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Para Dilma Rousseff: o feminino e a política atual

14/10/2010
Dilma Rousseff, como mulher, desperte para sua missão histórica única. Sua candidatura é providencial para o Brasil e para o equilíbrio da Mãe Terra. Que os eleitores, homens e mulheres, ao elegê-la Presidenta, se tornem artífices de um processo de regeneração e de um destino bom para todos. ________________________________________________________________________ A reflexão antropológica dos últimos anos tem mostrado que masculino-feminino não são entidades autônomas, mas princípios ou fontes de energia que continuamente constroem o humano como homem e mulher. Estes são resultado da ação destes princípios anteriores e subjacentes que se realizam em densidades diferentes em cada um deles. O feminino no homem e na mulher é aquele momento de integralidade, de profundidade abissal, de capacidade de pensar com o próprio corpo, de decifrar mensagens escondidas sob sinais e símbolos, de interioridade, de sentimento de pertença a um todo maior, de cooperação, de compaixão, de receptividade, de poder gerador e nutridor e de espiritualidade. O masculino na mulher e no homem exprime o outro pólo do ser humano, de razão, de objetividade, de ordenação, de poder, até de agressividade e de materialidade. Pertence ao masculino na mulher e no homem o movimento para a transformação, para o trabalho, para o uso da força, para a clareza que distingue, separa e ordena. Pertence ao feminino no homem e na mulher a capacidade de repouso, de cuidado, de conservação, de amor incondicional, de perceber o outro lado das coisas, de cultivar o espaço do mistério que desafia sempre a curiosidade a a vontade de conhecer. Observe-se: não se diz que o homem realiza tudo o que comporta o masculino e a mulher tudo o que expressa o feminino. Trata-se aqui de princípios presentes em cada um, estruturadores da identidade pessoal do homem e da mulher. Continua sendo o drama da cultura patriarcal o fato de ter usurpado o princípio masculino somente para o homem fazendo com que ele se julgasse o único detentor de racionalidade, de mando, de construção da sociedade, relegando para a privacidade e para tarefas de dependência a mulher, não raro, considerada um apêndice, objeto de adorno e de satisfação. Ao não integrar o feminino em si, se enrijeceu e se desumanizou. Por outra parte, impedindo que a mulher realizasse o seu masculino, fragilizou-a e lhe fez surgir um sentimento de implenitude. Ambos se depauperaram e mutilaram a construção da figura do ser humano uno e diverso, recíproco e igualitário. A superação deste obstáculo cultural é a primeira condição para uma relacionamento de gênero mais integrador e justo para cada uma das partes. O movimento feminista mundial colocou em xeque o projeto do patriarcado que dominou por séculos e desconstruiu as relações de gênero organizadas sob o signo da...

As boas notícias acerca do mercado de trabalho

04/10/2010
O mercado de trabalho brasileiro continua produzindo boas notícias. Segundo a PED-Metropolitana, do DIEESE, a taxa de desemprego total, nos últimos 12 meses, recuou de 14,4%, em agosto de 2009, para 11,9% em agosto último. Nos últimos 12 meses, findos em julho último, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 4,1%. O resultado é um aumento na massa de rendimentos, que, nos últimos 12 meses, encerrados em julho, cresceu 8,1%, como resultado de aumentos do nível de ocupação e do rendimento médio. A taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segue na mesma direção, registrando 6,7% em agosto, a menor taxa desde o início da série histórica, em março de 2002. A massa de rendimentos, por sua vez, segundo o IBGE, expandiu 8,8% nos últimos 12 meses. O forte ritmo de crescimento do emprego vem melhorando, inclusive, a sua qualidade. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, nos primeiros seis meses de 2010, a diferença entre o salário médio dos demitidos e dos admitidos foi reduzida pela metade em relação à igual período de 2009. No primeiro semestre deste ano, o salário médio dos novos contratados foi de R$ 821,13, 7,2% menor que o salário dos demitidos no mesmo período. Mas, no primeiro semestre de 2009, a diferença chegava a 13,2%, segundo a mesma fonte. O fenômeno é típico de períodos em que a economia está aquecida e o mercado está demandando mão de obra em quantidade, o que reduz a margem de achatamento salarial via rotatividade, estratégia bastante utilizada pelas empresas, especialmente em período de crises. Se o atual processo de aquecimento do mercado de trabalho persistir, a tendência é reduzir o índice de rotatividade, já que a redução da diferença entre os salários de admissão e demissão implica em custo maior para rodar o funcionário. Em um período em que cai a taxa de desemprego, o mercado bate recordes de geração de emprego formal, o salário médio cresce, fica cada vez mais difícil as empresas reduzir despesas se valendo da rotatividade da economia. Outro fato que inibe a referida política são os ganhos reais que vêm obtendo o salário mínimo nos últimos anos, que têm provocado também, e de forma generalizada, uma elevação dos pisos das categorias, acima da inflação. Isso inibe também a contratação por salário muito abaixo do que recebia o trabalhador demitido. Um detalhe importante também é que, em períodos de crescimento do emprego, como o atual, eleva-se a tendência de o trabalhador tomar a iniciativa para trocar de emprego, em busca de melhores salários, o que eleva a rotatividade. Autor: José Alvaro – Economista...

