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Uma possível troca de partidos pode afetar, substancialmente, o cenário político catarinense. Embora o governador Raimundo Colombo (DEM) negue que tenha planos de se filiar ao PMDB, a possibilidade não é descartada até mesmo por lideranças demistas. O motivo seria a fragilização do partido no país e a construção de um projeto nacional forte de oposição.

Colombo diz que, no momento, não está pensando em questões políticas, mas no governo. Para ele, as especulações sobre a saída do DEM surgiram a partir da confirmação da ida do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para o PMDB. Kassab já definiu o novo endereço partidário, mas disse que só vai fazer o anúncio oficial depois da eleição do novo comando demista, em março.

— Não vejo nenhuma necessidade de mudança, quero focar em fazer um grande governo. Acredito que associaram meu nome ao do prefeito Kassab. Existe um problema interno no partido, um desgaste que espero que seja superado, mas não estou me dedicando muito a esta questão política — afirmou o governador na chegada à Assembleia para a leitura da mensagem anual no início dos trabalhos legislativos na quarta-feira.

Na linha oposta do que diz Colombo, alguns demistas acham que a troca é questão de tempo. A leitura é que o partido não tem lideranças nacionais e, enquanto cresce em Santa Catarina, se enfraquece no resto do país.

Depois de oito anos na oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da derrota para Dilma Rousseff (PT) na eleição presidencial, alguns demistas consideram urgente uma mudança para pavimentar o caminho de volta ao Palácio do Planalto, na campanha de 2014.

A bancada e o governador podem ter rumos diferentes

Neste contexto, uma das alternativas mais atraentes seria uma composição com o PSDB. Mas a ida de Kassab para o PMDB acabou provocando novas especulações. Em Santa Catarina, por enquanto, a bancada do DEM bateu o martelo: tomará uma decisão em bloco. Se houver mudança, todos irão para a mesma sigla.

— Não está descartada a possibilidade de os deputados seguirem para um partido e o governador para outro — admitiu uma liderança do DEM catarinense na quarta-feira. (DC)

Publicado em 3/02/2011 -

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