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Subseção Dieese

Criada em janeiro de 2015, por decisão da Federação dos comerciários e do Escritório Regional do Dieese em Santa Catarina, a Subseção do Dieese da FECESC tem o objetivo de qualificar a atuação da FECESC nas diversas áreas de atividade, produzindo subsídios de informações tanto para a Federação quanto para seus sindicatos filiados. Seus estudos serão voltados especificamente para a área do comércio e também, de forma mais ampla, nas demandas das lutas da classe trabalhadora, dentro dos eixos temáticos que regem a produção do Dieese que são:

  • Emprego;
  • Renda;
  • Negociação Coletiva;
  • Desenvolvimento;
  • Políticas Públicas.

A sessão vai produzir conteúdo em três áreas:

  • Assessoria – com documentos, artigos, estudos, tanto a negociação coletiva quanto as demais atividades políticas da entidade;
  • Pesquisa – levantamento de dados e informações como subsídio dos debates;
  • Educação – com a formação sindical.

Aqui no site será possível acessar estudos, artigos e documentos produzidos pela subseção. Os sindicatos filiados poderão ainda apresentar solicitações e demandas a partir do e-mail mauriciomulinari@dieese.org.br ou pelo telefone (48) 3229-8677.

DIEESE no Brasil

O DIEESE, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, é uma criação do movimento sindical brasileiro. Foi fundado em 1955 para desenvolver pesquisas que fundamentassem as reivindicações dos trabalhadores. Para conhecer mais sobre o DIEESE, acesse o site.

Desnacionalização da economia em marcha acelerada

13/07/2018
[Boletim CONJUNTURA SEMANAL Nº 11 – Subseção do DIEESE da FECESC – 9 a 13 de julho de 2018] O Brasil está em liquidação. O pouco que sobrou do patrimônio público e das empresas de propriedade nacional está sendo entregues em uma bandeja ao capital internacional. Mesmo em ano eleitoral e durante a realização da Copa do Mundo, o governo corrupto e liberal de Michel Temer e o covil de ladrões do congresso nacional avançam a passos largos na desnacionalização da economia. Nesta semana foi a vez da Embraer, empresa brasileira de aviação, que teve toda sua área de aviação comercial vendida para a Boeing, empresa estadunidense. A venda é um desastre para o país. Excelente para a Boeing e péssima para o povo brasileiro. Em primeiro lugar pelo fato da Boeing não ser qualquer multinacional, mas sim uma empresa totalmente articulada com o Departamento de defesa dos Estados Unidos. Assim sendo, estamos assistindo a uma dupla perda de soberania nacional e a submissão profunda do Brasil aos interesses estratégicos do imperialismo estadunidense, que passa a comandar a aviação comercial brasileira desde o Pentágono.   Um projeto nacional de aviação Por outro lado, a venda da Embraer significa a morte de um projeto histórico de integração nacional através da soberania sobre o espaço aéreo do país. O esforço de consolidar a empresa é muito anterior a 1969, ano de sua fundação. Tem suas bases na luta de um marechal nacionalista da aeronáutica, chamado Casimiro Montenegro Filho, que ainda na década de 50, contra todos os interesses do imperialismo, tratou de desenvolver um projeto nacional de aviação, tendo no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), sua iniciativa mais visível. Diante de todas as pressões internacionais para o Brasil simplesmente importar tecnologia aeronáutica, o marechal Montenegro tratou de desenvolver um projeto tecnológico próprio, sustentado no Estado nacional contra os interesses estrangeiros. Deste esforço acumulado, quase 20 anos depois foi criada a Embraer, que colocou o Brasil entre as nações mundiais com capacidade de construir aviões e desenvolver alta tecnologia associada. Entretanto, a liquidação do sentido histórico da Embraer e de sua natureza nacional não é de hoje. Desde os anos 80, com a abertura comercial ampla, geral e irrestrita, que vemos a empresa transformar-se sistematicamente em uma mera montadora de aviões, com sistemática perda dos setores estratégicos de desenvolvimento de tecnologia e avanços do capital privado sobre seu comando. Tanto é assim que, já desde 1994 que a empresa não é mais estatal, sendo privatizada pelo governo Itamar Franco. Naquela época, optou-se pela privatização para o capital nacional, não permitindo a participação do capital internacional na sua compra. Já em 2006, durante o governo do presidente Lula, foi aprovado um novo passo...