Lula: nordestino, operário, brasileiro

04/10/2010
Fomos nos acostumando tanto com o sucesso de Lula, seja no seu governo, seja na projeção internacional, que às vezes não temos suficientemente presente todas as dimensões desse fenômeno. Pudemos entrevistá-lo e nos darmos conta do amadurecimento político com que Lula chega ao fim do mandato, o entusiasmo com que termina esses impressionantes 8 anos e as qualidades que lhe permitiram, em uma arquitetura genial, ser o artífice da candidatura da Dilma. Solicitamos a entrevista, conseguida para três dias antes das eleições, horas depois de Lula ter chegado do penúltimo comício, em Sergipe, e horas antes do último, no ABC (ele promete seguir fazendo passeatas silenciosas – permitidas pela legislação eleitoral). Quisemos que fosse uma modalidade mais ampla, democrática. Para isso, convidamos os dois principais diários de esquerda do continente – Página 12, da Argentina, que mandou o melhor jornalista argentino da atualidade, Martin Granovski, e La Jornada, do México, que mandou sua notável diretora, Carmen Lira. Ambos tem tiragens importantes – La Jornada é o segundo em tiragem no México, com 8 edições regionais -, com sites com entradas diárias muito grandes, publicações que destoam claramente do resto da imprensa dos seus países, muito similar à nossa. Por outro lado, quisemos abrir consultas com os leitores sobre as perguntas que gostariam de fazer a Lula, sabendo que seria impossível fazê-las todas, pela quantidade, mas para sentir os temas principais de interesse dos leitores. Eu disse a Lula que, no momento do início da entrevista, já havia mais de 250 perguntas, que nos comprometíamos a fazer-lhe chegar todas por escrito. Nos reunimos com Lula, os três, alternando as perguntas e às vezes estabelecendo um diálogo. Assistiram ou passaram em algum momento, Gilberto Carvalho, Franklin Martins, Alexandre Padilha e Marco Aurélio Garcia. No final pudemos conversar um pouco em off com o Lula. Na saída já nos entregaram o DVD com a gravação integral da reunião, nos enviaram fotos e mais tarde a entrevista integralmente degravada. Claramente o tema das comunicações foi dos mais reiterados, como se pode ver pela íntegra da entrevista publicada. Quisemos que fosse publicada na íntegra. Esta também deve ser uma prática da imprensa alternativa, não se dar o direito de selecionar o que parece a editores valer a pena submeter aos leitores. A internet não deve ser só um meio tecnicamente diferenciado, mas uma forma diferente, pluralista, alternativa, de fazer comunicação. Apesar das intensas atividades e emoções correspondentes, Lula estava com ótimo ânimo, coerente com o tamanho da vitória que se aproxima. Despreocupado se a vitória se dará no primeiro turno – hipótese claramente mais provável – ou no segundo, mas seguro de que termina seu mandato – como disse ele, onde muitos nem começaram...

