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A presidente argentina Cristina Kirchner se comprometeu a aprofundar o modelo de inclusão social após obter a reeleição com larga vantagem sobre o segundo colocado no domingo. O contundente respaldo eleitoral é considerado o maior obtido por um candidato presidencial desde o retorno da democracia, em 1983.

— Contem comigo para seguir aprofundando um projeto de país para os mais de 40 milhões de argentinos — disse Cristina, que venceu com 53,21% dos votos computados, segundo informações oficiais.

Cristina, do partido peronista Frente para a Vitória, é a primeira presidente reeleita na América Latina. O segundo candidato mais votado, com 17,32%, foi o socialista Hermes Binner, governador da província de Santa Fé e líder da coalizão de centro-esquerda.

— Quando uma sociedade se expressa e decide eleições democráticas, essa decisão deve ser respeitada e as pessoas que estão nesse mandato devem ser apoiadas. Principalmente por toda a sociedade — disse a mandatária de 58 anos frente a centenas de seguidores.

Durante o discurso, Cristina apelou, em várias ocasiões, à unidade nacional.

— Temos que pensar um país diferente, onde se construa sobre o que já foi feito. Essa é a Argentina pela qual eu sonho, onde tenhamos continuidade de projetos políticos de nação e de país.

Ao relembrar o marido e ex-presidente Néstor Kirchner, morto em outubro de 2010 por problemas cardíacos, Cristina foi às lágrimas:

— Quero agradecer a alguém que já não pode estar aqui, mas que é o grande fundador da vitória desta noite. Porque não acredito, nunca acreditei e nem penso em acreditar que sem sua incomensurável valentia e coragem seria possível eu chegar até aqui — disse, ainda vestida de preto, em homenagem ao marido.

Em seguida, a presidente se dirigiu à Praça de Maio, onde fica a Casa do Governo, e discursou para milhares de seguidores. Ela falou principalmente aos jovens, que têm apoiado seu projeto político.

— Quero agradecer a essa multidão de jovens argentinos que recuperaram a Praça de Maio. A juventude apoiou e apoia porque entendeu que esse é um governo que trabalha pelo presente, mas fundamentalmente pelo futuro.

A popularidade de Cristina disparou nas pesquisas logo após a morte do marido. Porém, medidas de forte impacto social também influenciaram na vitória.

Entre elas, benefícios econômicos para as famílias com filhos de desempregados, a nacionalização dos fundos privados de pensões, o aumento dos salários, a legalização do casamento entre homossexuais e a estatização da transmissão televisiva das partidas de futebol.

AP

Publicado em 24/10/2011 -

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