Brasil à venda: a estratégia da classe dominante

29/09/2017
[ Boletim Conjuntura Semanal Nº 1 – Uma Publicação da Subseção do DIEESE da FECESC ] Você é nosso convidado para acompanhar, semanalmente, a análise dos principais fatos econômicos e políticos, realizada pelo técnico do DIEESE da Subção da FECESC Maurício Mulinari. Organizada no Boletim CONJUNTURA SEMANAL, a análise será enviada por e-mail para os Sindicatos filiados e demais entidades sindicais e publicado aqui no site da federação. O histórico das análises permanecerá disponível no espaço “Subseção Dieese” do site.   Brasil à venda: a estratégia da classe dominante brasileira                 A semana que passou evidenciou a próxima etapa da guerra de classes contra o povo brasileiro. Depois do congelamento dos gastos públicos por vinte anos e da destruição das leis trabalhistas, se anuncia um largo processo de privatização do patrimônio público nacional, que já está em curso e andando a passos largos. O resultado demonstra o tamanho da crise financeira da União e dos estados, que, em um momento de receita em baixa, comprime os investimentos para sustentar o pagamento intocado do gasto financeiro para elite rentista – hoje já consumindo 47% do orçamento público brasileiro. Despenca o investimento das estatais: desenvolvimento e geração de empregos na lona Foi noticiado durante a semana que as estatais brasileiras tiveram o menor desembolso com investimento desde 2008, ano da grande crise internacional. O investimento no primeiro semestre foi de apenas R$ 23,5 bilhões, metade do que havia sido investido no mesmo período de 2013, melhor ano recente para os investimentos. Esta paralisia do investimento, ao contrário do que diz a narrativa oficial do governo e da mídia, impede qualquer retomada do desenvolvimento e da geração de empregos. As estatais – como a Petrobras, Eletrobras, Correios e Infraero, por exemplo – são centrais no desenvolvimento do país. Em um país onde domina uma burguesia viciada na especulação, que destrói a indústria para lucrar no cassino financeiro, são as estatais as principais responsáveis, direta e indiretamente, pela geração de empregos no país, além de impulsionarem o desenvolvimento científico nacional. Paralisadas, não há chance de retomada econômica e de diminuição do desemprego.   Estados em crise, quem paga é o povo De outro lado, os governos estaduais, responsáveis pelo grosso do investimento em saúde, educação, segurança, saneamento, etc., reduziram em 15,9% estes investimentos na comparação com o mesmo primeiro semestre do ano passado.  Assim, sem investimentos dos estados em atendimento ao povo, o serviço público se aproxima rapidamente de um colapso generalizado, transformando o Brasil em um grande Rio de Janeiro. Com a crise criada pelos capitalistas, que aumentou o desemprego e a pobreza, a demanda por serviços públicos também aumenta, justamente no momento onde os estados deixam de investir no crescimento da oferta...

Impactos das políticas de destruição nacional sobre a economia catarinense

09/06/2017
Por José Álvaro de Lima Cardoso – Economista e supervisor técnico do Dieese em Santa Catarina   As políticas estaduais e municipais no Brasil dependem diretamente das políticas federais. Os estados dependem fundamentalmente das políticas macroeconômicas, tarefas do governo central, com destaque para as políticas monetária, cambial, creditícia e industrial. Em Santa Catarina, por exemplo, há toda uma pregação empresarial e governamental acerca da qualidade da produção industrial, da produtividade catarinense, etc.. Mas o fato concreto é que o estado vem, há anos, apresentando déficit na balança comercial em função das políticas cambiais, creditícias e industriais, nacionais, que estão liquidando a indústria nacional no país há décadas. Com uma quase indiferença do empresariado, registre-se, que em boa parte está vivendo das rendas proporcionadas pelos juros mais elevados do mundo. Neste sentido, os efeitos do golpe de Estado sobre as economias estaduais e municipais são simplesmente devastadores. A começar pelo fato de que, não tivesse ocorrido o golpe, possivelmente o Brasil nessa altura, já teria superado o ciclo de depressão econômica. O fato é que as políticas nacionais determinam as políticas estaduais, em sua maior parte. Ainda que com especificidades em cada estado. Economias como a de Santa Catarina (que representa modestos 4% do PIB nacional e 3% da população brasileira) estão sendo fortemente impactadas pelas políticas do governo golpista, que veio com a missão de destruir, sistematicamente, conquistas civilizatórias e desmontar o Estado nacional. Ao desarticular o Estado brasileiro tais políticas prejudicam os entes federados e o conjunto da classe trabalhadora (99% da população). Tomemos o nível de atividade econômica. Até o primeiro trimestre de 2017, o país sofreu oito quedas trimestrais seguidas no PIB, a maior sequência da história. Santa Catarina segue na mesma toada: entre 2012 e 1016 a economia catarinense encolheu 1,7% enquanto a brasileira 2%, ou seja, desempenhos desgraçadamente muito semelhantes. Nos últimos dois anos, o desempenho do PIB catarinense é ainda mais desastroso que o do Brasil. A destruição do mercado interno nacional que a recessão e as medidas governamentais estão perpetrando, influencia diretamente a economia catarinense nas vendas industriais, turismo, comércio e assim por diante, com reflexos inevitáveis sobre o nível de emprego. O baixo crescimento causado pela crise e pela falta de perspectivas de retomada, em função das políticas encaminhadas pelo atual governo, elevou a taxa de desocupação, calculada pelo IBGE, de 3,9% em março de 2015 para 6,2% em dezembro de 2016, em Santa Catarina. Consideremos que o projeto subserviente dos golpistas é tornar o Brasil um fornecedor de commodities agrícolas e minerais para os países ricos e industrializados. Esta decisão, que dispensa a existência da indústria nacional, afeta diretamente Santa Catarina, possivelmente o estado mais industrializado do Brasil em termos proporcionais (indústria contribui com 32% na composição do PIB catarinense). A implosão da seguridade social, objetivo principal da PEC 287, atinge de morte os municípios pequenos, já que, em mais de 70% deles, a principal receita advém das...

