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É possível que os artigos comuns do seu cotidiano, como celular, roupa, computador e outras dezenas de objetos possam ter passado por mão de obra escrava, independente da popularidade e credibilidade das marcas fabricantes. O fato, que pode ser chocante para alguns, é um alerta do site “”Slavery Footprint”” (algo como “”Pegadas da Escravidão””, em tradução livre), que mostra, a partir de dados informados pelo usuário, quantos escravos trabalham para que os itens cheguem ao seu consumo.

“”Quantos escravos trabalham para você?””, é a pergunta inicial do site. Baseado nos produtos que compramos, o site “”calcula”” o número de prováveis trabalhadores forçados que estão envolvidos na produção. Na definição do próprio site, é escravo todo o indivíduo que é forçado a exercer atividades sem remuneração, explorados economicamente e incapazes de deixar a situação. Imigrantes são particularmente vulneráveis​​, mas os indivíduos também podem ser forçados ao trabalho em seus próprios países.

Um dos objetivos dos organizadores do projeto é mostrar que, por maiores que sejam as empresas que produzem, muitas vezes a procedência dos materiais é desconhecida. “”E o algodão de sua camisa? E o tântalo (que armazena energia no aparelho) daquele smartphone?””, pergunta o texto do site. Contrariando quem imagina que escravos só são encontrados nos campos e minas, o “”Slavery Footprint”” mostra que o tipo de mão de obra é participante de toda a cadeia de suprimentos.

A reflexão proposta não pede que o consumidor deixe de comprar, ou que emerja sentimento de culpa. Para que o ciclo de produção completo seja esclarecido, seria necessária a participação popular para questionar às empresas e marcas de onde o material de seus produtos vêm, impondo a preocupação da produção livre. Não seria uma tarefa difícil.

Publicado em 3/11/2011 -

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