Eleição para presidente termina no primeiro turno

30/09/2010
Para Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, a eleição termina no primeiro turno. Na pesquisa Sensus, Dilma Rousseff tem 4,7 pontos a mais do que o necessário para se eleger, o que equivale a 6,3 milhões de eleitores. Além disso, Dilma continua muito bem nos diversos indicadores de pesquisa. Na última Sensus, Marina ganhou 3 pontos, 2 em cima de Dilma, um em cima de Serra, em cima das últimas polêmicas envolvendo Dilma. Mas não é viável como terceira via devido aos altíssimos índices de rejeição, de mais de 40%, assim como José Serra. Se parte dos seus eleitores sentirem risco de segundo turno, tenderão a voltar para Dilma. Dentre todo universo de eleitores, 74% acham que Dilma irá ganhar. Cruzando intenções de votos com votos já definidos, a vantagem de Dilma aumenta mais ainda: 54% a 28%. Quando se indaga do melhor programa de governo, 70% consideram que é o de Dilma. Quando se cruzam intenções de voto com os que pretendem comparecer no dia das eleições, não há alteração nos resultados. Quando se cruza intenção de votos com grau de informação sobre a necessidade dos dois documentos, Dilma sobe um ponto e Serra fica estacionado. A última pesquisa Sensus indicou ligeira variação no nordeste e no centro-oeste e praticamente quadro inalterado no sudeste e no sul. Mas 70% dos votos já estão definidos. Finalmente, o último evento da campanha será o debate da Globo. Mas Guedes lembra que em todos os demais Dilma se saiu melhor do que Serra, com mais embasamento, mais dados e melhores propostas percebidas pelos telespectadores. Tem mais. Dilma tem 10% a mais de eleitores homens do que mulheres. Como o voto masculino tende a puxar a cabeça de casal, há mais uma gordura aí que poderá reverter em seu favor. Por tudo isso, Guedes considera muito pouco plausível cenário de perda de 1,5 milhão de votos dia até as eleições. Não arrisca a dizer que é impossível, porque em ciências humanas não se pode ser absoluto. Mas, em toda sua carreira, jamais testemunhou um quadro desses que fosse revertido nos últimos dias de campanha. Autor: Ricardo Guedes – Instituto...

A neutralidade da imprensa: quando o poder não tem limite

28/09/2010
O tom de manifesto de alguns editoriais, que chegam a usar de verborragia imperativa para repudiar possíveis tentativas de “controle da imprensa”, que na realidade decorrem apenas de factóides típicos de momentos burlescos, chega a ser tão engraçado quanto o tom usual de seus destinatários. Volta e meia retorna à pauta a questão da “liberdade de imprensa” no Brasil, mesmo quando ela de modo algum está sendo verdadeiramente contestada. O período de eleições fomenta tal discussão, pois qualquer assertiva não elogiosa torna-se digna de uma refutação cuja essência em geral é meramente retórica e desprovida de fundamento. Por um lado, comentários negativos da imprensa ao governo e aos candidatos; por outro, os governantes e candidatos acusam-na de “tendenciosa” ou “ideologicamente comprometida”. Crítica e crítica da crítica. Nada mais adequado ao espírito republicano, cujo princípio maior é a transparência. Nada mais adequado ao espírito democrático, cujo princípio maior é o debate político. Todavia, o caráter brasileiro é apegado em demasia aos elogios, o que sempre o torna resistente (às vezes agressivamente) a uma postura mais rigorosa e não complacente. É peculiar a manifesta repulsa que um e outro “lado” (mais acentuadamente os próprios órgãos e profissionais da informação, para surpresa geral) demonstram quando criticados – e pior, acusados de “parciais”. Esta situação é surreal. Imaginar que a imprensa é neutra e axiologicamente independente é algo desejável. Defender que ela assim o seja é uma necessidade imprescindível à democracia. Acreditar nisso, só por ingenuidade ou interesse. Não existe neutralidade de pensamento em qualquer que seja a atividade humana. Já faz algum tempo que os filósofos do Direito desmitificaram a pretensa “neutralidade” dos juízes; todavia, a chamada “imprensa” (e só esta expressão já é carregada de sentido valorativo) resiste de forma peremptória mediante a afirmação de sua condição de superioridade ética e “técnica”. Bem se sabe, e a história demonstra de forma exemplar, que os meios de comunicação em geral não são, nunca foram, e nunca serão, neutros. E isso em si mesmo não é um defeito, pois onde há humanidade, há também uma identidade forjada entre razão e sensibilidade. O homem não é um “ser cindido”. Sua condição é estar inserido num contexto que o influencia, que o condiciona e que o faz refém de suas preferências, para além de sua vontade. O problema é quando a falta de auto-crítica e a “sensação de centralidade” faz com que todos os demais setores tornem-se objeto de uma moralidade formalmente estabelecida como a “mais adequada”, haja vista a legitimidade apriorística de um dos mais fortes poderes do Estado e da sociedade civil: a “imprensa”. É ilustrativa a demonstração prosaica da verdadeira aversão que os órgãos de imprensa possuem de terem suas “informações” refutadas....

