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O segundo dia da 13.ª Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos, terminou com o lançamento de uma campanha que dialoga diretamente com o tema do evento: liberdade e autonomia, por uma nova estrutura sindical.

Conforme destacou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, a proposta é dialogar com as bases e com os dirigentes sobre a importância da ratificação da Convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) – que trata da liberdade e proteção ao direito de livre organização sindical – e sobre a necessidade de substituir o imposto sindical por uma contribuição negocial definida pelos trabalhadores.

Além de inserções na mídia – as peças ainda serão criadas –, haverá ainda um abaixo-assinado. “Vamos aproveitar o mês de março do ano que vem para ampliar essa campanha e levar esse abaixo-assinado aos sindicatos custistas em todo o Brasil e também para aqueles que não são filiados a nós”, explicou.

“A estrutura sindical fragmenta, fragiliza e enfraquece a luta da classe trabalhadora”, comentou Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora.

O Diretor Executivo Júlio Turra lembrou ainda que a ratificação da Convenção 87 promove o fim da unicidade sindical. “Somos a favor da unidade, mas contra a unicidade porque representa um entrave à democracia. Temos de ir para a base mostrar que os trabalhadores estão tendo suas carteiras batidas em um dia de seu trabalho sem que tenham sido consultados.”

Prêmio da CUT
Um vídeo de apresentação exibido no auditório adiantou temas importantes relacionados à campanha como a autorganização, o aumento da representatividade e autossustentabilidade.

Antes, no dia 13 de dezembro, no Tuca (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), também como parte dessa estratégia, a CUT promoverá o prêmio Democracia e Liberdade Sempre. A seleção das entidades, organizações e instituições será submetida ao voto de dirigentes e da base cutista para escolher quem receberá o troféu desenhado pelo artista plástico Elifas Andreatto.  

Estratégias
O Secretário-Geral da CUT, Quintino Severo, falou da cartilha “Conselhos de Políticas Públicas na Estratégia da CUT”, um mecanismo para atuar nas disputas de políticas públicas. “Reunimos tudo o que acumulamos em plenárias, congressos e em cada um dos espaços que atuamos para nortear nossos representantes nos conselhos e no Sistema “S”, destacou.

Secretária de Comunicação, Rosane Bertotti, anunciou a distribuição de kits com DVDs e CDs que servem de instrumento para ajudar na estratégia de comunicação dos sindicatos, federações e confederações. O material é composto por seis vídeos que ensinam conceitos básicos como a utilização de redes sociais. “É um instrumento essencial para disputar a hegemonia”, afirmou.

A Formação de Norte a Sul
Para fazer um balanço da estratégia e ampliar os horizontes de debate sobre o conteúdo e a essência da Formação Cutista, foi lançada também a Revista Forma e Conteúdo – A Formação de Norte a Sul, uma publicação da Secretaria Nacional de Formação da CUT.

Segundo o secretário da pasta, José Celestino Lourenço, o Tino, o material terá o papel de orientar os ramos e sindicatos para a implementação de cursos de formação em suas bases, desenvolvendo quadros qualificados para os desafios colocados para a classe trabalhadora.

Ao final, a Contracs (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços) apresentou aos delegados uma publicação com toda a história de luta e conquistas. “A ideia é que os dirigentes e a militância tomem conhecimento das nossas bandeiras de luta e que não seja apenas da Contracs, mas uma luta de toda a classe trabalhadora”, explicou Lucilene Binsfeld, a Tudi, presidente da Contracs.

Ela citou ainda alguns dos desafios que ainda precisam ser vencidos pelos trabalhadores do ramo, como o fim dos trabalhos aos domingos, ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) – que protege o trabalhador contra a demissão imotivada, já que no setor há um grande percentual de rotatividade – e a ratificação da convenção 189 da OIT, recentemente aprovada pela Organização, que estabelece medidas destinadas a melhorar as condições de vida e de trabalho das/os domésticas, mas que precisa ser ratificada pelo Brasil.

CUT por Luiz Carvalho e William Pedreira

Publicado em 6/10/2011 -

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