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A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse nesta quinta-feira (30), durante a apresentação do quinto balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que, mesmo com a crise internacional, os investimentos do governo e da iniciativa privada no programa sustentarão o crescimento do país nos próximo anos. Dilma afirmou que o investimento é crucial e que o PAC mantém uma "agenda positiva" para o país.

Clique aqui para ver o balanço completo do PAC.

"O Brasil tem condições de manter o crescimento, pode ser em um nível um pouco menor, apesar da crise internacional. O PAC sustenta o investimento e o ritmo de crescimento", afirmou.

Dilma ressaltou que o investimento em infra-estrutura não deverá ser tão afetado pela crise, por ser de médio e longo prazo. Ela disse não haver problema de crédito para essas obras e lembrou que o governo está atento a essa questão.

"Não há problema de financiamento, o BNDES continua financiando todas as obras como sempre fez", disse.

Segundo relatório do governo, R$ 10,4 bilhões foram empenhados para as obras do programa entre janeiro e 23 de outubro deste ano, o que representa um porcentual 34% maior que no mesmo período de 2007. Neste ano, foi pago um valor total de R$ 8,2 bilhões.

Das 2.198 ações monitoradas pela equipe da ministra Dilma, 83% estão em ritmo adequado e receberam o selo verde; 7% estão em situação que requer atenção, e receberam o selo amarelo; e 1% estão com o selo vermelho, de preocupante. Os 9% restantes referem-se às obras já concluídas.

Entre as obras em situação preocupante estão a construção do terminal de passageiros do aeroporto de Vitória, a melhoria de pista e pátio do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a construção da usina hidrelétrica de Pedra Branca, entre Pernambuco e Bahia, e a construção do terminal de passageiros do aeroporto de Macapá.

Somente neste mês de outubro, o governo executou R$ 15,6 bilhões em pagamentos a empresas responsáveis por obras incluídas no PAC. Esse valor é 3,5 vezes maior que o registrado em outubro de 2007, segundo o relatório.

O governo executou R$ 8,22 bilhões de março de 2007 a 23 de outubro deste ano e, no acumulado de 2008 até 23 de outubro, a dotação total para o PAC foi de R$ 17,9 bilhões.

Das 210 páginas do relatório, nove abordam a questão da crise internacional. O governo lista como possíveis impactos imediatos da crise sobre o Brasil as perdas patrimoniais no mercado acionário e de derivativos, a redução das expectativas sobre o PIB em 2009, a restrição da liquidez para empresas brasileiras, o encarecimento do crédito doméstico e o travamento do financiamento externo das exportações.

O documento ressalta que essa crise é a mais forte desde 1929. Mas destaca que economias emergentes como a do Brasil serão menos atingidas que as avançadas, por apresentarem um crescimento mais rápido, terem grande potencial de expansão do mercado interno e possuírem instituições financeiras com menor alavancagem e menos ativos podres.

Publicado em 31/10/2008 -

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