22/03/2011
Desde os primórdios da humanidade, sabemos que o homem sempre se estabeleceu em locais próximos aos rios e mares, para garantir seu sustento através da agricultura. A história do Egito faz uma excelente demonstração desse fato, quando os homens, às margens do rio Nilo, fizeram os primeiros aglomerados humanos e construíram as primeiras cidades do mundo. Ali já se registrava o quanto o homem era dependente da água. Porém, com o passar dos anos, com a evolução da humanidade, a água passou a ser tratada com desrespeito, sendo poluída e desperdiçada. Por esses motivos, a ONU – Organização das Nações Unidas criou o Dia Mundial da Água, em vinte e dois de março de 1992, para promover discussões acerca da consciência do homem em relação a ela. Em dez de dezembro de 2002, o senado brasileiro aprovou o dia nacional da água através de um projeto de lei. O texto destaca que esse deverá “oferecer à sociedade brasileira a oportunidade e o estímulo para o debate dos problemas e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recursos hídricos.” A preocupação surgiu através dos grandes índices de poluição ambiental do planeta, envolvendo a qualidade da água que consumimos. A ONU elaborou um documento com medidas cautelosas a favor desse bem natural, trazendo também informações para garantir a cultura de preservação ambiental, a consciência ecológica em relação à água. Na Declaração Universal dos Direitos da Água, criada pela ONU, dentre as principais abordagens estão: – Que devemos ser responsáveis com a economia de água, pois essa é condição essencial de vida; – Que ela é um patrimônio mundial e que todos nós somos responsáveis pela sua conservação; – Que a água potável deve ser utilizada com economia, pois os recursos de tratamento são ainda lentos e escassos; – Que o equilíbrio do planeta depende da conservação dos rios, mares e oceanos, bem como dos ciclos naturais da água; – Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras; – Que precisamos utilizá-la tendo consciência de que não devemos poluí-la ou envenená-la; – Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza. Com esse documento, a Organização das Nações Unidas tornou obrigatório que todos as pessoas sejam responsáveis pela qualidade da água, bem como pela sua manutenção, tendo assim, formas de garantir a melhoria de vida no planeta. Por Jussara de Barros / Pedagoga e membro da Equipe Brasil...Trípoli é alvo de ataques pela terceira noite seguida
22/03/2011
O céu da capital da Líbia, Trípoli, foi iluminado hoje (22) de madrugada por disparos de artilharia das forças da coalizão internacional. A cidade foi alvo, pela terceira noite consecutiva, de ataques aéreos e com mísseis promovidos pela coalizão, que tenta impor uma zona de exclusão aérea no país. Segundo o governo líbio, os ataques deixaram vários civis mortos. As informações não puderam ser confirmadas de maneira independente. A zona de exclusão aérea foi estabelecida na semana passada por uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O objetivo dessa decisão é, segundo a comunidade internacional, proteger civis de ataques das forças leais ao presidente líbio, Muammar Khadafi. Explosões e disparos de artilharia foram ouvidos perto do complexo onde vive Khadafi em Trípoli, no bairro de Bab Al Aziziya. Ontem (21) o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, divulgou nota em que apela por um cessar-fogo imediato na Líbia. O pedido ocorreu no mesmo dia que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou o Brasil rumo ao Chile. O governo norte-americano é um dos líderes da intervenção na Líbia. Na noite de ontem, um míssil destruiu um edifício de quatro andares dentro do complexo que seria usado, segundo a coalizão internacional, como centro de comando pelas forças de Khadafi. Os confrontos entre as forças leais a Khadafi e a oposição também continuaram na madrugada de hoje, apesar do anúncio de cessar-fogo pelo governo. No Leste da Líbia, o Exército conseguiu conter um avanço da oposição sobre a cidade de Ajdabiya. Em Misrata, a terceira maior cidade do país, opositores foram alvos de ataques das forças de Khadafi ontem (21). No poder há quase 42 anos, Muammar Khadafi resiste em deixar o governo, apesar de um levante contra ele ter começado há mais de um mês em meio à onda de manifestações em países muçulmanos. Os protestos já provocaram as renúncias dos presidentes da Tunísia e do...CUT vai a Porto Velho ver situação dos trabalhadores de Jirau e Santo Antônio
