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Documentário mostra como mídia de direita altera formação de opinião do público
14/06/2016
Vocês já repararam como as pessoas têm se transformado em outras ultimamente, como o médico e o monstro? Cidadãos antes cordatos, educados, gentis, de repente viraram cães raivosos, espumando pela boca, prontos a atacar o próximo. E o alvo de sua ira é sempre o mesmo, a esquerda, personificada no PT e em Lula, e as minorias: negros, gays, mulheres. Eu sempre fico com a impressão que o problema dessas pessoas não é política… Mas o que aconteceu para que elas ficassem assim? Será que a mídia tem alguma responsabilidade nisso? Um documentário que estreia este mês nos EUA, The Brainwashing of My Dad (A lavagem cerebral de meu pai, em tradução livre), explora um dos mais bizarros fenômenos de mídia norte-americanos: o perigoso poder que a mídia de direita pode exercer sobre os cidadãos comuns (lembrando que nos EUA há alternativas “liberais”; no Brasil só existe mídia de direita). Quando a cineasta Jen Senko tentou entender a transformação do pai dela de um homem apolítico que votou a vida inteira no partido Democrata em um fanático de direita furioso, descobriu as forças por trás da mídia que o fizeram mudar completamente: um plano de Roger Ailes (CEO da FOX News) durante o governo de Richard Nixon para o controle da mídia pelos republicanos; o Memorando Powell, conclamando líderes empresariais a influenciar as instituições de opinião pública, especialmente as universidades, a mídia e os tribunais; e, no governo Ronald Reagan, o desmantelamento da Fairness Doctrine (política governamental que garantia equilíbrio nas notícias de TV, com a obrigatória veiculação de visões opostas de determinado tema). À medida que a busca de Senko avança, descobrimos que o pai dela é parte de um contingente muito maior, e que a história afeta a toda a sociedade norte-americana. Utilizando entrevistas com personalidades da mídia, linguistas e ativistas de movimentos sociais, incluindo Noam Chomsky, Jeff Cohen, George Lakoff e outros, The Brainwashing of My Dad revela o plano de direcionar os EUA para a direita nos últimos 30 anos, principalmente através de manipulação midiática. O resultado disso é que hoje há menos vozes, menor diversidade de opinião, desinformação massiva intencional e uma enorme divisão do país. Alguém aí pensou no Brasil? O documentário mostra como isso aconteceu (e ainda está acontecendo) e coloca questões como a quem pertencem as ondas de transmissão, que direitos nós temos como consumidores de mídia e qual a responsabilidade que o governo tem de fazer essas ondas serem realmente justas, acuradas e próximas à verdade. Assista a um trecho do filme: https://vimeo.com/156931056 E aqui, o trailer: https://www.youtube.com/watch?time_continue=15&v=jdd6lEu9SWA Ainda não se sabe se o filme será exibido no Brasil, que já inspirou ao menos uma obra, considerada um clássico por...
