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Em 2011, a CUT manteve seu papel de protagonista no cenário mundial e esteve sempre presente nas lutas ao lado de parceiros internacionais como a COSATE (organismo interno da OEA – Organização dos Estados Americanos), o TUAC (Consultivo Sindical da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e, principalmente, CSI (Central Sindical Mundial) e CSA (Central Sindical das Américas).


Além de envolver-se em mobilizações pela Justiça Social no Haiti, Palestina, Egito e Líbia e colocar em prática o princípio da solidariedade que defende, conforme destaca o secretário de Relações Internacionais da Central, João Felício. “Promovemos parcerias não só com centrais sindicais da América Latina, mas também africanas, não apenas para estreitar laços, mas também para retribuir o apoio que o movimento sindical internacional, especialmente o europeu e norte-americano, ofereceu à CUT quando da nossa fundação. E essas parcerias têm nos dado certeza absoluta que a solidariedade é fundamental no mundo em que as distâncias diminuem cada vez mais’, acredita.


G20 além do G20

Para o dirigente, esse estreitamento faz com que o movimento sindical tenha a responsabilidade de discutir as questões referentes à classe trabalhadora em um universo global. “Com a CSA temos tido um comportamento de sindicalismo de luta, combativo, feito grandes ações pelo continente e debatendo com muita garra a questão da juventude, da mulher, da exclusão social e, principalmente da reforma sindical. Mantemos uma atuação expressiva na resistência, na luta por direitos e para que as relações trabalhistas sejam democratizadas com muita participação do povo”, completou.


O mesmo acontece com a intervenção da CUT na CSA, onde há a manutenção da postura progressista da organização global. “Não é fácil uma central sindical mundial com a presença de entidades de todo o mundo com suas posições políticas diferenciadas e heterogêneas. Mas, pode-se pegar qualquer resolução da CSI para ver que buscam estabelecer unidade na luta, como é o caso da nossa participação nas reuniões do G20 (grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia). Discutimos não apenas os problemas internos de cada país do grupo, mas aqueles que envolvem a classe trabalhadora do mundo todo”, explica Felício.


Processo de formação
– Outra ação que ele destaca em 2011 são os cursos em parceria com a Secretaria Nacional de Formação voltados aos representantes da Central nos estados e aos ramos para discutir questões como o papel das entidades internacionais. “Esse tema não pode ser de domínio apenas dos dirigentes da CUT nacional. É preciso que todos entendam a correlação de forças.”


Unidade contra a precarização


O secretário de Relações Internacionais acredita que o principal desafio em 2012 será discutir a atuação sindical em âmbito global para enfrentar as reformas que se apresentam na Europa e podem expandir para a América Latina. “Precisamos ter uma ação mais forte, porque não está fácil para o movimento sindical, principalmente europeu, estabelecer uma correlação de força que seja mais favorável. A imagem é que as reformas que estão ocorrendo na Europa são uma derrota para a classe trabalhadora européia e receio que elas sejam exportadas para o mundo todo e assimiladas  por América Latina e Ásia.”


João acredita que os movimentos sociais contribuíram para que o Brasil se tornasse um bom exemplo em diversos aspectos e que a estrutura sindical precisa mudar para seguir o mesmo rumo. “Melhoramos na condução da política econômica, na distribuição de renda, na construção de diálogo social, no estabelecimento mais democrático entre Estado e organizações sociais. Agora, claro, isso não significa que tenhamos conseguido resolver todos os problemas existentes no país. Queremos ainda humanizar o mundo do trabalho, garantir direitos. E a estrutura sindical é um mal exemplo, o Brasil ainda não é signatário da Convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Queremos liberdade e autonomia sindical como existem em países europeus e outros países. Nesse aspecto da estrutura sindical temos muito a aprender com eles”, finalizou.

CUT

Publicado em 15/12/2011 -

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