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Neste domingo, a categoria e parte da população realizou um grande ato contra os ataques do prefeito à uma empresa pública que oferece um serviço de qualidade reconhecida

 

 

O ataque promovido pelo prefeito Gean Loureiro (DEM) à empresa pública que presta serviços de limpeza na capital de Santa Catarina transformou-se numa guerra para destruir a organização dos trabalhadores da Comcap e do Sintrasem, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis, que mantém a greve dos trabalhadores da Comcap, iniciada no dia 18 de janeiro.

Entre as armas usadas pelo prefeito estão o amplo apoio da imprensa comercial e do Judiciário. Agora, Loureiro tem a permissão de um desembargador para demitir trabalhadores. Há ainda ameaças de que a direção do Sindicato possa ter prisão decretada.

Uma comissão formada por advogados, sindicalistas, vereadores e deputados está em reunião nesta segunda-feira (1º) com o Poder Judiciário, buscando defender os direitos do sindicato e dos servidores em greve.

 

Maior ato da história da Comcap

 

Enquanto isso, trabalhadores, suas famílias e a parte da população de Florianópolis indignada com o ataque à uma empresa pública que oferece um serviço de qualidade reconhecida, realizaram um ato histórico no domingo (31).

 

 

Debaixo do sol de mais de 30 graus, eles ocuparam as ruas de Florianópolis em defesa dos direitos da categoria e da Comcap 100% pública. Mais de 5 mil pessoas que, respeitando o uso de máscara e distanciamento, tomaram a Beira-mar Continental, no maior ato dos 45 anos de história da Comcap.

 

 

A Polícia Militar proibiu a passagem dos manifestantes pela Ponte Hercílio Luz, que fica aberta aos finais de semana só para pedestres, sob a desculpa de que “comprometeria a estrutura da ponte”. Quando a ponte foi inaugurada e 50 mil pessoas compareceram ao evento, não houve a mesma preocupação.

Os trabalhadores estão em greve há 12 dias lutando pela revogação da lei do prefeito Gean Loureiro que reduz os direitos dos funcionários da Comcap e libera a limpeza pública para empresas privadas.

Gean, o Intransigente, usa de todo o seu arsenal para calar a voz dos trabalhadores. Já chamou os garis que fazem a coleta do lixo e as Margaridas que varrem as ruas de privilegiados; e agora tenta taxá-los como criminosos e terroristas por resistirem contra a retirada de direitos.

 

Denúncias sobre terceirizadas contratadas

 

Três empresas terceirizadas foram contratadas pelo prefeito para realizar a coleta de lixo na capital catarinense. O trabalho realizado com eficiência pela Comcap nas últimas décadas, agora se realiza de forma caótica: enquanto nos bairros ricos caminhões de diferentes empresas passam mais de uma vez por dia, há bairros onde o lixo se acumula nas ruas.

Durante o final de semana, circulou nas redes sociais vídeo de um trabalhador de uma das terceirizadas, executando seu serviço de sandália e com o pé enfaixado. O Sintrasem também recebeu várias denúncias de irregularidades ambientais na prestação de serviços, como por exemplo a imagem de um caminhão de uma terceirizada despejando o chorume do lixo em um bueiro.

Uma Carta/Convite foi distribuída no final de semana, assinada por dezenas de entidades, chamando para uma concentração na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 01/02. As mais variadas entidades estão se mobilizando para defender os trabalhadores e a empresa pública e denunciam:

“É o regime de escravidão para garantir o lucro de empresários gananciosos que não respeitam direitos trabalhistas e que sonham em daqui a pouco meter a faca no bolso dos contribuintes através do aumento das tarifas de coleta de lixo.

Florianópolis, sua população, não merece isso. Mas, a coisa vai além. O DEM, o PSDB, o desembargador, os empresários, estão experimentando aqui o que sonham para todo o Brasil.”

 

Escrito por: Sandra Werle e Sílvia Medeiros (CUT/SC e SINTRASEM) | Fotos: SINTRASEM

Publicado em 1/02/2021 - Tags: , , ,

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