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HOJE – Movimentos sociais organizam ‘banquetaço’ para exigir segurança alimentar
27/02/2019
Extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar pelo governo Bolsonaro preocupa especialista por precarizar políticas de acesso à alimentação saudável Em reação ao fim do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), extinto no início do ano pelo governo de Jair Bolsonaro, diversos movimentos da sociedade civil promoverão um “Banquetaço”, evento gratuito em praça pública a ser realizado em cidades de diversos estados do país, no dia 27 de fevereiro.  Em São Paulo, a manifestação ocorrerá na capital e em Ribeirão Preto. Confira as cidades que receberão os protestos aqui. De acordo com organizadores, o objetivo da ação contra o fim do órgão é alertar a população sobre os perigos da falta de políticas públicas na segurança alimentar dos brasileiros, e sensibilizar quanto a importância da alimentação saudável, agricultura familiar, combate à fome e ao fim do uso de agrotóxicos na lavoura, atribuições até então previstas pelo Consea. “O grande risco é a fragmentação da estratégia governamental para enfrentamento dos problemas de nutrição e alimentação”, alerta a ex-presidenta do órgão Elisabetta Recine em entrevista à repórter Beatriz Drague Ramos, da Rádio Brasil Atual. Segundo Elisabetta, a dissolução do Consea representa ainda o fechamento do diálogo entre a sociedade civil e o governo e precariza o acesso à alimentação de qualidade. Fonte: RBA |...
Referência em políticas de combate à fome, Consea fechou as portas nesta quarta (30)
31/01/2019
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) teve suas atividades encerradas pelo governo Bolsonaro O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) encerrou suas atividades nesta quarta-feira (30), por conta das mudanças administrativas trazidas pela Medida Provisória 870 de 2019, editada pelo governo Bolsonaro. Antes vinculado à Presidência da República, o Consea compunha o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e era o principal espaço de participação da sociedade civil para discussão do tema na esfera federal. O órgão contribuiu para a formulação de políticas públicas de combate à fome e incentivo à produção de alimentos saudáveis no país. A nutricionista e pesquisadora Elisabetta Recine, indicada pela sociedade civil como presidenta do Consea em 2017, afirma que um dos principais méritos do Consea era a capacidade de debater a articulação as políticas públicas promovidas por diferentes setores de governo. “A segurança alimentar e nutricional não é resolvida, não é garantida por uma política simplesmente. É preciso uma articulação de programas, de medidas, de diferentes setores do governo para que ela tenha um impacto suficiente sobre as condições de vida da população”, defende. “Todas as ações que aprimoraram as políticas públicas relacionadas à alimentação no Brasil passaram, de uma forma ou de outra, por dentro do Sisan”, acrescenta. Como exemplos, ela menciona o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e as inovações no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Pesquisas acadêmicas apontam que, por meio do PAA, as compras governamentais trouxeram incremento à renda dos pequenos produtores rurais, porque garantiu a eles o escoamento da produção. O PAA foi lançado pelo governo Lula (PT) como um dos braços do programa Fome Zero, que reduziu a extrema pobreza no Brasil de 12% para 4,8% em seis anos. A ideia era, de uma só vez, expandir a agricultura familiar e distribuir alimentos para entidades especializadas em atender crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. As inovações no Pnae, em 2009, permitiram que 30% das verbas federais para a compra de alimentos para escolas fossem destinados para a aquisição direta da agricultura familiar, de assentamentos da reforma agrária e de povos e comunidades tradicionais. Na prática, garantiu a injeção de R$ 3,8 bilhões nesses setores por meio das compras governamentais. Além de melhorar as condições de vida dos produtores, o principal efeito foi a diminuição dos índices de desnutrição em idade escolar. O Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2014, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aponta que a articulação destas e outras políticas foi capaz de retirar o país do Mapa da Fome. Isso significa que menos de 5% da população ingere uma quantidade diária de calorias inferior às recomendadas pelo órgão. Em nota pública, a secretaria-executiva do Consea afirmou que “todo esforço possível está sendo feito para a preservação...

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