande festa. “Houve um momento que queriam mudar o nome da Petrobras nesse país, trocando o bras por brax. Era como se o bras de Brasil desmoralizasse a empresa”, disse Dilma. Segundo ela, hoje é um dia de luta e de se olhar para o futuro. Mas, também é um momento de reflexão “para ver se o que foi prometido no passado foi cumprido, para se ter certeza que quem prometeu pode cumprir no futuro”. Ela lembrou de uma promessa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez em 2003, após assumir a presidência, dizendo que iria “recuperar a dignidade do povo brasileiro, a autoestima e gastar todo recurso que tinha para melhorar a vida dos brasileiros”. “Lula vem cumprindo todo dia esse compromisso”, discursou. Dilma disse que nunca se gerou tanto emprego e oportunidades no país e que o trabalhador não tem mais medo de perder o emprego, como tinha no passado. “O povo sabe que não vai mais perder o emprego e que ele vai ter que viver de bico”, disse. Ela salientou a importância da relação do governo com as centrais sindicais e disse que projetos como o do crédito consignado só foram possíveis porque os sindicalistas levaram a proposta até o presidente...

Presidente Lula e Dilma Rousseff confirmam presença no Dia do Trabalhador da CUT, em São Paulo

29/04/2010
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT), o senador Aloizio Mercadante e Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, confirmaram presença no 1º de Maio Latino-americano da CUT, que acontecerá no próximo sábado, no Memorial da América Latina, ao lado do metrô Barra Funda. A celebração do 1º de Maio da CUT iniciará no dia 30 de abril, com a realização do Seminário Sindical Internacional, que também ocorrerá no Memorial da AL. A CUT também convidou autoridades e parlamentares do campo democrático e popular, de partidos políticos e dirigentes dos movimentos sociais e populares. O 1º de Maio Latino-americano da CUT valorizará a cultura e a integração de 20 países da América Latina, que representam cerca de 100 milhões de trabalhadores. A bandeira principal de luta deste ano é "Todos unidos pela integração regional, trabalho decente, contra o neoliberalismo e xenofobia". Os presidentes da CUT-SP, Adi dos Santos Lima e da CUT Nacional, Artur Henrique, destacaram que o 1º de Maio também fará um resgate da data histórica e também dos valores culturais destes países. Na ocasião, a CUT lançará "Plataforma da CUT para as Eleições 2010". Trata-se de um conjunto de reivindicações e propostas que destacam a valorização do trabalho; a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho; a distribuição de renda com inclusão social e um Estado democrático com caráter público e com participação ativa da sociedade. Ato inter-religioso, gastronomia e exposições A abertura do 1º de Maio da CUT acontecerá, a partir das 10h, com a celebração de um ato inter-religioso que reunirá lideranças de todas as religiões. Após a solenidade, a CUT fará uma homenagem à médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns (que faleceu no começo do ano no terremoto do Haiti). Outras novidades são a realização de uma exposição de fotos (que iniciará no dia 30 de abril durante o Seminário Sindical Internacional e 1º de Maio) sobre o mundo do trabalho dos países da América Latina, bem como uma feira gastronômica (comidas típicas do Brasil e de 11 países da AL); uma mostra de artesanato e lançamento de livros de grandes autores e personalidades do meio jornalístico e do mundo do trabalho – estas atividades acontecerão somente no dia 1º de maio. Também no dia 1º os trabalhadores vão conferir shows com bandas e cantores renomados do Brasil e da América Latina. Ao vivo: Milton Nascimento e Carlinhos Brown A partir das 10h, o palco principal do Memorial receberá grupos latino-americanos que farão apresentações de danças latinas. A população curtirá shows ao vivo de Raíces de America (banda brasileira), do cantor cubano Fernando Ferrer, Milton Nascimento, que prestará uma homenagem à cantora argentina, Mercedes...

