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O presidente da CUT Nacional, Artur Henrique, durante a IV Plenária da CNQ-CUT, fez uma análise da conjuntura, onde enfocou a crise financeira mundial sob dois aspectos: o enfrentamento da crise e o mundo que surgirá pós-crise.

"A crise tem responsáveis, são aqueles que implementaram as propostas neoliberais de desregulamentação do sistema financeiro, dos mercados, que defendiam a criação do Estado Mínimo e que o Estado deveria sair de todas as atividades econômicas", enfatizou.

Ele fez um alerta de que essas políticas ainda são aplicadas em vários Estados brasileiros, administrados pelo DEM ou pelos tucanos, como o Estado de São Paulo.

Disputas no enfrentamento da crise – Artur lembrou que logo no início da crise, vários empresários, de forma oportunista, tentaram se aproveitar da crise para fazer ajustes em suas empresas. "No Brasil iniciou-se uma grande campanha para flexibilizar direitos, surgiram propostas de acordos de redução da jornada com redução de salários, suspensão de contratos de trabalho, etc. A CUT saiu às ruas e detonou essas propostas, enfrentando empresários, a mídia e até setores do sindicalismo."

Para a CUT, enfrentar a crise passa pela defesa dos empregos, dos investimentos públicos e do papel do Estado como indutor da economia, através de várias ações, que vão desde a política de valorização do salário mínimo, manutenção dos investimentos, programa Bolsa Família, entre outras ações.

Pós-crise – Artur ressaltou que o mundo hoje debate modelos político. O modelo neoliberal "caiu com o desmoronamento do muro de Wall Street". Ele destaca: "Estamos sem modelos. Na América Latina surgem experiências novas, a partir dos governos democráticos e populares".

O novo modelo seria, segundo Artur, baseado no desenvolvimento sustentável. "Defendemos uma sustentabilidade econômica, ambiental e rediscutir mudanças de valores e de formas de consumo. Mudar valores que foram colocados em nossas cabeças, como individualismo, competição… O que está em xeque é a questão da solidariedade coletiva contra os projetos individuais."

Em relação a isso, Artur informa que a CUT está promovendo um amplo debate através de oficinas regionais, onde serão discutidas alternativas energéticas, democracia, papel do Estado. Isso irá resultar numa plataforma da classe trabalhadora para as eleições de 2010, não só com o objetivo de manter o projeto democrático e popular, mas também com a consolidação de propostas para avançar rumo à mudança na estrutura sindical brasileira.

Último desafio- Artur destacou ainda a necessidade de fortalecimento de nossas organizações sindicais, o que passa por uma política de formação sindical política e ideológica e por uma política de comunicação, voltada não apenas para dentro de nossas organizações, mas também para a sociedade.

Ele concluiu ressaltando que a CUT precisa também fazer um debate interno tendo os princípios chaves de unidade e solidariedade, como objetivos estratégicos da central.

Publicado em 22/07/2009 -

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