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CUT-SC abre sua 14º Plenária com cerimonial em memória aos 50 anos do golpe civil-militar

Com muito debate e bastante chimarrão começou nesta quinta-feira a 14° Plenária da CUT-SC e segue até sábado dia 31 de maio

A plenária iniciou na manhã desta quinta-feira, dia 29 de maio, no Hotel Canto da Ilha da CUT, em Florianópolis e conta com a participação de mais de 300 trabalhadores de diferentes categorias. A plenária é um encontro previsto no estatuto e tem como objetivo atualizar as discussões de conjuntura, fazer um balanço das ações e, caso necessário, definir novas resoluções, reafirmando ou definindo algumas prioridades.

Anna Julia Rodrigues, professora de Florianópolis, secretaria geral da CUT-SC e coordenadora da 14° Plenária destacou a expectativa destes três dias de debate e avaliações. “Construímos uma plenária que pretende avaliar as ações da CUT em defesa da classe trabalhadora, mas além disso, queremos fazer uma avaliação do atual cenário político e a necessidade de enfrentamento com as forças do capital, cada vez mais severas e que explora os trabalhadores”, declarou Anna Julia.

Relembrar a luta pela democracia é relembrar a história da CUT – “50 anos do golpe civil-militar: pelo direito à Teatro reproduziu cenas de opressão na história do Brasil

Teatro reproduziu cenas de opressão na história do Brasil

 Verdade e a justiça” foi o tema da plenária, escolhido pela direção estadual, com o intuito de fazer uma reflexão sobre o período de ditadura do Brasil, que aconteceu de 1964 à 1985 e deixou marcas na história de luta de todos os brasileiros, em especial à classe trabalhadora.

Na mística de abertura, com a dinâmica do Teatro dos Oprimidos, em que coloca as pessoas como sujeito da peça, um grupo de dirigentes e militantes encenaram um teatro que trouxe a história do país e como o Brasil foi construído com exploração das pessoas e com a reação dos povos, frente as situações de injustiça.

A representante do Coletivo de Memória, Verdade e Justiça de Santa Catarina, Maria Lucia Haygert, participou da mesa de abertura da Plenária e parabenizou a CUT pela escolha do tema. “Quando avaliamos, quem foram os perseguidos, os presos, mortos e torturados durante o regime militar, fica evidente a perseguição aos representantes da classe trabalhadora, por isso não temos dúvida em afirmar que o golpe, foi um golpe de classes”, salientou ela.

Papel da CUT na disputa de hegemonia – A abertura da Plenária também contou com a presença de deputados e deputadas estaduais e federais da bancada do PT, que fizeram uma avaliação da importância da organização dos trabalhadores na disputa de hegemonia na sociedade e a necessidade de continuidade de uma política pautada nos avanços de distribuição de renda e conquista de direitos para a classe trabalhadora.

Rosane Bertotti, agricultora familiar de Xanxerê e Secretária de Comunicação da CUT Nacional, destacou o papel importante da CUT na luta por democracia no Brasil e na conquista de direitos aos trabalhadores. “Cada direito conquistado tem a marca da CUT, mas ainda precisamos ter capacidade de organização no local de trabalho”, Rosane salientou também a luta que a central esta encampando neste ano, o Plebiscito por uma Constituinte da Reforma Política, que vai acontecer na primeira semana de setembro e está sendo organizado por diversos movimentos sociais, entre eles à CUT.

O protagonismo da CUT nas lutas em prol dos trabalhadores é reconhecido mundialmente, tanto que no último dia 23 de maio, o professor de São Paulo, ex-presidente da CUT e atual Secretário de Relações Internacionais da Central, foi eleito presidente da Confederação Sindicais Internacionais, a última instância de organização dos trabalhadores. “Hoje a maior autoridade sindical do mundo é CUTista”, destacou Neudi Giachini.

Mais de 300 trabalhadores estão reunidos na 14º Plenária da CUT-SC

Na parte da tarde uma mesa composta pelo dirigente da CUT Nacional, Roni Barbosa, o supervisor técnico do DIEESE-SC José Álvaro Cardoso e representantes das correntes políticas participaram de um debate de conjuntura nacional e estadual e os desafios para a CUT.

Durante toda a plenária serão debatidos temas de organização da central no estado como a Marcha dos Catarinenses,  recomposição da direção estadual, avaliações políticas para as eleições de 2014, plebiscito da reforma política, debate do texto base da nacional e eleição dos delegados para participar da Plenária Nacional da CUT, que vai acontecer entre os dias 28 de julho a primeiro de agosto.

 

O protagonismo da CUT-SC e a importância de uma Reforma Política

Segundo dia da Plenária da CUT-SC, fica marcado por grandes debates e leitura do texto base da Plenária Nacional

A manhã do dia 30 de maio, o segundo dia da Plenária estadual da CUT-SC começou com debates sobre as ações da central no estado e a importância de definir estratégias a fim de manter o protagonismo da CUT em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Na primeira mesa, coordenada pelo metalúrgico de Joinville e Secretário de Formação da CUT-SC, Cleverson Oliveira e a professora de Criciúma e Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SC, Jucélia Vargas, foram debatidas as estratégias para fortalecer o principal ato de rua da central, a Marcha dos Catarinenses. A Marcha que já está na sua quinta edição, é um ato organizado pela Coordenação dos Movimentos Sociais – CMS e envolve a CUT-SC e diversos movimentos sociais do estado. “Nos últimos anos a CUT tem sido a grande protagonista desta mobilização, defendemos que a Marcha continue pois é o momento de levar às ruas e dialogar com a sociedade sobre as nossas reivindicações”, declarou Adriana Maria Antunes de Souza, Agricultora Familiar de Jardinópolis.

Na mesa seguinte, o debate foi coordenado pela comerciária de Jaraguá do Sul e Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT-SC, Ana Roeder e o professor de São Miguel do Oeste e Secretário de Políticas Sociais da CUT-SC, Aldoir Kraemer. Com o tema “A proposta de Plebiscito Popular para uma Constituinte Exclusiva de Reforma do Sistema Político”, os trabalhadores, participantes da plenária estadual puderam aprofundar o debate sobre o Plebiscito que vai acontecer na primeira semana de setembro. Renê Munaro, farmacêutico da prefeitura de Florianópolis, destacou a importância de uma Reforma Política para dar voz ao povo. “Só vamos avançar na conquista de mais direitos para à classe trabalhadora quando conseguirmos avançar na reforma política e garantirmos o acesso dos trabalhadores nos espaços políticos do país”, destacou Renê.

Além das mesas temáticas, na parte da tarde os delegados da Plenária foram divididos em grupo para debater o texto da Plenária Nacional que faz uma avaliação da conjuntura internacional e do país e ressalta os desafios para a classe trabalhadora nos próximos anos.

A 14º Plenária da CUT Nacional, tem como tema “Organizar, lutar e avançar nas conquistas” acontecerá entre os dias 28 de julho à primeiro de agosto em Guarulhos, São Paulo.

Escrito por: Sílvia Medeiros – Assessoria de Comunicação CUT-SC

Publicado em 2/06/2014 -

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