No poder há 25 anos, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, ofereceu hoje (30) asilo político ao líder líbio, Muammar Khadafi – que ocupa o comando do país há quase 42 anos. O secretário de imprensa da Presidência da República de Uganda, Tamale Mirundi, disse que Khadafi será bem-vindo, se quiser viver no país. O governo de Uganda é o primeiro a anunciar disposição de receber Khadafi.
As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. Na sua história política, Uganda já foi governada por Idi Amin – apontado como um dos governantes mais cruéis e sanguinolentos do mundo – que ocupou o poder por mais de dez anos. Em fevereiro, houve eleições e Museveni foi reeleito.
Em Uganda, o multipartidarismo é proibido. Porém, segundo analistas políticos, Museveni é indicado como um governante que estabeleceu a ordem política, social e econômica no país. Ele condenou violações de direitos humanos e retomou relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Há mais de um mês, a Líbia vive em clima de confrontos armados. A crise se agravou há 11 dias, depois dos ataques promovidos pelas forças de coalizão – Estados Unidos, França e Grã-Bretanha – contra o país sob a alegação que é necessário impor uma zona de exclusão aérea na região.
Paralelamente, a Líbia está sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. O país está submetido a embargo para a venda de armas e também para negociações comerciais. Os bens de Khadafi e seus parentes estão bloqueados.