XIX Plenária rechaça papel central da mídia na tentativa de golpe
22/04/2016
  Os conglomerados midiáticos nacionais exercem papel central na crise política que culminou com a admissão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no último domingo (17/4). O tratamento hostil dos grandes meios não só ao governo, mas aos movimentos sociais e a toda e qualquer iniciativa social de contraponto ao modelo liberal requer do movimento de defesa da democratização da comunicação estratégias de atuação cada vez mais incisivas. Esse tem sido o entendimento geral da XIX Plenária Nacional do FNDC, que reúne cerca de 140 pessoas, entre delegados, observadores e convidados, no Espaço Anhanguera, em São Paulo. Aberta na tarde desta quinta (21/4), a plenária trouxe um debate de conjuntura com o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), o professor João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rosane Bertotti, coordenadora geral do FNDC. Rosane analisou que há um movimento de unidade entre os conglomerados de telecomunicações e de radiodifusão para fortalecer o grupo oposicionista liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente Michel Temer. “Antes, as teles e a radiodifusão atuavam cada uma pro seu lado. Agora, estão cada vez mais unidas no apoio ao golpe em curso, junto, inclusive, com o Judiciário”. Rosane lembrou da afirmação de Dilma, ainda em 2014, de que a regulação da mídia seria uma das agendas centrais de seu segundo mandato. “Com o avanço da conjuntura, fomos percebendo essa intenção como algo cada vez mais distante. Se conseguirmos reverter esse golpe, não podemos mais aceitar um governo que não executa a pauta para a qual foi eleito”, afirmou. Para o deputado Orlando Silva, ainda é possível reverter a tentativa de impeachment presidencial. Ela observou que resistência no Brasil terá desdobramentos em toda a América Latina. “Denunciar o golpe é uma luta que vai além das nossas fronteiras e é fundamental para a resistência no plano internacional. A aliança golpista, composta por corruptos, traidores, torturadores e defensores do grande capital, nos impôs uma derrota política importante. A batalha, no entanto, está em curso no Senado e acho que não devemos dá-la por perdida”, afirmou o parlamentar. Ele analisa que o Senado é um campo muito diverso, diferente da atual composição da Câmara. “O Senado ainda não votou a terceirização e a redução da maioridade penal, pautas que simplesmente passearam pela Câmara e foram aprovadas rapidamente. Isso mostra que há uma diferença entre as casas. Agora, é claro que não podemos ser ingênuos, mas temos que manter viva a mobilização nas ruas em defesa da democracia”, opinou Silva. Para o professor João Sicsú, há duas possibilidades imediatas, o governo Dilma-Lula e um governo Temer-Cunha. “Se a primeira opção for vitoriosa, está...
Assista ao primeiro debate da série sobre a Democratização da Comunicação
16/12/2015
O Comitê pela Democratização da Comunicação de Santa Catarina (CDC-SC), iniciou, em parceria com a TV Floripa Canal Comunitário, uma série de debates sobre o tema Democratização da Comunicação, com objetivo de provocar o debate em torno de um tema primordial na atualidade brasileira. Os debates seguirão o padrão do programa Floripa em Foco, da TV Floripa, numa série Especial. No primeiro programa, participam o psicólogo Marcos Ribeiro Ferreira, secretário de comunicação da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (UFECO); e o presidente da Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade. Assista a íntegra do Programa: https://www.youtube.com/watch?v=umzXsd_4oik&feature=youtu.be...
Encontro Estadual dos Blogueiros trouxe debates sobre a mídia nacional
02/12/2015
O 1º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais de Santa Catarina foi realizado dia 27 de novembro, no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Universitária da UFSC — Campus da Trindade, em Florianópolis, às 14h30. Depois das 17h30 foi transferido para as salas Pitangueira e Aroeira, do Centro de Eventos. O motivo da mudança foi o calor resultante do ar-condicionado defeituoso. O debate sobre “Conjuntura da Mídia Catarinense” foi realizado entre os jornalistas e professores Nilson Lage, Elaine Tavares e professor Milton Pomar. O presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, jornalista Altamiro Borges, falou sobre a “Conjuntura da Mídia Brasileira”. Segundo Borges, “o Brasil nem chegou ao capitalismo, está ainda no Feudalismo. São sete famílias que detém a imprensa brasileira”. Destacou o enfoque dado pela imprensa à política nacional, especificamente sobre verba publicitária e o temor de tocar em assuntos econômicos. Como exemplo, usou a Auditoria da Dívida Pública, que nenhum governante pensa em fazer. “Dilma foi à festa de aniversário da Folha de São Paulo – justo a Folha que mostrou a falsa ficha criminal dela na capa. Ela não queria bater nos bancos nem na imprensa. A esquerda política brasileira pecou porque não usou o espaço para discutir as questões prioritárias. O governo é o principal culpado, mas nós poderíamos fazer mais”, resumiu. Lembrou que a regulação da comunicação existe no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, desde 1920 existe a FCC, que já cancelou outorgas de mais de 100 canais de TV. No Reino Unido, desde a mesma época, a Ofcom funciona. “Pois até a bolivariana, chavista radical da Rainha Elizabeth II criou a regulação! Falou mentira, direito de resposta! No Brasil, nada regula a comunicação”, afirmou o presidente do CEMA Barão de Itararé, com ironia ao posicionamento político da monarca. Sugeriu pressão pelo Marco Regulatório da Imprensa, pelo apoio ao Direito de Resposta e a discussão sobre verbas de publicidade das secretarias de comunicação dos governos federal, estadual e municipal. Foi iniciado o Núcleo Catarina do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e em seguida ocorreu a palestra com o jornalista e escritor Paulo Henrique Amorim a respeito de seu lançamento. Ele recordou seus tempos de funcionário da Rede Globo, como Roberto Marinho era visto e o tratamento dado a desafetos. “As instruções básicas para editar o Jornal Nacional. A terceira é: não quero preto nem desdentado no Jornal Nacional; segunda: Se uma criança recém-nascida cair na linha do trem e o Brizola se jogar para salvar, se a criança se salvar e o Brizola morrer, mesmo assim você tem que me perguntar antes se pode publicar. E a primeira, que acho genialmente clara: O (jornal) Globo é o...
