Pesquisar

Redes sociais


Print Friendly, PDF & Email

No dia 20 de setembro de 1952 nascia em Santa Catarina a FECESC (Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado). Ao completar 60 anos, a entidade se orgulha de sua história, repleta de lutas e conquistas. Uma busca incessante pela garantia dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do ramo comerciário no estado de Santa Catarina e no Brasil.

 

História marcada pela resistência e superação, combatendo a censura e falta de liberdade imposta pela ditadura militar e suas respectivas intervenções nos sindicatos, supressão dos direitos constitucionais, cassação de mandatos de dirigentes, perseguição e morte de líderes sindicais.

 

Assim, a entidade se fortaleceu e, num cenário de profundas transformações políticas e econômicas, colaborou para o surgimento do chamado novo sindicalismo, marcando a ruptura com a forma de organização sindical corporativa atrelada a estrutura oficial.

 

Com a reconstrução do movimento sindical, num momento de maior liberdade de opinião e de organização, nasce a CUT, com participação ativa e importante da FECESC em conjunto com outras categorias, resultado da luta histórica de trabalhadores/as do campo e da cidade.

 

“A Federação colocou toda a sua estrutura no processo de redemocratização do país, dialogando com a classe trabalhadora e com a sociedade sobre qual projeto de país que queríamos naquele momento. A intervenção da entidade foi fundamental para o surgimento de uma Central que representasse o conjunto da classe trabalhadora”, recorda Neudi Giachini, que é comerciário e, atualmente preside a CUT no estado de Santa Catarina.

 

Após mais de 20 anos de resistência e luta contra a opressão militar, a FECESC teve de reorganizar suas políticas e ações para enfrentar o período neoliberal nos anos 90 e consequentemente, as políticas de arrocho e retirada de direitos.

  

“Toda essa história, organizando o conjunto da classe trabalhadora, lutando por um modelo de desenvolvimento com mais e melhores e empregos e salários, com distribuição de renda e fim das injustiças sociais, credencia a entidade como uma das mais bem organizadas e articuladas, não só no estado, mas em âmbito nacional”, pontua Neudi.

 

A Federação também teve um papel preponderante na organização do ramo comerciário e na construção da Confederação Nacional, a Contracs/CUT (Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços). “A FECESC é uma das Federações mais antigas e com maior experiência no nosso ramo e que contribuiu e tem contribuído na organização dos trabalhadores comerciários em todo o Brasil. Por isso, parabenizo a Federação pelos seus 60 anos e os companheiros e companheiras da atual direção, dirigentes de grande capacidade e competência para representar o conjunto da categoria”, destaca Alci Matos, presidente da Contracs.

 

Organizar para avançar – conforme descreve Ivo Castanheira, diretor da FECESC e coordenador sindical do Dieese em Santa Catarina, uma das grandes conquistas empreendidas pela Federação foi a implementação do Piso Estadual, uma luta em conjunto com os movimentos social e sindical.

 

“O Piso de Santa Catarina é hoje um dos maiores a nível nacional, variando de acordo com a região e categoria. Diferente de outros estados, o projeto foi uma iniciativa popular, com a CUT à frente do movimento, coletando assinaturas e pressionando Assembleia Legislativa de Santa Catarina”, lembra Castanheira.

 

“Após a conquista do Piso Estadual, um instrumento de distribuição de renda e indutor do desenvolvimento do Estado, a luta agora é para que se transforme em política permanente nos moldes como é o salário mínimo nacional”, complementa Neudi.

 

Hoje, lembra o dirigente da FECESC, a grande maioria das convenções coletivas abrange em torno de 50 a 60% de clausulas sociais, o que demonstra não só uma preocupação com a questão econômica, mas também com a qualidade de vida do/a comerciário/a.

 

“A nossa entidade é respeitada em Santa Catarina e nacionalmente, reconhecida pelo movimento social por suas lutas e posição de resistência em todos os sentidos. São 60 anos de grandes enfrentamentos e conquistas, levantando bandeiras históricas como a redução da jornada de trabalho, o fim do trabalho aos domingos e feriados e o próprio piso salarial estadual”, aponta Castanheira.

Autor: William Pedreira para CUT

Publicado em 25/09/2012 -

Siga-nos

Sindicatos filiados