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Que tal trabalhar aos domingos? Não gostou? Pois é, ninguém gosta. E para os comerciantes, isso já está virando um problemão. Tem um monte de vaga sobrando. Quem precisa trabalhar não pode escolher muito. “Na hora que achar a vaga, a gente vai nela”, diz Valter José da Silva, que está desempregado.

E se for para trabalhar no fim de semana, no domingo? “Final de semana é dia de ficar mais tranquilo dentro de casa ou de sair. Eu gosto de sair bastante”, lembra Daniela Cardoso Santos, de 18 anos, que está no seu primeiro emprego.


Com essa preferência, no Sistema Nacional de Empregos de Belo Horizonte (Sine) há vagas que não são preenchidas. “O trabalhador admitido nestas vagas, assim que ele arruma ocupação melhor e que não trabalhe sábado e domingo, ele sai da empresa. Então, isso é durante o ano inteiro”, explica o coordenador Sine, Eder Rodrigo Ferreira. Em uma rede de supermercados, há 800 vagas em aberto e preenchê-las tem sido difícil.


Durante a entrevista, quando ficam sabendo que vão ter que trabalhar aos domingos, 30% dos candidatos desistem na hora. “Com essa onda de apagão de talentos, hoje premiamos o colaborador que indica um amigo, um parente ou um vizinho, com vale compras no valor de R$ 100”, diz a gerente de recursos humanos Ana Luiza Mendonça de Souza.


Nívia Mendes da Silva aceitou a vaga de embaladora já pensando no futuro. “Tem de vir trabalhar domingo, feriado, dia a dia trabalhando”, opina a embaladora Nívia Mendes da Silva.


Com o quadro incompleto, às vezes o atendimento aos clientes fica comprometido. “Quando demora, vem a falta de paciência. Eu já começo a sair e fico nervosa”, conta a bacolnista Maria da Conceição Pereira.


“Hoje especificamente estamos trabalhando com 10% a menos do nosso quadro efetivo. São colaboradores que não vieram trabalhar. Tem gente que fala: ‘Eu não consegui levantar para vir trabalhar’”, lembra o comerciante Ricardo Rodrigues.


Foi aí que o garçom Daniel do Carmo viu uma oportunidade. De cliente, virou funcionário. “Eu percebi que está faltando muito garçom no mercado. Com isso, me deu oportunidade de estar ganhando um extra, porque eu já tenho um fixo em um banco e acabo vindo final de semana para fazer serviço de garçom”, diz o garçom Daniel do Carmo.


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Publicado em 4/11/2011 -

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