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A indústria eletroeletrônica faturou R$ 123,1 bilhões em 2008, 10% a mais do que em 2007, de acordo com dados divulgados hoje (17), pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Para 2009, a estimativa da entidade é de crescimento de 4%, totalizando R$ 128,6 bilhões. Em dezembro, a projeção era que o faturamento do segmento poderia ser ampliado em 7% este ano.

Os setores que tiveram taxas positivas em 2008 foram os de Telecomunicações (23%), Equipamentos Industriais (18%), Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD) e Informática (12%), Automação Industrial (11%) e Material Elétrico de Instalação (9%). As áreas de Componentes Elétricos e Eletroeletrônicos e de Utilidades Domésticas registraram queda de 6% e 7% respectivamente.

Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, os aparelhos de telefonia celular contribuíram para a desaceleração em Telecomunicações e isso é resultado da diminuição do nível de confiança do setor.

“As pessoas estão deixando fazer a substituição de seu telefone celular se ele está operando normalmente. Isso pesou significativamente na queda do volume de vendas e de produção do telefone celular”, avaliou Barbato. Segundo ele, a queda não era esperada. O que se esperava era uma regularidade nos níveis de venda ou crescimento por conta da entrada nos celulares 3G no mercado.

De acordo com o balanço, em 2008 a indústria ampliou o número de empregados de 156,1 mil, no final de 2007, para 161,9 mil, no final de 2008. No mês de setembro, no entanto, o contingente do setor chegou a ser maior, alcançando 165,1 mil trabalhadores. Barbato disse não acreditar que as demissões continuem. “As empresas estarão aqui na Abinee hoje para discutir conosco todas as medidas que sejam possíveis para evitar demissões no setor. Vamos tentar utilizar todos os mecanismos, tudo o que for necessário para evitar demissões será feito”, afirmou.

Segundo os dados, as exportações do setor alcançaram os US$ 9,9 bilhões em 2008, 6% a mais do que registrado em 2007 (US$ 9,3 bilhões). As importações atingiram US$ 32 bilhões, com crescimento de 33% de um ano para o outro.O déficit comercial dos produtos eletroeletrônicos atingiu US$ 22,1 bilhões no período. “Acreditamos que em 2009 as exportações possam ser afetadas, mas várias empresas procuram novos nichos de mercado. Com isso poderemos ter um bom resultado nas exportações, justamente e função do encontro desses nichos e porque o empresário é criativo”, disse Barbato. De acordo com a expectativa a Abinee, as exportações devem chegar a US$ 9,2 bilhões em 2009.

De acordo com presidente da entidade, a perspectiva para o resto do ano é a de que haja uma recuperação, já que o atual período do ano é caracterizado por estoques justos e as empresas podem deixar de comprar para reorganizar suas reservas. “Nós estamos no momento mais crítico da crise que são os meses de janeiro e fevereiro e pode ser que a partir do mês de março comecemos a ver uma recuperação”, disse Barbato.

Sobre a redução de 7% para 4% na estimativa da Abinee para o o faturamento do segmento em 2009, Barbato afirma que ela não é motivo para pessimismo e reflete apenas o quadro mais claro delineado no mês de fevereiro. “Evidentemente, nós pudemos perceber que o crescimento, infelizmente ,não deve ser mais naquele nível que esperávamos em dezembro, afirmou.

De acordo com o gerente de economia da Abinee, Luiz César Rojão, o conjunto da redução de preços, aumento de custo e negociação resultou num ambiente que se mostra propício ao consumo dos aparelhos de telefonia celular e de informática. “Veja só que apesar da crise, os notebooks continuam vendendo bastante. Os produtos eletrônicos em geral tenderam ao aumento de preço em função do impacto do custo que eles tiveram em decorrência da desvalorização cambial”. Para Rojão, a tendência é que os computadores fiquem mais baratos permitindo que todas as classes sociais adquiram esses produtos.

Agência Brasil

Publicado em 18/02/2009 -

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