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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou nesta segunda-feira (29) que manterá pelo menos dois mil homens das Forças Armadas colaborando no trabalho de pacificação do Complexo do Alemão. O governador se reuniu nesta segunda com a presidente eleita, Dilma Rousseff, em Brasília, para debater a continuidade das ações na área de segurança pública no Rio.

De acordo com Cabral, a participação dos homens das Forças Armadas será fundamental para evitar que o governo precise adiar o seu calendário de retomada de outras comunidades dominadas pelo tráfico.

“As Forças Armadas hoje fazem a contenção, que é um trabalho muito grande. Outra coisa é o patrulhamento interno. Por força do efetivo que nós precisamos para isso e do nosso calendário de ações que precisamos para outras unidades, nós teremos nesse processo de transição até a chegada da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] que vamos instalar no Complexo do Alemão, que acontecerá no final do primeiro semestre. Vamos precisar da ajuda da força de paz do Ministério da Defesa”, explicou o governador.

O governador disse ainda que manterá o modelo adotado para a pacificação das favelas cariocas e que, se houver nova necessidade, irá recorrer ao governo federal. “Esse modelo que estamos implementado das UPPs já existe há dois anos, deu certo e se mantém. Agora com essa modalidade, tá provado que deu certo. Em outras comunidades igualmente complexas o que a gente percebe é que há uma parceria, uma camaradagem, uma aliança para o bem”, afirmou.

Fronteiras

Para combater o tráfico de armas e drogas, Brasil, Peru e Bolívia vão intensificar ações conjuntas em suas fronteiras. Este trabalho que deverá — a médio e longo prazo — incluir também outros países da América do Sul. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto após reunião, nesta segunda (29), com o ministro de governo da Bolívia, Sacha Llorenty, em Brasília.

“A América do Sul deve buscar em conjunto soluções para esse problema. E a melhor forma de fazer isso é com cooperação, intercâmbio de informações, é com operações conjuntas”.

Na ocasião, o ministro brasileiro informou que, se houver necessidade, o governo federal editará uma medida provisória (MP) a fim de garantir mais recursos para reforçar as ações de segurança no Rio de Janeiro. O ministro adiantou que as Forças Armadas continuarão dando apoio às ações do governo do estado.

Ações contra o tráfico nas fronteiras

Em dezembro, serão realizadas reuniões entre equipes brasileiras e bolivianas para a apresentação do Vant, veículo aéreo não-tripulado que o Brasil comprou para fazer a vigilância de suas fronteiras, principalmente na região amazônica, e também discutir um plano conjunto de segurança da fronteira.

Na pauta de cooperação também está o combate à lavagem de dinheiro. A ideia é passar à Bolívia os mecanismos e instrumentos usados para o combate financeiro a organizações criminosas, afirmou Barreto.

O ministro da Justiça brasileiro reafirmou que a fronteira do Brasil com a Bolívia – bem como com os demais países da América do Sul – possui uma característica de integração, onde as pessoas têm o direito de ir e vir, “mas não podemos permitir que essa integração também facilite o trânsito da atividade criminosa transnacional”.

www.vermelho.org.br

Publicado em 30/11/2010 -

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