1o de maio é dia de luta

29/04/2010
“Enganam-se os que imaginam possível levantar uma nação rica e poderosa sobre os ombros de um povo explorado, doente, marginalizado e triste. Uma nação só crescerá quando crescer, em cada um de seus cidadãos, o conhecimento, a saúde, a alegria e a liberdade.” Neste trecho de seu discurso de posse como presidente da República em 1985, Tancredo Neves parecia prever o futuro. Nos últimos 8 anos vemos o país crescer baseado na melhoria da qualidade de vida de seu povo através de distribuição de renda, de geração de emprego, de políticas públicas orientadas para quem realmente necessita delas. Confirmando o trecho nunca lido por Tancredo (ele foi internado um dia antes de sua posse e faleceu em 21 de abril), o ministro do Trabalho Carlos Lupi escreveu em um artigo que “é preciso ter em mente que o trabalhador é o elo mais importante da corrente social, que possibilita que mantenhamos a linha ascendente de crescimento que o Brasil atingiu nestes últimos anos.” Hoje é possível afirmar que, elegendo as prioridades corretas, é possível diminuir as desigualdades. Hoje vemos a luta do movimento sindical pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Reivindicamos a mesma condição pela qual morreram, em 1886, àqueles trabalhadores de Chicago. Karl Marx, "pai" do socialismo científico, quando da fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores em 1866 declarou que “a limitação da jornada de trabalho é a condição prévia, sem a qual todas as demais aspirações de emancipação sofrerão inevitavelmente um fracasso" . Além da redução da jornada para oito horas diárias, o que todo trabalhador sonha é com condições dignas de trabalho, com remuneração justa prezando assim pela sua qualidade de vida. Bandeiras pelo fim do trabalho aos domingos e feriados, pelo pagamento justo das horas extras, pela regulamentação das profissões, pelo fim do assédio moral, entre tantas outras, são motivadas pela busca de uma vida digna. São tantas as aspirações e tantos os obstáculos que somente com união é possível obter avanços. Se hoje Santa Catarina conta com um piso estadual de salários é fruto dessa união que levantou 45 mil assinaturas em torno desse desejo. Quanto mais é possível avançar? Só depende de nós! Nesse dia do trabalhador podemos fazer um pacto: todo o dia é dia de participar da luta por melhores condições de trabalho. Cada um a seu jeito: através de seu sindicato, de sua comunidade, da escola, da igreja, das eleições. Não importa a forma, mas o desejo de fazer desse um pais...

Marcha dos Catarinenses, na luta por políticas públicas que atendam as demandas dos trabalhadores

26/04/2010
Todos os anos, a CUT e as centrais sindicais realizam em Brasília a Marcha da Classe Trabalhadora, em defesa da manutenção e ampliação de direitos, da geração de emprego e distribuição de renda. A exemplo da manifestação nacional, a CUT-SC realiza neste ano, no dia 28 de abril, a Marcha dos Catarinenses. O objetivo é pautar nossas reivindicações, cobrando compromissos do Governo Estadual e dos gestores públicos municipais em relação às políticas públicas que atendam as demandas da classe trabalhadora. Com este propósito, estamos organizando e mobilizando a Marcha junto às demais centrais sindicais e movimentos sociais, focando os eixos: saúde; redução da jornada para 40 horas; piso nacional dos trabalhadores da educação; piso estadual de salários; reforma agrária e política agrícola; pela valorização dos serviços e servidores públicos; contra a criminalização dos movimentos sociais e contra a corrupção. Devemos lembrar também, que além dos inúmeros desafios específicos e próprios do movimento sindical, como a campanha nacional pela redução da jornada de trabalho para 40 horas e as inúmeras eleições sindicais, teremos as eleições gerais. Ou seja, é mais um ano de disputa de projetos de sociedade, disputa de concepções de desenvolvimento e de Estado. A concentração na capital será no dia 28 de abril, com inicio às 13 horas, na Praça Tancredo Neves, com termino previsto para às 16 horas em frente a Assembléia Legislativa de Santa Catarina – ALESC e Tribunal de Justiça. Companheiros (as), vamos mobilizar e colocar nas ruas da capital o maior número possível de trabalhadores (as) e dar o recado que não admitimos desrespeito e retirada de direitos. Pelo contrário, queremos avançar, conquistando mais direitos. Autor: Neudi Giachinni, presidente da...