Maio e classe trabalhadora

11/05/2017
Por Rogério Manoel Corrêa, presidente do SEEF. O mês de maio é um mês em que a história da humanidade e por consequência dos trabalhadores (as) se fundem. No dia 1º dia maio de 1886, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo período ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou uma revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com os policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba contra os policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi à morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas. Destes fatos trágicos surgiu o dia primeiro de maio, por esta razão falamos que esta data não é de comemoração mais de reflexão. Também no mês de maio de 1888, dia 13 para ser preciso a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. É importante lembrar que os primeiros passos para a libertação escravocrata no país tiveram forte pressão da Inglaterra, não por questões humanitárias, mas por motivações econômicas. Aquele país, potência industrial no final do século XIX, tinha interesse em expandir o mercado consumidor brasileiro e, para isso, era interessante converter os escravos em mão de obra assalariada. Alguns anos mais tarde, em 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre, que tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir daquela data. Já em 1885, a lei Saraiva-Cotegipe, também conhecida como Lei dos Sexagenários, levou à liberdade os negros com mais de 65 anos de idade. A História da humanidade sempre vai ao encontro da evolução social. Já se passaram 128 anos da abolição da escravidão no Brasil e estamos vivendo um momento a onde a história da classe trabalhadora está regredindo brutalmente. O atual congresso nacional brasileiro sob o comando de um governo corrupto e ilegítimo com a conivência do poder legislativo e apoio da mídia golpista e dos empresários e investidores nacionais e internacionais estão transformando os direitos sociais e trabalhistas em fumaça. Abriram as portas para a terceirização ampla e irrestrita, precarizando ainda mais as condições de trabalho de milhares de trabalhadores. Não fosse o suficiente, estão rasgando a CLT, voltando no tempo a onde os trabalhadores ficarão ainda mais reféns das vontades e desejos dos empregadores. Desprotegendo totalmente os trabalhadores em todos os sentidos. Tirando os trabalhadores (as) de exigir seus direitos na justiça do trabalho; Diminuindo o tempo de intervalo de...

A importante negociação dos pisos estaduais em Santa Catarina

20/01/2017
Por José Álvaro de Lima Cardoso* Estamos em meio a mais um processo de negociação dos pisos estaduais em Santa Catarina, um dos cinco estados do Brasil que dispõe deste mecanismo de garantia de uma renda mínima para os extratos que ganham menos entre a classe trabalhadora. Os pisos de Santa Catarina começaram a vigorar em janeiro de 2010 e a definição de seus valores decorre de ampla negociação entre centrais sindicais e representações patronais. A negociação de 2017, a sétima desde que os pisos foram implantados, tem sido a mais árdua de todas, por ocorrer em meio a uma das piores recessões da história do Brasil e em pleno processo de golpe de Estado. Golpe que, se não é novidade na História do país, sem dúvida é um dos mais truculentos, antipopulares e entreguistas de toda a história, desde a Proclamação da República, em 1889. Esta negociação é especialmente complicada porque um dos eixos do processo golpista é a tentativa de rebaixar rendimentos dos trabalhadores, visando resolver a crise brasileira, via arrocho de salários e a retirada de direitos. Não são as conquistas recentes, apenas que estão em jogo, mas o conjunto dos direitos obtidos pelos trabalhadores, a sangue, suor e lágrimas, no mínimo desde a implantação da CLT, em 1943. Em face da gravidade da crise econômica, e em função da postura do governo de querer liquidar com direitos sociais para resolver a crise, as propostas patronais na mesa de negociação têm buscado impor perdas salariais aos trabalhadores. Em Santa Catarina dificilmente os trabalhadores fecharão qualquer acordo dos pisos sem ganho real, ainda que modesto. Há uma avaliação entre os trabalhadores de que, ao contrário do diagnóstico patronal e governamental, não foram os gastos sociais que levaram a uma piora dos indicadores fiscais no Brasil, provocando baixo crescimento. Na realidade, a economia começou a crescer pouco em função da pior crise da história do capitalismo e da queda dos investimentos da Petrobrás, a partir de 2014, quando esta empresa respondia por 10% de todo o investimento produtivo no Brasil. A Operação Lava Jato prejudicou não só a Petrobrás, como quebrou as empresas que compunham o seu entorno, de engenharia e construção civil, que têm excelência reconhecida em todo o mundo. Um outro fator são os crescentes gastos com a dívida pública, cujos serviços são o principal item de despesas do orçamento federal, e que drena da economia brasileira o equivalente a cerca de 8% do PIB brasileiro (é o serviço da dívida mais caro do mundo). Longe de serem os vilões, os salários é que podem tirar a economia da crise, em defesa daquilo que um país tem de mais valioso, o seu mercado consumidor interno. É...

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