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A maior greve geral do Brasil
02/05/2017
Para centrais, greve é um duro recado e pressionará o governo Ao final do dia de greve geral, as centrais sindicais, mais do que uma avaliação positiva, afirmam que o movimento vai pressionar o governo e o Congresso e mudar a correlação de forças no debate sobre as reformas. “É um recado muito duro do povo brasileiro aos congressistas e ao governo golpista de Temer”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. “Desde o início, estávamos convencidos de que seria a maior greve da história do Brasil. E foi.” Balanço das centrais fala em até 40 milhões de trabalhadores com participação nesta sexta-feira (28). Segundo Sérgio Nobre, “deputados e senadores que têm pretensão de reeleição precisam ouvir a voz do povo”. O alcance da paralisação nacional, afirma, é sinal de apoio popular e de descontentamento da sociedade com as reformas trabalhistas e da Previdência. O dirigente lembrou que, conforme pesquisas, 90% rejeitam as propostas do governo, que também tem baixíssima popularidade. Ele também destacou a união entre as várias centrais sindicais, que trabalharam conjuntamente para a organização do movimento. “A greve de hoje só foi possível pela unidade”, afirmou. As centrais se reunirão na semana que vem, possivelmente na quinta-feira (4), para discutir os próximos passos. Mas já na próxima segunda-feira, em todos os atos de 1º de Maio das entidades, deverá ser lido um documento conjunto. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, também acredita que a situação muda a partir de agora. “A greve é para fortalecer uma proposta que o governo entenda. É a chamada voz das ruas”, afirmou, apostando em uma negociação no Parlamento. “Tem muitos democratas no Congresso que podem ajudar a achar uma solução.” O substitutivo de “reforma” trabalhista, aprovado quarta-feira (26) na Câmara, seguiu para o Senado. E a própria Câmara ainda discute a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de “reforma” da Previdência. As atividades de hoje superaram “em muito” as de 15 de março e devem ter surpreendido o governo, diz o presidente da UGT, Ricardo Patah. “Foi um momento importante no sentido de que a sociedade mostrou indignação com os irresponsáveis da Câmara dos Deputados”, afirmou. Ele defendeu que as centrais conversem desde já com o Senado, “onde está depositado esse projeto infame”, referindo-se às propostas de mudanças na legislação trabalhista. “Muda muito (o debate)”, acredita Patah. “O governo não esperava nem 10% disso (greve).” Agora, ele acredita que o Planalto terá de rever sua estratégia de impor as reformas “de forma açodada”. E o movimento dá novo ânimo ao 1º de Maio, que “será pautado por essa manifestação”. “O Brasil cantou Raul”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo, baiano como Raul Seixas, autor de...

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