Mori veio ao Brasil especialmente para o 2º Encontro de Blogueiros Progressistas – no sábado e domingo (18 e 19) – e participou do debate sobre o papel das redes sociais em campanhas eleitorais, dando como exemplo a campanha “”Gana Peru””. Em entrevista à Rede Brasil Atual, ele relatou o desenvolvimento da campanha e a vitória do candidato Ollanta Humala
O comunicador de Humala afirmou que assim como ocorreu no Brasil, o candidato peruano à Presidência também sofreu com ataques preconceituosos dos oposicionistas. Ele contou que durante a campanha, as hashtags – que designam o assunto que está sendo discutido – do Twitter relacionavam o nome do candidato a motivações racistas e xenofóbicas.
Perseguição que Humala também sofria dos grandes e mais tradicionais meios de comunicação peruanos, de forma similar ao que ocorreu durante a candidatura Dilma Rousseff em 2010. Ele conta que a atuação nas redes sociais não foi apenas na exposição da dualidade dos candidatos, nem simples contraposição entre o “”mal”” e o “”bem””.
A decisão foi traçar estratégias mais minuciosas para as redes sociais, ou seja, tratavam de praticamente todos os temas particulares que atingiam diferentes segmentos do eleitorado peruano. “” A ideia principal do trabalho intenso em rede social foi basicamente baseado no Brasil.””
“”Muitos diziam que as redes sociais eram apenas para difundir temas, mas, na prática, elas foram o grande diferencial da campanha e por elas conseguimos atingir setores que estavam mais contidos. Ninguém chegava até eles, mas mesmo assim esperavam algo diferente””, relata Mori.
Ele afirma que o trabalho intenso nas redes sociais fez com que a resistência à candidatura de Ollanta Humala fosse derrubada. “”Acreditamos que a democracia é sinônimo de interação. Nós envolvemos as redes sociais como parte da democratização da comunicação. Por isso a gente envolvia as pessoas em tudo que fazíamos””, lembra o coordenador.
Modelo a seguir
Mori acredita que as novas e virtuais campanhas eleitorais se tornarão uma realidade vivida por todos os países, principalmente, os latino americanos. Para ele, as redes estão fazendo um papel que permite articular o que estava disperso e colocar os pontos todos em uma mesma posição, integrando-os.
“”Isso que está começando é um movimento latino-americano que encontra ecos das mais diferentes intensidades com os nossos governos (do Brasil e do Perú)””, destaca.
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