Descaso com saúde do trabalhador é “homicídio culposo”

22/04/2010
Em entrevista a Rede Brasil Atual a Drª. Margarida Barreto, uma das principais referências no debate sobre o assédio moral, afirma que o descaso com a saúde do trabalhador é comparável a um "homicídio culposo corporativo". Por: Jéssica Santos de Souza, Rede Brasil Atual São Paulo – Para a médica do trabalho Margarida Barreto, o descaso com a saúde do trabalhador é comparável a um "homicídio culposo corporativo". A pressão excessiva no ambiente de trabalho e metas abusivas levam a um número cada vez maior de casos de doenças mentais. Margarida destaca, em entrevista à Rede Brasil Atual, que casos de depressão que levam a ideação suicida merecem mais atenção da sociedade. A médica foi uma das precursoras no estudo do assédio moral. A pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social da Pontífice Universidade Católica de São Paulo (Nexin/PUC-SP) foi considerada a personalidade de 2009 pela Revista Cipa. O prêmio laurea profissionais da saúde do trabalho desde 1985. Margarida Barreto foi uma das formuladoras do conceito sobre assédio moral durante sua trajetória acadêmica em Psicologia Social. Tanto em seu mestrado, de 2000, quanto no doutorado, em 2005, ela pesquisou sobre humilhações no ambiente de trabalho e seus efeitos na saúde do trabalhador. Nesta entrevista, concedida em sua casa, em São Paulo (SP), a médica explica o conceito de assédio moral e o que considera ser o papel do movimento sindical. "No campo dos direitos, o trabalhador passa a ser humilhado", avalia. "A gente precisa voltar a ter sindicatos combativos. Combativo no discurso e na prática. Se não houver essa reflexão é balela", sentencia. Confira os principais trechos da entrevista: O que é assédio moral e qual é sua relação com o trabalho? Margarida – Eu fui percebendo, ao longo dos meus estudos, que a questão do assédio estava relacionado à organização do trabalho. O assédio moral não é uma doença e sim um risco psicossocial. É um processo que vai ao longo do tempo desmontando totalmente a resistência do outro. O assédio é caracterizado pela temporalidade, pode durar meses. A intensionalidade: "eu sei porque estou te humilhando e o que eu quero ao te humilhar". A direcionalidade é: "eu não humilho qualquer um, os outros assistem, e eu humilho especialmente você". E isso ocorre muitas vezes porque se trata de um trabalhador que tem caracteristicas que o diferenciam dos outros. Como a organização do trabalho contribui para o assédio? As pessoas até dez ou 15 anos atrás trabalhavam em um grupo, em um coletivo em que tinham vários companheiros de jornada e a meta era decente. A medida que os anos vão passando, com a reestruturação, o que temos é a diminuição do número de...

“Tancredo foi um grande brasileiro, que conduziu o país de volta à Democracia”

22/04/2010
Hoje (21/04) se completam 25 anos da morte do presidente Tancredo Neves. Foi um grande brasileiro, que conduziu o país de volta à Democracia e ao Estado de Direito, com o sacrifício da própria vida. Nós, mineiros, sempre nos lembraremos dele pelo que disse no discurso de posse como governador de Minas Gerais, em 1983: O primeiro compromisso de Minas é com a Liberdade! Foram palavras corajosas, num momento em que a sociedade brasileira se mobilizava para os confrontos decisivos com as forças do arbítrio. Tancredo é associado à sua capacidade de conciliação, mas também demonstrou sua coragem. Instaurada a ditadura, em 1964, não deu seu voto ao candidato do regime militar na eleição indireta. Tancredo Neves foi um daqueles raros líderes que tinham preocupação sincera com a questão social no país – defendia o progresso para reduzir a desigualdade. Ficou ao lado de Getúlio Vargas até o derradeiro momento. Foi parceiro de Juscelino Kubitschek no governo dos 50 anos em 5. Sonhou com um Brasil desenvolvido, soberano e, principalmente, capaz de superar as desigualdades sociais e regionais. Em minha primeira viagem desde que deixei o honroso cargo de ministra do presidente Lula, para assumir um novo desafio, estive em São João del-Rei, onde Tancredo nasceu e está sepultado. Depois de visitar seu túmulo, no cemitério da belíssima igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, fiz palestra no Teatro Municipal, a convite da Universidade Federal de São João del-Rei. Para demonstrar como Tancredo continua atual, li um trecho do discurso que ele deixou escrito, para a cerimônia de posse como presidente da República, diante do Congresso Nacional. “Enganam-se os que imaginam possível levantar uma nação rica e poderosa sobre os ombros de um povo explorado, doente, marginalizado e triste. Uma nação só crescerá quando crescer, em cada um de seus cidadãos, no conhecimento, na saúde, na alegria e na liberdade.” Pelo que fizemos no governo do presidente Lula, e pelo que ainda faremos juntos, podemos afirmar que começamos a realizar o sonho de Tancredo Neves. Autor: Dilma Roussef – pré candidata do PT a presidência da...

