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Entre julho de 2002 e de 2011, caiu 24,8% a população ocupada considerada de baixa renda nas principais regiões metropolitanas, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual corresponde a 4,2 milhões de pessoas a menos vivendo com rendimento médio per capita familiar de até meio salário mínimo mensal, de 17 milhões para 12,8 milhões. A queda é até maior no período 2003-2011 (30,9%). Isso porque houve acréscimo de 1,5 milhão de pessoas de 2002 a 2003, quando se iniciou uma trajetória contínua de queda. A participação das pessoas de baixa renda na população economicamente ativa (PEA) das seis regiões pesquisadas pelo IBGE caiu de 39,1%, em julho de 2002, para 27,1%.

A região metropolitana de São Paulo continua concentrando a maior parte dos trabalhadores de baixa renda, mas essa participação caiu de 36,8% para 33,1% do total entre 2002 e 2011. Belo Horizonte (de 12% para 9,5%) e Porto Alegre (de 7,5% para 6,7%) também diminuíram suas participações relativas. O levantamento mostra elevação em Recife (de 11,5% para 13,3%), Rio de Janeiro (de 22,1% para 26,1%) e Salvador (de 10,1% para 11,3%).

A queda foi menos intensa nas regiões metropolitanas nordestinas. Em Recife, o número de trabalhadores de baixa renda caiu 12,4%, de 1,9 milhão para 1,7 milhão, enquanto em Salvador a redução foi de 16%, de 1,7 milhão para 1,4 milhão. Na soma, são 518 mil pessoas a menos nessa condição.

Na Grande Belo Horizonte, a retração foi mais forte e atingiu 40,5%, de 2 milhões de pessoas para 1,2 milhão (827 mil a menos). Ainda no Sudeste, foi registrado o menor ritmo de redução (11,3%) no Rio de Janeiro, onde a quantidade de trabalhadores de baixa renda diminuiu em 425 mil, de 3,8 milhões para aproximadamente 3,3 milhões.

Em São Paulo, o contingente de baixa renda caiu em quase um terço (32,5%), de 6,3 milhões para 4,2 milhões de pessoas. Na região metropolitana de Porto Alegre, a queda foi um pouco maior (32,7%), com 415 mil pessoas a menos, de 1,3 milhão para 860 mil.

Segundo a mais recente Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo IBGE, em agosto o total de ocupados nas seis regiões somava 22,6 milhões. O rendimento médio era de R$ 1.629,40.

Publicado em 28/09/2011 -

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