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Resultado do capitalismo: violência e desagregação
16/10/2017
[Boletim CONJUNTURA SEMANAL Nº 3 – Subseção do DIEESE da FECESC – 7 a 13 de outubro de 2017] Há muito pouco tempo, o capitalismo se dizia soberano. Seus ideólogos chegaram a pregar o “fim da história”, afirmando que o sistema baseado na exploração do homem pelo homem havia vencido qualquer alternativa socialista. Hoje, após o acúmulo de experiências traumáticas em todos os cantos do planeta, fica cada vez mais claro o fracasso do capitalismo contemporâneo. Ao contrário da ideologia vendida de que o capitalismo geraria paz, temos casos de violência individual e coletiva. Ao contrário da farsa da globalização, temos ascensão de governos protecionistas e um processo de separação dentro de uma nação do centro europeu. No Brasil, por sua vez, assistimos o desmoronamento da capacidade de governar da classe dominante.   Sociedade doente e violência A semana foi de luto no Brasil e no mundo. Um cidadão até então comum, fortemente armado – sustentado pela política de incentivo ao armamento em massa do Estado terrorista Norte-Americano –, atirou de um quarto de hotel contra uma multidão em um festival de música em Las Vegas, nos Estados Unido. Ele matou 59 pessoas, deixou outras 527 feridas e se suicidou depois. No Brasil, em Janaúba, cidade do interior de Minas Gerais, um segurança de uma creche trancou as portas e ateou fogo em si mesmo, se suicidando e assassinando com seu ato uma professora e mais 9 crianças. Para completar a carnificina semanal, na capital da Somália, Mogadíscio, um conjunto de atentados terroristas, levados a frente pelo grupo Al Shahab – fundamentalistas islâmicos que controlam parte do território do país –, até agora já registraram a morte de mais de 300 pessoas no país, que vive em guerra civil desde 1991. Casos como estes são cada vez mais comuns no mundo contemporâneo. Em um planeta dominando pelo capital, onde a vida das pessoas é subalterna à lógica do lucro, da dominação e do controle, não poderiam deixar de estar presentes. Com a crise, a guerra de classes do capitalismo contra o povo e a saturação do nível de agressão suportada por este povo, casos como estes começam a se tornar comuns. Enquanto isso, em Cuba, o sistema de saúde baseado no bem viver do povo e sua medicina preventiva, que atende desde as lesões externas como as internas, da alma humana, continua um sucesso, sem registro de casos deste tipo. Grande vitória do socialismo contra a chacina permanente do capitalismo.   Independência da Catalunha: mais um sinal da desagregação da União Europeia e do domínio alemão A Catalunha é uma região autônoma, com história e cultura próprias e que só existe como domínio do Estado espanhol em função da...
A voracidade do imperialismo e dos seus sócios nacionais na guerra contra o povo brasileiro
06/10/2017
[Boletim CONJUNTURA SEMANAL Nº 2 – Subseção do DIEESE da FECESC – 30 de setembro a 6 de outubro de 2017] Passamos por mais uma semana movimentada, onde o imperialismo e seus sócios nacionais demonstram a ferocidade da guerra que travam conta o povo.  Não bastasse a profundidade da contrarreforma trabalhista aprovada recentemente, os capitalistas internacionais mostram que não darão trégua para os trabalhadores. Declararam que a destruição das leis trabalhistas ainda foi pouco perante os seus interesses. Não à toa, em outra frente da sanha imperialista, o processo de privatizações do patrimônio público continua a todo vapor e, de outro lado, comissão do Senado aprovou o fim da estabilidade no emprego dos servidores públicos nos primeiros cinco anos de trabalho. Já pelo lado da burguesia, nada de crise, pelo contrário. O Congresso aprovou o novo Refis – programa de refinanciamento de dívidas tributárias das empresas –, onde os empresários podem quitar dívidas atrasadas com o governo tendo descontos de até 90% nos juros.   Contrarreforma trabalhista é pouco para o imperialismo Empresários, investidores, advogados, consultores e representantes do sistema bancário saíram frustrados de uma reunião realizada na semana passada em Nova York pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Os representantes do capital internacional acusaram o Brasil de ser “pouco capitalista”, indignados com o fato da nova lei trabalhista – que entrará em vigor em novembro –, não permitir a redução dos salários, por exemplo.  O recado está dado, se dependermos da vontade do imperialismo e da burguesia local, a contrarreforma trabalhista foi apenas o primeiro passo de um processo continuado de retirada de direitos dos trabalhadores brasileiros. A desculpa para tamanha agressão é a busca da famosa competitividade. Na prática, a bela palavra trata-se apenas de reduzir o custo sistêmico da força de trabalho brasileira, aumentando a exploração sobre os trabalhadores e, consequentemente, elevando os lucros dos grandes conglomerados econômicos. O resultado é um país que conjunturalmente reduz sua taxa de desemprego de 13,7% para 12,6% – dado vendido como sinônimo de recuperação econômica pelo governo corrupto e liberal de Michel Temer – apenas pelo fato de ver um crescimento explosivo da informalidade para 46% da mão de obra brasileira – maior percentual da história da série do IBGE. No entanto, isso é pouco para o imperialismo.   Privatizações diretas e indiretas: avança a liquidação do patrimônio público De outro lado, os trabalhadores do serviço público e o restante do povo brasileiro também seguem sendo agredidos violentamente pelos representantes do capital. O processo de privatização do que sobraram das estatais se acelera. Na necessidade de fazer caixa diante do escandaloso crescimento da dívida pública líquida, que atingiu o recorde histórico de 400% da receita líquida da União, o...
Brasil à venda: a estratégia da classe dominante
29/09/2017