22/03/2011
Uma comissão da Central Única dos Trabalhadores (CUT) visita hoje (22) as obras das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, em Porto Velho (RO). O objetivo é verificar as condições de trabalho e as possibilidades de negociação com as empresas responsáveis pelas duas obras. “Há denúncias de que a legislação trabalhista não está sendo cumprida tanto na Usina Jirau como em Santo Antônio, principalmente no que se refere às condições de trabalho, que são inadequadas. Os problemas são mais sentidos pelos trabalhadores com origem em outros estados”, disse à Agência Brasil o diretor financeiro da CUT, Wagner Freitas, que se encontra na capital rondoniense. Segundo ele, os problemas ocorridos em Jirau se deve ao fato dessa obra reunir muitos migrantes, diferentemente de Santo Antônio onde, segundo o sindicalista, cerca de 80% dos trabalhadores são da própria região. "O conflito ocorrido tem como origem a falta de apoio e de sensibilidade das empresas para com eles [migrantes] em especial”. Na semana passada, os trabalhadores de Jirau depredaram ônibus de transporte de funcionários e atearam fogo em vários alojamentos. Muitos equipamentos da obra também foram danificados. Freitas garante que, ao contrário do que informou a Camargo Corrêa, empresa responsável pela obra de Jirau, os sindicatos tentaram abrir diálogo para discutir a situação e que, de forma nenhuma, as reivindicações seriam uma surpresa. “O Sticcero [Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia] nos garantiu isso”, disse. “Além de melhores condições de trabalho, os operários reivindicam aumento do valor dos vales-refeições, convênios médicos, melhores salários e apoio logístico e financeiro para os trabalhadores de outras regiões”, disse o sindicalista. “Falta um trato mais adequado às condições de trabalho”, resume. A Camargo Corrêa, no entanto, nega qualquer desrespeito à legislação trabalhista e garante que a empreiteira não recebeu nenhuma pauta de reivindicação dos funcionários. Por meio de interlocutores, informou o acordo coletivo firmado com o sindicato local está sendo cumprido. Mas reitera o compromisso de avaliar as demandas surgidas a partir das denúncias. Segundo a empresa, praticamente todos os migrantes que estavam alojados no canteiro de obras de Jirau já deixaram Porto Velho. Faltam apenas cerca de 90 funcionários, que estavam hospedados na casa de amigos ou que perderam a documentação em meio à confusão e aos incêndios provocados pelos manifestantes. A empreiteira está aguardando a conclusão do inventário do que foi destruído para divulgar os prazos para a retomada e para a conclusão das obras. Agência...Popularidade Dilma se iguala à marca recorde de Lula em 2007
21/03/2011
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (20) mostra que a popularidade da presidenta Dilma Rousseff supera todos os antecessores de Lula e iguala-se à marca recorde obtida pelo presidente petista em 2007. Na primeira pesquisa de avaliação no novo mandato, 47% dos brasileiros aprovam a presidenta, patamar tecnicamente igual ao obtido por Lula em março de 2007 e quatro pontos acima do registrado pelo ex-presidente em seu primeiro mandato, em 2003. Na mesma época, Fernando Henrique Cardoso contava com avaliação positiva de 39% no primeiro mandato e apenas 21% no segundo, contra 34% de Itamar Franco e 36% de Fernando Collor de Mello. Em relação a Dilma, outros 34% consideram seu governo regular, 7% têm visão ruim ou péssima da atual gestão e 12% não souberam opinar – este último índice é significativamente alto, comparando-se apenas a Itamar. Os dados divulgados permitem aferir que a presidenta venceu as resistências junto ao eleitorado tucano que poderiam ter resistido ao fim do processo eleitoral. Apenas 15% dos que votaram em José Serra