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Os trabalhadores do comércio foram os que mais conseguiram aumentos reais de salários no ano passado. Uma pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta quinta-feira (17), mostrou que 96,4% de todas as negociações de categorias trabalhistas e de sindicatos terminou com reajustes iguais ou acima da inflação.

 

O número considera a inflação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice fechou 2010 em 6,47%. Isso significa dizer que quase todos os trabalhadores do setor ganharam aumentos idênticos ou maiores do que esse percentual.

 

Na conta do Dieese, aumentos maiores do que a inflação podem ser qualquer número entre 0,01% e 5% ou mais. Isso significa que os aumentos podem ter variado de 6,48% até mais de 11%.

 

Em uma conta simples, quem ganhava R$ 1.000 de salário no ano passado repôs a inflação ao elevar os salários para R$ 1.064,70. Se tivesse aumento de 0,01%, o salário passaria dos mesmos R$ 1.000 para R$ 1.064,80. Se fosse de 5%, o salário iria para R$ 1.114,70.

 

Em 2008 e 2009, anos em que o comércio sentiu os efeitos da crise financeira, o total de salários que superaram o aumento do custo de vida no país foi de 87%.

 

Na indústria, 96,4% dos acordos terminaram com acordos que repuseram somente as perdas da inflação ou deram aumentos reais. Em 2009, 83% deles tiveram aumentos maiores do que o INPC.

 

Na área dos serviços, 92,8% cobriram pelo menos a inflação. Em 2009, esse número havia chegado a mais de 89%.

 

Em 2010, todos os setores realizaram 700 acordos salariais. Desses, ao menos 670 conseguiram anular ou superar o aumento do custo de vida e da inflação – o melhor resultado desde 1996, quando começou essa pesquisa

 

R7

Publicado em 18/03/2011 -

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