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O cartão de crédito virou uma febre. A Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito e de Serviços projeta que até o final do ano sejam 170,6 milhões nas mãos dos consumidores brasileiros, um aumento de 11% em relação ao ano passado.


Bem cuidado, é uma ótima ferramenta para administrar as finanças pessoais. Maltratado, é uma armadilha para as finanças pessoais, devido aos pesados juros, que, em média, são de 10,68% ao mês, segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).


É e justamente este grupo que tem dificuldade em administrar o dinheiro de plástico que vai ser afetado pela principal mudança nas regras para o uso do cartão. A partir desta quarta-feira, de acordo com o Banco Central, aumenta o valor do pagamento mínimo, que passa de 10% para 15% das faturas; e em dezembro, vai subir para 20%.


MEDIDA PARA DIMINUIR BOLA DE NEVE


Outra mudança vai ajudar a simplificar o entendimento das faturas. O número das taxas cobradas cai de 80 para cinco.


A professora de economia monetária da Univille, Jani Floriano, diz que o aumento no pagamento mínimo é o que mais deve gerar impacto para os consimidores.


— A medida terá como efeito uma redução do uso do cartão de crédito pelas pessoas que não têm o controle das contas —, diz.


Ela lembra que boa parte dos consumidores paga em dia as contas, mas há quem quita só o valor mínimo e deixa para o mês seguinte o pagamento restante.


— Neste caso, se essa pessoa não comprar mais nada no cartão, no próximo mês terá a sua dívida sempre aumentando.


Rolar uma dívida de R$ 1.000, pagando o mínimo durante cinco meses, vai acabar custando R$ 1.463,31.


A medida também é uma tentativa para frear o forte crescimento do consumo, que acabou puxando os preços para cima. No primeiro trimestre, as vendas no comércio cresceram 11,63% em relação ao mesmo período de 2010.


— Se paga mais no cartão, sobra menos para consumir —, explica Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac.


O gerente do Procon de Joinville, Jorge Nemer, acredita que as pessoas vão ficar mais conscientes na hora de usar o cartão. Em relação à mudança no número de taxas cobradas, ele avalia que o consumidor vai saber exatamente o que é cobrado.

Publicado em 1/06/2011 -

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