Os barões da mídia põem a liberdade de imprensa em perigo

27/09/2010
  A liberdade de imprensa e de opinião está ameaçada no Brasil. Os sinais desta ameaça se multiplicam e é urgente que a sociedade civil se organize para defendê-la uma vez que o direito à informação, a veiculação de ideias e a publicização de diversos pontos de vista é base da democracia. A ameaça à liberdade de imprensa, portanto, é a ameaça à democracia. Quem atenta contra essa condição básica da democracia? Basicamente as oito famílias que dominam mais de 80% da mídia impressa, falada e televisionada, e seus satélites, que estabeleceram uma verdadeira ditadura de pensamento único nos meios de comunicação no nosso País. É unânime entre essa mídia que Sem Terra é um misto de terroristas com criminosos comuns, que greve é baderna, que organização sindical é um amontoado ilegítimo de espertalhões almejando apenas apossarem-se do dinheiro dos trabalhadores, que políticas afirmativas ou programas sociais são desperdícios, paternalismos ou cooptação política. Uma mídia tão engajada que, quando os educadores do mais rico estado da federação – que têm salários inferiores aos dos colegas de treze outros estados mais pobres – deflagraram uma greve em defesa do salário e da escola pública, faz inequívoco coro à oposição acusando o movimento de político/partidário, assim como acusam qualquer luta de trabalhadores, quando os patrões são demotucanos. Quando o movimento sindical e social, na sua imensa maioria, quer a reeleição de um projeto político que beneficiou a grande maioria da população é acusado de “chapa branca” e atrelado. E quanto à reduzidíssima parcela de sindicalistas que apóiam José Serra? São o quê? Eu mesmo, tanto quando presidente da APEOESP como da CUT já fui caluniado e agredido por essa mídia. Sendo que me foi dado como direito de resposta uma “cartinha” no painel do leitor. Outros nem isso. Uma mídia preconceituosa e rancorosa que se recusa a dar espaço para os 80% da população que apoiam o governo e optou por dialogar unicamente com os 4% que o avaliam como ruim ou péssimo. Avaliação essa, resultado do ressentimento por perceberem que os “outros” (pobres, negros, nordestinos, moradores da periferia) agora têm acesso aos mesmos bens de consumo e o atendimento pelo Estado, que antes era privilégio dessa elite. A escalada de atentados à liberdade de imprensa – portanto à democracia – está atingindo o seu ápice às vésperas da eleição, que passará para a história como o período em que a mídia nacional ultrapassou todos os limites na partidarização, manipulação das informações e em apoio a um candidato em detrimento de outro, ou outra, no caso específico. As ações deliberadas na malfadada reunião do Instituto Millenium, em São Paulo, no mês de março deste ano que, para os incautos, seriam apenas...

Colombo precisa mentir

23/09/2010
A oligarquia Bornhausen, representada pelo Candidato Raimundo Colombo, do DEM, trata o povo catarinense com falsidades e ironia. Diz uma coisa, mas pensa e faz outra. No debate da rede Record de segunda-feira (20), Colombo foi desmascarado ao vivo. Sim, o candidato que representa a oligarquia foi literalmente “pego na mentira”. Vangloriou-se, Raimundo Colombo, da construção de um “hospital” em Lages quando, na verdade, concluiu somente uma ala menor que um pronto socorro. É o cúmulo do deboche. A propaganda enganosa foi denunciada e julgada pelo TRE que, sutilmente, sentenciou: o candidato “faltou com a verdade”. Uma forma mais polida de afirmar que mentiu. Sigo a mesma lógica adotada pela candidata Ideli Salvatti no debate, para quem o comportamento é “inadequado à conduta ética de uma disputa eleitoral”. A premissa de Colombo é de que vale tudo para tentar ganhar as eleições, inclusive continuar enganando o povo. O debate político deve ser aberto, franco, precisa expor os limites e possibilidades de um governo à sociedade. Por isso questionamos o comportamento político e as consequências de uma mentira dessa natureza. Óbvio que ironizar e mentir ao povo, como Bornhausen fez quando respondeu ao presidente Lula, é a lição da escola política da candidatura de Raimundo Colombo. Quando o candidato do DEM propaga – inclusive em seu programa de TV – que o “hospital construído” é obra de sua gestão enquanto prefeito de Lages, além de mentir, expõe a sua ineficaz passagem no Senado. Deixa de prestar contas de seu trabalho como senador, porque de fato nada fez por Santa Catarina, e divulga a construção de um hospital imaginário, subestimando a inteligência dos lageanos e buscando enganar a todos catarinenses. No mesmo debate Colombo critica a saúde em SC. Novo engodo. As deficiências do setor de saúde, criticadas por Colombo, são o resultado da administração da Tríplice Aliança, força política que ele hoje representa. Ou seja, além de mentir, tentando exibir-se como um prefeito “realizador”, o candidato do DEM, que nada fez por Santa Catarina como senador, busca confundir a população. A senadora Ideli, que não foi prefeita de Lages, será governadora de Santa Catarina falando a verdade. E a senadora tem muito a falar. Não de hospitais imaginários, mas do sistema de saúde que precisamos. Ninguém conhece o trabalho do senador Colombo, que precisa inventar obras. No senado, Ideli apresentou mais de 21 projetos de lei e três emendas à Constituição, melhorando a vida dos brasileiros. Seu primeiro projeto foi a Lei do Parto, garantindo às gestantes o direito de escolher um acompanhante durante o nascimento de seu filho. Ideli propôs que o Sistema Único de Saúde distribuísse gratuitamente a vacina contra o câncer do colo do útero, terceira causa...

