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Em audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, a procuradora Fabíola Junges Zani, do Ministério Público do Trabalho de Campinas (SP), responsabilizou as grifes pelo trabalho escravo no setor têxtil. Ela se referia a trabalhadores principalmente bolivianos que atuam em oficinas de confecção em São Paulo, explorados por uma cadeia produtiva cujo topo costuma ser ocupado por marcas multinacionais de roupas.

“”Elas (grifes) determinam o custo, o padrão e o tecido usado na produção das peças, feitas por empresas terceirizadas, e chegam a ter 100% de lucro. Então, as marcas devem ser responsabilizadas por esse dano social, que é o trabalho degradante””, afirmou a procuradora. A audiência foi realizada na quinta-feira (9).

Representante da Zara, Jesus Echevarria entregou documento à comissão no qual chama de “”caso isolado”” a denúncia de uso de trabalho escravo em confecções que prestam serviços à empresa. A companhia, que tem sede na Espanha, se comprometeu a adotar medidas para combater a prática. Uma das ações seria assinar o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, compromisso de adesão voluntária em que a empresa declara que irá garantir o cumprimento da legislação trabalhista junto a seus funcionários e aos de prestadoras de serviço terceirizadas.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil (filiada à Força Sindical), Eunice Cabral, disse que a confecção AHA, fornecedora de mão de obra terceirizada para a Zara, tinha 300 trabalhadores há cinco anos e agora tem apenas 30. Nesse período, a produção continuou aumentando. A trajetória indica que a exploração da mão de obra se intensificou, na visão da sindicalista.

Com informações da Agência Câmara

Publicado em 10/11/2011 -

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