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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) irá realizar na próxima quarta-feira (6) uma série de mobilizações em todo o país que, de forma simbólica, dão início às campanhas salariais de diversas categorias no segundo semestre. Temas ligados às futuras reivindicações, a valorização da educação e um modelo de distribuição de renda que descentralize a política econômica e a importância do aumento real para a economia serão destacados durante os atos.

Movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central de Movimentos Populares (CMP), a Marcha Mundial de Mulheres, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e outras entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) participarão dos atos em apoio ao processo.

O secretário-geral da CUT, Quintino Severo, lembra que pautas como a jornada de 40 horas semanais, o combate à terceirização e aprovação do Plano Nacional de Educação serão colocadas em discussão. “”Queremos retomar toda a pauta que tivemos no Congresso Nacional de março, em conjunto às campanhas salariais do segundo semestre. Este é um momento importante para os trabalhadores ampliarem a distribuição de renda. Não acreditamos no argumento de que salário cria inflação, pelo contrário””, disse.

O presidente da CUT, Artur Henrique, explicou o porquê de a CUT não realizar ato unificado com as demais centrais. “A diferença não é só de pauta, mas de concepção e prática, mesmo nos pontos em que supostamente há convergência. A proposta deles não tem uma linha sobre negociação coletiva”, criticou. Segundo ele, o impasse sobre o fim do fator previdenciário e sobre a terceirização também influenciaram para a decisão.

“Nós somos contra, mas algumas centrais querem fortalecer as empresas prestadoras de serviço para ampliar alguns sindicatos, mesmo que isso signifique a morte de trabalhadores e
menores salários”, disse o dirigente.

Marcha dos Catarinenses abriu as atividades – A segunda edição da Marcha dos Catarinenses abriu as atividades no sul do país. Segundo a CUT-SC, cerca de 4 mil pessoas compareceram à mobilização na sexta-feira (1º) para cobrar trabalho decente e políticas públicas que visem ao desenvolvimento e estimulem a valorização da renda. Na avaliação do presidente da CUT-SC, Neudi Antonio Giachini, o governador Raimundo Colombo (ex-DEM) não dá reconhecimento às categorias do estado.

“É um governo que não tem compromisso com a sociedade. Defendemos a realização de conferências regionais, mas o governo já alegou que não tem recursos. Se levarmos como base os anos anteriores, quando o governo catarinense deixou de lado as conferências, sendo que a maioria foi realizada por vontade e articulação dos movimentos organizados, teremos grandes desafios pela frente”, pontuou o dirigente.

Em São Paulo, a mobilização será realizada a partir das 10h na Praça da Sé. Para o presidente da CUT no estado, Adi dos Santos Lima, as reivindicações atingem o cotidiano dos paulistas. “”Faremos um grande ato no centro da cidade para levarmos à população paulista nossas reivindicações e lutas do próximo período. Explicaremos, por exemplo, a política de privatização realizada no estado há anos, como no caso dos pedágios, que neste mês de julho chegaram a ter o aumento de até 9,77%””, disse o dirigente. Cerca de 10 mil militantes são esperados em passeata, até a Praça do Patriarca.

Publicado em 5/07/2011 -

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