consideram que o desempenho de Dilma é ruim ou péssimo e 31% a classificam como boa ou ótima, com 41% de regular. Além disso, desapareceram as disparidades regionais. Dilma goza de 50% de aprovação no Nordeste, 47% no Sudeste e 44% no Sul, no Norte e no Centro-Oeste. As mulheres, que resistiram a migrar para a base de apoio à presidenta durante as eleições, agora dão 51% de aprovação, contra 43% entre os homens. O primeiro pronunciamento de Dilma em rede nacional de TV e rádio teve como tema a educação, o que influencia a avaliação sobre áreas nas quais o atual governo tem melhor desempenho. O campo educacional é visto como o foco do atual governo por 10% da população – em 2003, 38% indicavam combate à fome e à miséria como ponto positivo do governo Lula. Saúde (19%) e segurança (9%) aparecem como áreas mais fracas. Rede Brasil...Obama: “O dia do Brasil chegou. O futuro é hoje”
21/03/2011
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou Dilma Rousseff e Lula durante discurso na tarde de domingo (20) no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual fez uma defesa entusiasmada da situação brasileira atual. Durante aproximadamente 30 minutos, Obama buscou associar as histórias e os destinos do Brasil e dos Estados Unidos, reafirmando o que já havia dito outras vezes, que busca um parceiro em pé de igualdade, e não mais uma relação desigual. “Esse é um país que não é mais do futuro. As pessoas do Brasil têm que saber que o futuro já chegou, é hoje, é o momento de colher os frutos.” Ele indicou o exemplo da presidenta Dilma para ressaltar a importância de que os povos lutem por democracia. “Ela sabe o que é viver sem o direito mais básico pelo qual estão lutando hoje (no Oriente Médio). Mas ela sabe também o que é vencer, o que é se superar”, afirmou, no ponto mais aplaudido de sua fala, feita aparentemente de improviso e recheada de expressões em português. Durante o ato, Obama não citou diretamente o ataque militar promovido por Estados Unidos, Grã Bretanha, França, Itália e Canadá ao território da Líbia, mas claramente aproveitou a oportunidade para justificar a ação, que já deixou dezenas de mortos e feridos em menos de 48 horas. “Sabemos que há certas aspirações compartilhadas por todos os seres humanos. Todos queremos ser livres, queremos poder escolher como seremos governados. Queremos criar nosso próprio destino. Não são direitos americanos ou ocidentais, são direitos universais e nós temos que garanti-los em toda parte.” Do lado de fora, manifestantes protestavam contra as ações militares dos Estados Unidos, como já haviam feito na sexta-feira e no sábado. Além disso, em faixas se exibiam mensagens contra os interesses do país do Norte no petróleo brasileiro. O chefe da Casa Branca lembrou ainda o ex-presidente Lula como exemplo de que hoje o Brasil realiza os sonhos de seus cidadãos, como no momento em que um retirante nordestino consegue se eleger para comandar a nação. “Pela primeira vez a esperança está voltando a lugares onde o medo costumava reinar. Vi isso hoje quando visitei a Cidade de Deus”, indicou Obama, que em vários instantes citou o momento extraordinário vivido pelo país e sua maior inserção no cenário internacional. “O Brasil hoje é uma democracia plena, um lugar onde as pessoas têm a liberdade de falar o que pensam e de escolher seus líderes.” Tom informal O discurso no Theatro Municipal teve tom muito mais informal que o realizado no sábado ao lado de Dilma Rousseff em Brasília. Sem gravata, Obama chegou a citar Paulo Coelho no encerramento do ato, lembrou o filme Orfeu...Governo investirá R$ 4,5 bilhões até 2014 para rede de saúde das mulheres
21/03/2011