[ Boletim Conjuntura Semanal Nº 1 – Uma Publicação da Subseção do DIEESE da FECESC ] Você é nosso convidado para acompanhar, semanalmente, a análise dos principais fatos econômicos e políticos, realizada pelo técnico do DIEESE da Subção da FECESC Maurício Mulinari. Organizada no Boletim CONJUNTURA SEMANAL, a análise será enviada por e-mail para os Sindicatos filiados e demais entidades sindicais e publicado aqui no site da federação. O histórico das análises permanecerá disponível no espaço “Subseção Dieese” do site.   Brasil à venda: a estratégia da classe dominante brasileira                 A semana que passou evidenciou a próxima etapa da guerra de classes contra o povo brasileiro. Depois do congelamento dos gastos públicos por vinte anos e da destruição das leis trabalhistas, se anuncia um largo processo de privatização do patrimônio público nacional, que já está em curso e andando a passos largos. O resultado demonstra o tamanho da crise financeira da União e dos estados, que, em um momento de receita em baixa, comprime os investimentos para sustentar o pagamento intocado do gasto financeiro para elite rentista – hoje já consumindo 47% do orçamento público brasileiro. Despenca o investimento das estatais: desenvolvimento e geração de empregos na lona Foi noticiado durante a semana que as estatais brasileiras tiveram o menor desembolso com investimento desde 2008, ano da grande crise internacional. O investimento no primeiro semestre foi de apenas R$ 23,5 bilhões, metade do que havia sido investido no mesmo período de 2013, melhor ano recente para os investimentos. Esta paralisia do investimento, ao contrário do que diz a narrativa oficial do governo e da mídia, impede qualquer retomada do desenvolvimento e da geração de empregos. As estatais – como a Petrobras, Eletrobras, Correios e Infraero, por exemplo – são centrais no desenvolvimento do país. Em um país onde domina uma burguesia viciada na especulação, que destrói a indústria para lucrar no cassino financeiro, são as estatais as principais responsáveis, direta e indiretamente, pela geração de empregos no país, além de impulsionarem o desenvolvimento científico nacional. Paralisadas, não há chance de retomada econômica e de diminuição do desemprego.   Estados em crise, quem paga é o povo De outro lado, os governos estaduais, responsáveis pelo grosso do investimento em saúde, educação, segurança, saneamento, etc., reduziram em 15,9% estes investimentos na comparação com o mesmo primeiro semestre do ano passado.  Assim, sem investimentos dos estados em atendimento ao povo, o serviço público se aproxima rapidamente de um colapso generalizado, transformando o Brasil em um grande Rio de Janeiro. Com a crise criada pelos capitalistas, que aumentou o desemprego e a pobreza, a demanda por serviços públicos também aumenta, justamente no momento onde os estados deixam de investir no crescimento da oferta...
Empresários apresentam proposta indecorosa para o Piso Salarial Estadual
13/01/2017
Índice em torno dos 4% para reajuste das quatro faixas do Piso foi proposto na negociação desta sexta-feira, 13. Dirigentes das Centrais Sindicais e Federações dos trabalhadores não aceitaram fechar acordo que não cubra as perdas e apresente ganho real A terceira rodada de negociação para definir o reajuste do Piso Salarial Estadual em 2017 estendeu-se por toda a tarde desta sexta-feira, 13/01, sem que representantes dos empresários e representantes dos trabalhadores chegassem ao acordo. Depois de duas rodadas, ainda no final de 2016, sem ter apresentado nenhuma contraproposta à reivindicação de 15% de reajuste apresentada pelos trabalhadores, a FIESC e federações patronais desta vez colocaram na mesa valores tão pequenos que sequer cobrem as perdas de 6,58% do INPC. “A proposta de reajuste de cerca de 4% é simplesmente indecorosa, nós dirigentes que estávamos na mesa tivemos ímpetos de abandonar a negociação, pois não podemos aceitar esse desrespeito com os trabalhadores”, afirmou Rogério Manoel Corrêa, diretor da CUT-SC que participou representando a Central. Mesmo após um exercício de negociação que não conseguiu avançar na proposta, o acordo não foi possível e nova rodada de negociação ficou marcada para o dia 3 de fevereiro. “A missão dos dirigentes sindicais é informar às suas bases dessa posição dos empresários e buscar a mobilização para responder a esta postura. Não podemos permitir que o piso estadual, que garante o mínimo para as categorias menos representadas, tenha perdas em relação à inflação”, enfatizou Corrêa. Para o coordenador sindical do DIEESE, Ivo Castanheira, também diretor da FECESC, o processo ainda não está esgotado. “Negociação é um exercício de paciência, vamos até esgotar nossa capacidade negocial. Se for necessário, responderemos com a mobilização dos trabalhadores e buscando o apoio dos deputados estaduais, mas acreditamos que os empresários não quebrarão um ciclo histórico de negociações levadas a bom termo, com recuperação de perdas e ganho real. Nesse processo, ninguém quer que a decisão saia da mesa de negociação e vá para a Assembleia Legislativa”, lembrou...

Diretoria da FECESC se reúne em Florianópolis

18/08/2016
Dirigentes dos sindicatos filiados debatem conjuntura e negociações salariais Os dirigentes dos sindicatos de trabalhadores do comércio e serviços de todo o estado estão reunidos em Florianópolis nesta quinta, 18, e sexta-feira, 19, para a reunião da diretoria da FECESC. A primeira manhã foi reservada para a análise de conjuntura, coordenada pelo técnico da subseção do Dieese Maurício Mulinari, que destacou o papel fundamental dos sindicatos e da luta dos trabalhadores nos enfrentamentos atuais e futuros. As negociações que estão ocorrendo ou serão realizadas até o final do ano e demandas específicas das redes que atuam nas diferentes regiões do estado também serão pauta dos debates....

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