O presidente e a liberdade de imprensa

23/09/2010
Compartilho da mesma opinião do presidente Lula externada na inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Porto Nacional, no Tocantins: a população brasileira está realmente mais esperta e vai cobrar mais de quem o suceder na Presidência da República. "O povo aprendeu e não é mais massa de manobra", afirmou o chefe do governo. Não é mais massa de manobra, principalmente desta mídia e dos chamados formadores de opinião de direita, que ignoram os êxitos do Brasil e de seu governo em todos os campos, fatos reconhecidos hoje pela imprensa internacional – até pela conservadora. "Não tem uma revista internacional que não tenha (feito) a capa elogiando a economia e o governo brasileiros", disse o presidente. Por isto, foi bom o presidente voltar ao assunto – já o tinha abordado no fim de semana, em Campinas (SP) – porque ele pôs "os pingos nos is" em relação às suas posições distorcidas pela mídia de acordo com suas conveniências do momento, mas que são fundamentalmente um apelo do chefe do governo de respeito à democracia e ao seu direito de opinião. “A liberdade de imprensa é uma coisa sagrada" Mas, completou o presidente, "ela não significa que você pode inventar coisa o dia inteiro. Significa que você deve orientar corretamente a opinião pública”. O presidente Lula complementou com uma observação, até desnecessária, porque vista no nosso dia a dia: "Vocês estão acompanhando a imprensa, pela internet, assistem a televisão, ouvem rádio e vêem que, às vezes, (a cobertura) chega quase a virar ódio, porque eles ficam torcendo para o Lula fracassar." O presidente lembrou que já foi "vítima" de acusações em épocas de campanha e que a mídia precisa se conscientizar que agora os brasileiros não são mais facilmente manipuláveis e sabem discernir quando as denúncias são verdadeiras. "Chega na época da campanha – rememorou – eu já fui vitima do que está acontecendo hoje. O que eles não percebem é que nós aprendemos. O povo de 2010 não é mais massa de manobra como era o de 30 anos atrás. Não podem colocar mais alguém para mentir e o povo acreditar. O povo sabe que quando (a mídia) escreve ou fala coisa errada, é mentira – o povo sabe quando é mentira." Sabe e consegue discernir, como o demonstram as pesquisas eleitorais que dão ampla maioria à candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados), alvo do maior bombardeio contra da mídia em nossa história recente só para ajudar o candidato da oposição a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS) Autor: José...

O que diferencia o Jornal Nacional do horário político?