A mobilização do governo entorno da melhora da qualidade aos serviços de prevenção, de diagnósticos e de tratamento do câncer de mama e do câncer do colo do útero marcou a entrevista da presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (21), ao programa ‘Café com a Presidenta’, transmitido pela Rádio Nacional. A presidenta informou que amanhã (22), lançará em Manaus (AM) série de ações que permita o tratamento da doença. O país terá uma rede de saúde para as mulheres, com investimento de R$ 4,5 bilhões. “Eu não me canso de repetir: sei, por experiência própria, que o câncer tem maior chance de cura quando é tratado no início. E é para isso que o meu governo está trabalhando. Queremos que toda mulher tenha oportunidade de se cuidar, fazendo a prevenção bem feita. E se a doença, mesmo assim aparecer, queremos que toda mulher possa fazer o melhor tratamento possível, no tempo certo e com qualidade.” O apresentador do programa, Luciano Seixas, indagou sobre o que seria feito, na prática, por exemplo, para aumentar o controle do câncer do colo do útero. “Primeiro, nós vamos garantir exames preventivos e de boa qualidade para todas as mulheres entre 25 e 59 anos. São as mulheres dessa idade as que mais precisam. Uma das coisas que vamos fazer é incentivar os laboratórios a trabalharem dentro dos padrões internacionais de qualidade. Eles vão receber orientação e o dinheiro para isso. Um exame bem feito já é meio caminho andado. Outra coisa: vão ser implantados 20 novos centros especializados no diagnóstico e no tratamento da fase inicial do câncer do colo do útero nos estados do Norte e do Nordeste. Os hospitais vão ampliar e também vão instalar serviço para tratamento de câncer – radioterapia e quimioterapia, por exemplo. Dessa forma, as mulheres vão ter mais acesso ao tratamento e, Luciano, mais perto de casa.” A presidenta informou também que a mesma mobilização se dará para a questão do câncer de mama. A ideia é que “os hospitais ofereçam tratamento para todo tipo de câncer, mas o de mama é um dos principais porque, como eu disse, é o mais comum nas brasileiras, e daí o nosso esforço”. E seguiu: “olha, no controle do câncer de mama, a grande prioridade é a prevenção. Para isso, temos que resolver o problema dos equipamentos de mamografia.” “A situação hoje é a seguinte: o Brasil tem mais de quatro mil mamógrafos, metade deles na rede pública. É uma quantidade mais que suficiente para garantir que as mulheres entre 40 e 69 anos façam os seus exames no prazo certo. Tem um problema que eu tenho o compromisso de resolver: é que muitos desses equipamentos estão parados, com baixa...Khadafi promete “longa guerra”
21/03/2011
O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, falou neste domingo (20) a uma rádio estatal local que haverá “uma longa guerra no país”. Antes do amanhecer, a capital líbia, Trípoli, foi alvo de ataques aéreos da coalizão formada por Estados Unidos, Grã Bretanha, França, Canadá e Itália. Em resposta, Khadafi prometeu a “derrota” dessas forças e ameaçou reagir. Apenas em Trípoli, há relatos de 64 mortos e 150 feridos, segundo informações do governo líbio. Em seu pronunciamento, Khadafi recomendou que as pessoas reajam aos eventuais ataques, pediu que o povo líbio porte armas e afirmou que ele vai “vencer”. "É necessário agora abrir os armazéns e armar toda a massa com todos os tipos de armas, para defender a independência, a unidade e a honra da Líbia", disse, para em seguida acrescentar: "Chamo os povos e os cidadãos dos países árabes, islâmicos, da América Latina, da Ásia e da África a apoiarem o heróico povo líbio na confrontação contra essa agressão, que só vai aumentar a força, firmeza e unidade do povo líbio." O governo do Catar se comprometeu a liderar os países árabes, que também estão prontos para participar da ação. A intervenção da coalizão internacional está se intensificando. A ordem para agir ocorreu depois de uma cúpula internacional em Paris, onde se reuniram os chanceleres dos países aliados, em meio à visita de Barack Obama ao Brasil. O presidente francês Nicolás Sarkozy justificou a ação aérea como forma de evitar que Khadafi reprima líderes contrários a seu governo em Benghazi, cidade importante economicamente. "Os envolvidos concordaram em utilizar todos os meios necessários, especialmente militares, para aplicar as decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas." Na última semana, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou uma resolução que autoriza o emprego da força tendo como explicação a necessidade de conter a repressão a civis que resistem ao atual governo, que já dura 