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O empresário jaraguaense Bruno Breithaupt, um dos principais executivos do grupo que leva o seu sobrenome, assume hoje o comando da Federação do Comércio de Bens, Serviços e de Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC). Ele vai administrar uma estrutura que tem uma equipe de 2,7 mil pessoas, um orçamento de R$ 200 milhões e que tem sob seu guarda-chuva o Sesc e o Senac.

Bruno Breithaupt tem um currículo que justifica a eleição por unanimidade ao cargo: 33 anos de experiência no varejo catarinense e 18 de atuação na entidade empresarial, somando-se os períodos como conselheiro e segundo vice-presidente. Na entrevista, o empresário mostrou-se otimista em relação ao atual cenário de crise econômica e abordou o futuro do setor que representa. Confira os principais trechos:

Qual a perspectiva para o comércio catarinense neste momento de crise econômica?

Bruno Breithaupt – Nós, no varejo, dependemos do emprego e, principalmente, da renda. Nestes últimos três meses, em que estamos passando por estas mudanças – eu não falo em crise, falo em nova configuração (econômica) –, o varejo não sentiu essa mudança tão fortemente quanto a indústria ou outros segmentos. Porque a empregabilidade continua. É lógico, houve algumas situações localizadas e demissões, mas que não foram tão significativas assim. Temos que fazer um esforço para que efetivamente não ocorram demissões. Contamos também com os consumidores, que eles continuem comprando.

Os empresários do comércio estão motivados ou será preciso trabalhar especificamente neste ponto?

Breithaupt – Nosso trabalho na federação é defender o interesse não só dos comerciantes, mas dos segmentos de bens, serviços e turismo. E cabe a nós também sinalizar sobre um cuidado maior ou não. Cada segmento, cada empresário, deve analisar com mais cuidado esta situação porque as mudanças ocorrem com muita rapidez. Hoje um segmento pode estar vendendo bem e, por alguma mudança que aconteça lá fora, no mercado internacional, pode ser pego desprevenido.

O consumidor está mesmo segurando a compra de bens duráveis e optando por bens de menor valor, como eletrodomésticos, em função da crise econômica?

Breithaupt – Eu não vejo isso porque o volume de carros vendidos em fevereiro foi igual ao de agosto do ano passado, ou seja, antes da crise, quando o mercado estava aquecido.

Quais os principais desafios da sua gestão na Fecomércio?

Breithaupt – Sob o guarda-chuva da federação temos o Senac e o Sesc. O objetivo do Senac está relacionado ao treinamento e qualificação da mão-de-obra para os segmentos de comércio e serviço. E do Sesc, à saúde, educação, cultura e lazer. De fato, vamos tentar intensificar estas ações. Na federação, que é mais institucional, vamos tentar influir junto aos órgãos governamentais e outras entidade e alinhar um trabalho em conjunto com as nossas associações coirmãs na defesa da nossa atividade empresarial e dos nossos interesses.

Qual o legado que o seu antecessor, Antônio Edmundo Pacheco, uma referência no setor, deixou para o comércio catarinense?

Breithaupt – O Pacheco ficou 14 anos à frente da federação e nesse período imprimiu um ritmo bastante intenso de mudanças e teve uma liderança bastante forte. O legado dele foram as mudanças. A Fecomércio hoje é uma federação moderna, atualizada. Eu gostaria de continuar dentro desta linha, implementando mudanças que, em função da doença, o Pacheco não conseguiu levar a cabo (Antônio Edmundo Pacheco morreu de leucemia em 2 de fevereiro).

Analisando a atual conjuntura econômica, os números do comércio serão positivos em 2009?

Breithaupt – Eu digo o seguinte: hoje, o que a gente vê, é a situação da inflação sob controle e os juros cedendo. Talvez não tenhamos tantos problemas até o final do ano. Agora, a gente não depende apenas de fatores internos. E se o nível de emprego continuar neste patamar, eu não vejo problema. Além da inflação e dos juros mais baixos, a empregabilidade é um fator preponderante para que a economia do Estado se mantenha.

A Notícia

Publicado em 30/03/2009 -

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