Debate reuniu grupos de comunicação e movimentos sociais
29/10/2015
O debate promovido pelo Comitê de Democratização da Comunicação em Santa Catarina (CDC/SC) colocou na mesma bancada os representantes de grupos de mídia do Estado e de associações, movimentos sociais e sindicatos. O evento ocorreu no último dia 28 de outubro, no auditório da Fecesc, em Florianópolis. O diretor da Fecesc Nadir Cardozo dos Santos representa a entidade no CDC/SC e acompanhou as discussões junto cm os diretores Adalto Galvão Paes Neto e Marcos Roberto Souza. O debate foi mediado pela presidente do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12), Jaira Rodrigues. O Conselho é a entidade que coordena o CDC/SC. Para abordar o tema – “Quão democráticos têm sido os meios de comunicação em Santa Catarina?” – estiveram na mesa o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schroeder; o presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJSC), Aderbal da Rosa Filho; a presidente da CUT/SC, Anna Júlia Rodrigues; os jornalistas Silvio Smanioto, da TV Floripa; Renato Igor, representando o Grupo RBS e Luiz Meneghin, representando o Grupo RIC Record. O jornalista Renato Igor iniciou as falas afirmando que nunca recebeu orientação para falar mal ou bem de qualquer pessoa ou entidade. “Falo o que penso, sem restrições. Trabalho com liberdade”, declarou. Defendeu o grupo em que atua, salientou que há um Conselho de Ouvintes na empresa opinando sobre conteúdos. “O lucro é essencial ao bom jornalismo”, disparou Renato Igor com a continuação “esta frase é minha”. Segundo o representante do grupo RBS, se há dinheiro, há estrutura de trabalho consolidada. No momento econômico e tecnológico atual, considera lucro essencial para empresas manterem funcionários trabalhando com autonomia. O diretor do grupo RIC Record/SC, jornalista Luis Meneghin, afirmou acreditar no papel social da mídia e que a sociedade permite que ela exerça essa função de interlocutor entre fatos e o público. De acordo com Meneghin, “Não há liberdade de imprensa sem ganho econômico; manter bons profissionais é caro, custa dinheiro. Se fôssemos ligados a partidos ou igrejas, teríamos dificuldade de informar com imparcialidade, isso enfraqueceria as redações. Se temos jornalismo fraco, a sociedade perde”. O jornalista Sílvio Smaniotto, da emissora comunitária TV Floripa, ressaltou o conteúdo de ódio que tem sido veiculado na grande mídia há anos. Na TV que representa, não se divulga violência. Citou que a mídia pode crescer sem tanta competitividade, com mais colaboração, sem essa lógica do comércio. Mesmo assim lembrou que há canais que não falam dos envolvidos na Operação Zelotes, ou do lado negativo das privatizações, como se estivessem alinhadas. O presidente do SJSC Aderbal João da Rosa Filho responde à pergunta principal do debate com um contexto histórico brasileiro, “tão democrático quanto o processo de consolidação das empresas de comunicação do estado....

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