42 anos. O Brasil se absteve da votação com o argumento de que temia que ações militares externas acabassem por vitimar a população local, o que as primeiras informações da batalha em campo líbio estão confirmando. Já no sábado a Líbia foi bombardeada por 110 mísseis Tomahawk, disparados a distância. Segundo relatos, os mísseis atingiram os sistemas de defesa aéreo e comunicação estratégica do governo líbio. O objetivo das autoridades dos países aliados é a destruir as armas das forças aliadas de Khadafi. A Espanha informou que o Exército do país será acionado para o envio de quatro caças F18, aviões de reabastecimento e para manter vigilância marítima, com o uso de uma fragata e um submarino. Em 1999, em nome da proteção do povo do Kosovo, os países que integram a Organização...21/03/2011
Uma segunda Hiroshima poderia acontecer com o acidente nuclear no reator de Fukushima. Onde será a próxima Nagasaki? Nos EUA, com os seus 23 envelhecidos reatores de desenho idêntico aos de Fukushima? Na França, o país mais dependente de energia nuclear do mundo?Provavelmente não na Alemanha ou na Venezuela, que estão cortando os seus programas nucleares; nem no Reino Unido, o líder mundial de conversão de energia eólica captada no mar. Nem mesmo na China, um modelo em energia solar que está revendo seus planos para novas usinas nucleares. O artigo é de Yoichi Shimatsu. Global Research Uma segunda Hiroshima poderia acontecer com o acidente nuclear parcial no reator nuclear de Fukushima 1. Nós só podemos esperar agora que o eventual custo em vidas não chegue perto daquele da primeira catástrofe atômica mundial. A comunidade internacional está agora perguntando: onde será a próxima Nagasaki? Nos EUA, com os seus 23 envelhecidos reatores de desenho idêntico aos Mark 1 de Fukushima, da GE, junto com uma dúzia mais de outros levemente modificados? Na França, o país mais dependente de energia nuclear do mundo? Provavelmente não na Alemanha ou na Venezuela, que estão cortando os seus programas nucleares; nem no Reino Unido, o líder mundial de conversão de energia eólica captada no mar. Nem mesmo na China, um modelo em energia solar que agora está revendo seus planos para novas usinas nucleares. Muitas pessoas também estão imaginando: como pode que a única nação a experimentar um bombardeio atômico possa ter se tornado tão confiante em energia nuclear? A resposta é ao mesmo tempo simples e complicada. Nas economias modernas, a energia que faz funcionar máquinas está interligada com a segurança nacional, a política externa e a guerra. Progresso à base de urânio A Segunda Guerra Mundial foi também uma disputa por combustíveis fósseis. Um Japão sedento de energia invadiu a China por seu carvão e a Indonésia por suas reservas de petróleo. Blitzkriegs da Alemanha nazista miraram campos de petróleo na Romênia, na Líbia e na região do mar Cáspio. Os EUA e o Reino Unido lutaram contra o Eixo para recuperar o controle que eles tinham sobre os combustíveis fósseis mundiais, e eles seguem fazendo o mesmo em conflitos com a nações da OPEC e para controlar a Ásia Central e a plataforma continental do oeste da Ásia. Para evitar uma nova guerra no Pacífico, Washington tentou afastar o Japão pós-guerra de sua dependência de carvão e petróleo. Conforme a indústria japonesa renascia por volta das Olimpíadas de Tóquio, em 1964, os EUA empurraram ao Japão a adoção de uma energia do futuro, “segura e limpa” – a energia nuclear. À General Electric e à Westinghouse logo foi dada a...Negociação de salário tem melhor resultado desde 96
18/03/2011
