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O velório dos traidores dos trabalhadores
15/09/2017
Na terça-feira 12 de setembro, um grupo de representantes de centrais sindicais (CTB, CSB, UGT, NCST e Força Sindical) e o presidente da FIESP – aquela do pato amarelo, que financiou o golpe e a retirada dos direitos do povo – uniram-se para entregar ao governo corrupto e golpista de Michel Temer um conjunto de demandas em torno de uma nova política econômica para o Brasil. Organizando um teatro de extremo mau gosto no Palácio do Planalto, levaram ao governo a necessidade da adoção de uma política que vise a geração de empregos. As propostas foram descartadas imediatamente e publicamente pelo Ministro da Fazenda, o banqueiro Henrique Meirelles, que transformou, com requintes de crueldade, o teatro dos oportunistas de plantão em um velório constrangedor. O evento tratou da divulgação de um plano dos sindicalistas e empresários para a retomada do crescimento e da geração de empregos. Como principais medidas, a retomada das obras públicas paralisadas e a ampliação do crédito para as empresas via BNDES, o que, na ideia do grupo, ampliaria os investimentos e a geração de empregos. Na sequência da apresentação do “plano de salvamento dos empregos”, a equipe econômica do governo, capitaneada por Meirelles, se limitou a elogiar a união entre trabalhadores, empresários e governo, para que no início de 2018 o país volte a crescer. Nenhum comentário sobre as medidas apresentadas, apenas o silencio de quem, na prática, vem fazendo justamente o contrário do que o grupo de sindicalistas e empresários propôs. Meirelles enviou recentemente um projeto ao Congresso para justamente aumentar os juros do BNDES, substituindo a TJLP (juro subsidiado pelo Tesouro Nacional, mais barato) pela TLP (juro de mercado, mais caro). O governo golpista de Temer, junto com a maioria corrupta que compõe o Congresso Nacional, aprovou ainda no fim de 2016 o congelamento do gasto público por 20 anos, inviabilizando qualquer projeto de retomada das obras públicas. Na prática, o governo de Temer mostrou e continua mostrando que não há espaço algum para diálogo ou negociação, está empurrando “goela abaixo” do povo brasileiro o projeto do grande capital. O grande capital que pouco se importa com os investimentos e a geração de empregos. Lucraram no período que o Brasil gerava 2 milhões de empregos ao ano e investia mais de 20% do PIB. Continuam lucrando durante a recessão, onde temos 13 milhões de trabalhadores desempregados e os investimentos paralisados. Para os grandes monopólios, pouco importa que o povo esteja na miséria. Ganham muito nos juros da dívida pública, que já consome quase a metade do orçamento do Estado brasileiro. Querem mais é que os pequenos e médios empresários quebrem, absorvendo seus mercados e ampliando ainda mais o seu poder. Temer é representante...

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