Por um projeto de desenvolvimento nacional

20/04/2010
 A valorização da indústria nacional, a geração de empregos de boa qualidade e renda, e a agregação de valor à cadeia produtiva não acontecem espontaneamente, mas decorrem de políticas concretas de governo e estratégias de longo prazo, que visem o melhor para o País. Ou seja, é fundamental definir uma estratégia de desenvolvimento nacional, que contemple as suas inúmeras dimensões. Outro debate importante é a possibilidade de se controlar a entrada e a saída de capitais especulativos, que não têm nenhum compromisso com o desenvolvimento do País, mas tão somente com a sua rentabilidade. Em manifestação recente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) surpreendeu ao defender abertamente o controle de capitais em algumas ocasiões, através de impostos e outros mecanismos de controle da movimentação de capitais pelo mundo, evitando o surgimento de bolhas especulativas e outros problemas. Até o FMI, recentemente, desenvolveu análises onde reconhece que mercados emergentes, os quais praticam o controle de capitais se saíram melhor na atual crise mundial, que outros que não utilizam esses mecanismos. Esta posição reverte uma visão histórica do Fundo que, há cerca de três anos, ainda defendia calorosamente o livre fluxo de capitais como condição fundamental para o desenvolvimento do comércio e da economia. Recentemente, o FMI vem defendendo, inclusive, uma flexibilização na política monetária dos países, aceitando uma taxa de inflação um pouco maior do que a meta dos bancos centrais em favor de uma maior taxa de crescimento. Uma boa maneira de controlar o fluxo é estabelecer impostos sobre a entrada de capital especulativo, como a que o governo brasileiro adotou, em outubro de 2009, com a cobrança do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) em 2% para as aplicações estrangeiras na Bovespa e também nas aplicações em renda fixa, com o objetivo expresso de segurar um pouco a valorização do real. Apesar da modesta taxa de IOF, daquela data em diante o processo de valorização foi interrompido e o real sofreu até uma pequena queda. Outra medida possível é a de um fundo soberano, onde seriam depositadas as receitas extras com commodities, evitando que os recursos entrem no país, como faz, por exemplo, a Noruega, terceiro maior exportador de petróleo do mundo. Em 2008 a receita de venda de petróleo naquele país alcançou 68 bilhões de dólares, uma retração significativa em relação ao ano anterior, devido à queda do preço do produto. Mas o recurso foi direto para o Fundo Soberano, como prevê a lei do país, evitando uma apreciação da moeda nacional e uma possível crise no balanço de pagamentos. O Brasil criou em 2008 um Fundo Soberano, que hoje possui mais de 14 bilhões de reais. O Fundo, desde então, tem possibilitado aplicar uma parte das reservas em...

Por que a Folha mente (mente, mente, mente, desesperadamente)

19/04/2010
As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo. A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC – expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação “mensalão”, desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda,na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio. Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho – herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando “Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos”, quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado. O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia. Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa – Serra -, que sempre que está sem mandato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção – como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros – e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor. O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado. O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores. Os empregados do jornal,...

Siga-nos

Sindicatos filiados