Mais de 9 em cada 10 trabalhadores conseguiram aumentos de salários que superaram a inflação em 2010. Dos 700 acordos salariais feitos pelas categorias trabalhistas e por sindicatos no ano passado, ao menos 670 conseguiram anular ou superar o aumento do custo de vida e da inflação, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). O resultado foi o melhor desde 1996, quando começou essa pesquisa. Em 2009, das 700 negociações coletivas de salários, 640 (ou 91,5%) conseguiram repor as perdas salariais ou dar aumento real nos vencimentos dos trabalhadores. No ano passado, essa porcentagem foi de 95%. O indicador de inflação usado na pesquisa do Dieese, divulgada nesta quinta-feira (17), é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice fechou 2010 em 6,47%. Em uma conta simples, equivale a dizer que os trabalhadores que ganhavam R$ 1.000 de salário no ano passado, se só repusessem a inflação, teriam conseguido elevar os salários para R$ 1.064,70. Dos acordos fechados em 2010, 30 deles (ou 4,3% do total) terminaram em aumentos que não superaram a inflação. O número é quase o mesmo dos que conseguiram grandes aumentos: 37 negociações deram mais de 4% de aumento real (acima da inflação), ou algo superior a 10,47%. Metade delas ganharam reajustes de 1% a 4%. No ano anterior, os que não atingiram o INPC foram 8,6% do total. Os que tiveram fortes aumentos somaram 2,5%. Em 2008, as porcentagens foram ainda piores: 11% não cobriram a inflação e só 1% deu reajuste salarial acima de 4%. Quando considerados os últimos três anos, só 1 em cada 10 classes trabalhistas não conseguiram repor os ganhos de seus profissionais. Para este ano, o Dieese diz que o cenário “virtuoso” deve ser mantido, com ganhos reais de salário para quase todos os trabalhadores brasileiros. Mas isso só ocorrerá se a economia continuar crescendo. – Espera-se que a economia continue crescendo, ainda que em taxas menores, como indicam as projeções feitas por diversas instituições, e há de se considerar a expectativa de que as taxas de desemprego continuem declinantes. Espera-se, portanto, em 2011 a manutenção desse cenário virtuoso. Cabe aos trabalhadores e entidades representativas continuarem lutando por melhores salários e uma justa distribuição de renda. Do R7, com Agência...Dilma: Crescimento é ajuda no combate à inflação, não empecilho
18/03/2011
O crescimento da economia em 2011 ajudará no combate que o governo trava contra a inflação, afirmou ontem (17), em discurso, a presidenta Dilma Rousseff. O discurso foi proferido em Uberaba (MG), durante evento de assinaturas relativas a um gasoduto. Dilma rebate o argumento de alguns analistas que consideram incompatível atingir a meta de inflação de 4,5% neste ano e manter crescimento superior a 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB). Ela se declara em guerra contra a inflação, não negociando com ela. Mas vê várias formas de executar esse combate. “Tem muita gente que acha que você só controla a inflação derrubando o crescimento econômico, governador”, afirmou Dilma, dirigindo-se ao chefe do Executivo mineiro, Antonio Anastasia. “Mas controla-se a inflação também fazendo o país crescer, aumentando a oferta de bens e serviços, garantindo que o país possa ter oferta de bens e serviços que gerem uma coisa preciosa, que é o emprego. E aí, que gerem o emprego, ou que gerem oportunidades para os brasileiros”, argumentou a Presidenta. Nessa equação, a consolidação do mercado interno é considerada fundamental pela presidenta. “O que nós conquistamos nos últimos anos com a política do presidente Lula foi a percepção de que este país tinha uma riqueza que são os seus 190 milhões de brasileiros. Nós tiramos, desses 190 milhões uma parte muito importante, da pobreza, até o final de 2010.” Dilma observou que o esforço do Brasil para acabar com o que ainda resta de pobreza é uma exigência social e ética, mas é também uma exigência econômica. “Um país é medido pelo seu mercado consumidor. Por isso que nós somos dos BRICs. Nós não somos dos BRICs porque somos uma economia emergente. O que caracteriza os BRICs é o fato de que tem milhões de pessoas marginalizadas do crescimento econômico”, disse a presidenta referindo-se ao acrônimo BRIC, que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. Segundo a presidenta, “quando essas pessoas marginalizadas do crescimento econômico começam a consumir, elas se transformam em grandes indutores de mais crescimento, elas fazem a roda da economia girar. Daí porque nosso lema é ‘Brasil, país rico é pais sem pobreza’”. Por essa razão, segundo Dilma, serão mantidos os programas sociais. Leia aqui a íntegra do discurso da presidenta Dilma Rousseff proferido em Uberaba (MG). Blog do...