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A ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, listou alguns problemas enfrentados pelo setor no Brasil. Entre eles, baixo consumo interno, falta de financiamentos, tecnologia defasada e burocracia para instalar criadouros de peixes. A expectativa do governo é que a situação pesqueira brasileira melhore. Uma das ações é o lançamento de um novo modelo de permissão da pesca para todo país.

Segundo a ministra, os detalhes da proposta serão publicados em forma de Instrução Normativa na semana que vem. Com as novas regras vai mudar a forma com que os pescadores trabalham. “Vai aparecer num único mapa tudo que pode ser pescado, com que equipamento, em qual época do ano, com que tipo de embarcação”.

Para o senador Aníbal Diniz (PT-AC) a gestão da ministra Ideli Salvatti vai produzir os melhores resultados para o Governo Federal. “O combate à pobreza absoluta e à miséria, com a geração de emprego e renda e melhoria de qualidade de vida do nosso povo. E o Ministério da Pesca e Aqüicultura, ele está dando uma grande contribuição, nesse sentido, e nós queremos estar somando com ela, no estado do Acre e aqui no Senado Federal, ajudando no que for necessário”.

O senador João Pedro (PT-AM) acredita que o trabalho do Ministério vai melhorar a vida dos pescadores dessa região. “Na Amazônia nós podemos ter uma nova realidade com o fomento, com a presença da pesquisa naquela região. Nós podemos ter floresta em pé, com os rios, os lagos, dando uma perspectiva de proteína, de renda e de qualidade de vida para aquela população”.

O senador Wellington Dias (PT-PI) propôs a criação de um Programa de Aceleração de Crescimento exclusivo para a área da pesca. “E hoje aqui, eu acho que a novidade é essa ideia. De a gente apoiar o chamado PAC da Pesca. A gente trabalhar a estruturação de Pólos completos. Pólos que são capazes de irradiar, de um município para vários municípios. De uma região de cada estado”.

A ministra ainda comentou sobre a proposta de um PAC para a área. “Acho que tem condições de ser elaborado, um programa de aceleração da produção do pescado no nosso país. Principalmente pela quantidade de água que o país possuiu, 8.500 km de costa e 13% da água doce do planeta. Então nós temos muita água, temos clima e temos espécies maravilhosas de peixes, de crustáceos, que podem ser criados e desenvolvidos no nosso país”.

Apesar de o país ter 8,5 mil quilômetros de área costeira e possuir 13% da água doce do planeta, ainda está no vigésimo primeiro lugar na produção de pescados – com quase 2 milhões de toneladas produzidas por ano – atrás da China, que tem área costeira e volume de água doce menores que o Brasil e mesmo assim produz 58 milhões de toneladas.

Na apresentação feita aos senadores, Ideli Salvatti destacou as campanhas conjuntas que o Ministério tem desenvolvido com outras pastas e as campanhas feitas para aumentar o consumo de pescados. “”O brasileiro, na média, consome apenas dez quilos de pescados por ano. Mas na região Norte do País esse consumo chega a quase 60%””, observou.

Ideli contou que nos estados amazônicos a estratégia é levar melhorias e técnicas de extensão da Embrapa Pesca para aprimorar a produção local. Em algumas localidades será necessária uma política pública que leve energia elétrica no pacote de desenvolvimento. Isto, porque muitas vezes o produtor de pescado sofre nas mãos de atravessadores ou de quem “”possui o gelo””. “”Muitos produtores para não perderem sua produção, vendem os peixes a custos baixíssimos porque quem não tem gelo perde aquilo que produziu””, disse.

Ideli também destacou os projetos que estão sendo desenvolvidos em diversos estados, seja na fábrica de filetagem no Mato Grosso do Sul ou na estruturação da cadeia produtiva do Acre, onde os pescadores receberam do governo estadual um fábrica de gelo, de filetagem, de ração e de criação de alevinos, para criação em tanques.

A ministra informou que seu objetivo é liberar os recursos de emendas de bancada dos anos de 2008 e 2009, para que as prefeituras possam comprar máquinas escavadeiras utilizadas na construção de tanques. “”Percebemos que não é simples produzir desta forma. Precisa de técnica senão o investimento não dá resultado””, afirmou.

Publicado em 16/05/2011 -

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