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Próximo de perder a sede por falta de atuação, o Clube Recreativo Corinthians Catarinense recebeu no ano passado R$ 117 mil do governo de Santa Catarina para projetos culturais no Bairro Pantanal, em Florianópolis.

Moradores dizem que a entidade não abre as portas há pelos menos oito anos. Há problemas também na prestação de contas, atrasada de acordo com as secretarias da Fazenda e de Turismo. A denúncia foi mostrada, neste domingo, no Estúdio Santa Catarina da RBS/TV.

De acordo com o banco de dados da Secretaria da Fazenda, o Fundo Estadual de Incentivo à Cultura repassou R$ 87 mil para projetos sobre a imigração alemã em Santa Catarina. O dinheiro foi entregue em duas parcelas, de R$ 47 mil e R$ 40 mil.

O diretor geral da Secretaria de Turismo, Gualberto Savedra, disse que a prestação de contas do primeiro repasse está omissa. O caso pode ser encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado e o clube incluído na lista de inadimplentes e perder a possibilidade de captar dinheiro público.

O outro repasse foi de R$ 30 mil e partiu do Fundo Estadual de Desenvolvimento Social. O projeto apresentado prometia a realização de oficinas de artesanato para crianças carentes do Pantanal.

A Secretaria da Fazenda informou por e-mail que o clube não prestou contas da última parcela, depositada em novembro de 2009. Moradores do bairro ouvidos pela reportagem da RBS/TV afirmaram que as portas do clube estão fechadas há anos. Eles declararam que não viram atividades para crianças nem material referente a imigração alemã em Santa Catarina.

A inatividade é tamanha que outra entidade entrou na Justiça pedindo para poder usar a sede do clube, que fica na esquina da Rua Deputado Antônio Edu Vieira com a Servidão Corinthians. As portas permanecem fechadas e foram alvos de pichadores. O caso ainda não foi decidido e a administração do Clube Recreativo Corinthians Catarinense admite que usou os projetos para tentar manter o espaço.

Contraponto

O presidente do Clube Recreativo Corinthians Catarinense, Romeu Franzoni Júnior, disse o projeto sobre a colonização alemã resultou em 12 painéis com fotos e textos que ficaram expostos por dois meses no Terminal Rita Maria. A verba para a oficina de artesanato foi usada numa festa de final de ano para as crianças do bairro no campo de futebol do bairro.

Ele deu duas versões sobre a origem do projeto a respeito da colonização alemã no Estado. Primeiro declarou que foi procurado por uma fundação que não recordava o nome para servir como intermediário do projeto . Ele atribui o esquecimento ao fato de estar viajando na época. Depois, afirmou que foi responsável pela criação e execução do trabalho. Apresentou duas páginas de um documento que seria a prestação de contas.

(Fonte: DC)

Publicado em 20/09/2010 -

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