20/09/2010
Pelos comentários que leio diariamente aqui, os leitores estão cada vez mais indignados com o comportamento da grande imprensa brasileira na cobertura da campanha eleitoral de 2010. Um exemplo que resume a bronca da maioria é a mensagem enviada às 14h06 desta quinta-feira pelo leitor Eduardo Bonfim, pedindo que eu me manifeste sobre o assunto: “Prezado Ricardo Kotscho, Sou fã do seu blog. Gostaria que você escrevesse um artigo sobre a propaganda que a Rede Globo vem fazendo no Jornal Nacional ("JN no Ar") todos os dias, onde claramente só mostra a parte ruim do Brasil para que o povo vote no 45. Realmente, o casal do JN é 45. Isso é liberdade de imprensa?” Sim, meu caro Eduardo, esta é a liberdade de imprensa que os oligopólios de mídia defendem. Ninguém pode contestá-los. Trata-se de um direito absoluto, sem limites. O citado "JN no Ar", por exemplo, levanta todo dia a bola dos problemas das cidades brasileiras, onde falta de tudo e nada funciona. No mínimo, tem lugar onde falta homem e tem lugar onde falta mulher… Logo em seguida, entra o programa do candidato José Serra para apresentar as soluções. Na outra metade do programa tucano, em tabelinha com os principais veículos de comunicação do país, são apresentadas as manchetes dos jornais e revistas com denúncias contra a candidata Dilma Rousseff, o governo Lula e o PT, numa sucessão de escândalos sem fim até o dia de disparar a tal “bala de prata”. Já não dá mais para saber onde acaba o telejornal e onde começa o horário político eleitoral, o que é fato e o que é ilação, o que é notícia e o que é propaganda. A estratégia não chega a ser original. Mas, desde o segundo turno entre Collor e Lula, em 1989, eu não via uma cobertura tão descarada, um engajamento tão ostensivo da imprensa a favor de um candidato e contra o outro. O esquema é sempre o mesmo: no sábado, a revista Veja lança uma nova denúncia, que repercute no JN de sábado e nos jornalões de domingo, avançando pelos dias seguintes. A partir daí, começa uma gincana para ver quem acrescenta novos ingredientes ao escândalo, não importa que os denunciantes tenham acabado de sair da cadeia ou fujam do país em seguida. Vale tudo. Como apenas 1,5 milhão de brasileiros lê jornal diariamente, num universo de 135 milhões de eleitores, ou seja, o que é quase nada, e a maioria destes leitores já tem posição política firmada e candidato escolhido, reproduzir as manchetes e o noticiário dos impressos na televisão, seja no telejornal de maior audiência ou no horário de propaganda eleitoral, é fundamental para atingir o objetivo comum: levar...

O Lobo e o Cordeiro na política catarinense

17/09/2010
O lobo vestido em pele de cordeiro é a metáfora do disfarce. Camufla um animal feroz em um animal manso, dócil e cordial. Mas, em algum momento, o lobo ataca e perde seu disfarce. É desmascarado.   Esta metáfora é conhecida por todos. Através desse exemplo, dirijo-me aos catarinenses, cidadãos de bem e honrados, não para falar dos vícios do ex-senador Jorge Bornhausen ou de seus familiares que, de forma desequilibrada proferiu mentiras e ofensas contra o nosso Presidente da República. Venho falar qual é a verdade que está em jogo nessas eleições em Santa Catarina e no Brasil: a diferença de um governo comprometido com a maioria da população, contra a proposta das elites que querem retomar ou manter o poder a qualquer custo. Vou falar sobre o que foi feito! Compreendo perfeitamente a atitude do ex-senador. A causa de sua indignação e destempero não foi pelo que disse o Presidente Lula. Afinal, “extirpar” significa “extrair, arrancar” em uma disputa política e democrática. Arrancar através do voto na urna é legítimo.   A causa da fúria do ex-senador Bornhausen está sustentada no fato de que um metalúrgico, nascido no interior do agreste nordestino, pobre e sem pertencer às castas nobres, tenha promovido o desenvolvimento do Brasil e de Santa Catarina, deixando o ex-senador e qualquer oligarquia deste país com um sentimento de grande frustração. Afinal, em décadas no comando do aparelho de Estado, a elite que desdenhava do povo, mesmo quando tentou maquiar realizações, não foi competente com as necessidades mais prementes da sociedade. O ódio de Bornhausen é o ódio representante das elites, que sempre mandaram e desmandaram no poder do nosso país. O candidato Raimundo Colombo é o representante dessa elite raivosa. Não pode expressar este mesmo ódio, da mesma forma que o seu padrinho político Jorge Bornhausen, porque receia a perda de votos. Sabe que o presidente Lula fez muito mais por Santa Catarina do que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus partidários. Jorge Bornhausen quando foi ministro da educação o que fez por Santa Catarina? Qual a mudança substancial na educação do povo catarinense? Quais obras importantes para a educação? Então, vamos listar rapidamente o que tanto incomoda Bornhausen e o candidato Raimundo Colombo, o cordeiro do ex-senador. No governo Lula, das 78 novas escolas federais inauguradas no País, Santa Catarina foi contemplada com seis novas instituições para os municípios de Videira, Xanxerê, Jaraguá do Sul, Araranguá, Luzerna e Ibirama. Só para nosso estado, foram cerca de oito milhões em investimentos no ensino tecnológico. Também tivemos a criação da Universidade Federal da Fronteira Sul e a interiorização da Universidade Federal de Santa Catarina. Hoje a UFSC está em Joinville, Araranguá e Curitibanos. Quantas...

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