27/04/2016
O aplicativo para celular “Moda Livre”, criado pela organização Repórter Brasil para incentivar o consumo consciente de roupas, incorporou 25 novas marcas em sua última atualização, realizada neste mês de abril. A ferramenta, que pode ser baixada em celulares com sistemas iOS e Android, traz atualmente um catálogo com 77 grifes e varejistas da moda sinalizados de acordo com o comportamento de cada uma delas em relação ao respeito a direitos trabalhistas. As informações são coletadas junto ao Ministério do Trabalho. Se a empresa tem mecanismos de acompanhamento da cadeia produtiva e não tem histórico de uso de mão de obra escrava, é sinalizada em verde. Se ela monitora seus fornecedores, mas de forma insuficiente ou se já foi flagrada anteriormente com mão de obra escrava, é sinalizada em amarelo. Mas se a marca não controla as condições laborais das fábricas, já foi autuada por trabalho escravo ou se negou a responder o questionário, é sinalizada em vermelho. Grandes marcas do varejo, como 775, Colcci, Centauro, Demillus, Forum, Gregory, M.Officer e Triton estão com o sinal vermelho, ou seja, são muito mal avaliadas. Ao clicar em uma das 77 empresas disponíveis, é possível saber quais foram os crimes cometidos, qual o nível da transparência na informação das condições de seus trabalhadores, qual a qualidade do monitoramento de sua rede de fornecedores, e se não há nenhum flagrante de mão de obra escrava em seu histórico. Cadeia produtiva As grifes estão organizadas de acordo com seu faturamento e a avaliação leva em conta o comportamento de toda a cadeia produtiva delas no Brasil, incluindo empresas terceirizadas e prestadoras de serviço. “O aplicativo entende que as empresas devem ter responsabilidade em toda a sua cadeia produtiva. Então, se ela contrata um fornecedor e terceiriza a produção de roupa, ela também é responsável por isso. Esse é o entendimento do Ministério Público, do Ministério do Trabalho e também da Repórter Brasil”, afirma Carlos Juliano Barros, que coordena o aplicativo “Moda Livre” em parceria com o jornalista André Campos. Opinião pública “No começo algumas empresas importantes não deram muita bola para o aplicativo. Mas quando ele foi divulgado e repercutiu na mídia, principalmente em blogs de moda e sites que falam sobre o tema, aquelas que não tinham respondido o questionário nos procuraram, porque entenderam que não participar era um dano muito grande à imagem delas”, explicou Carlos Juliano. O jornalista da Repórter Brasil destaca que “o consumidor final tem se mobilizado”. “A gente tem recebido avaliações positivas. As pessoas dizem que usam o aplicativo na hora de escolher a marca ou a loja onde vão comprar”, comemorou. Futuro precarizado? Centenas de trabalhadores, principalmente imigrantes de países da América Latina, como Bolívia...26/04/2016
O Rio Grande do Sul obteve mais um resultado negativo, que não pode ser atribuído ao governo Dilma e muito menos ao ex-governador Tarso Genro, como costumam alegar o governo Sartori (PMDB), a base aliada na Assembleia Legislativa e a mídia plutocrática. O RS pagou o menor índice de reajuste em 2016 entre os cinco estados que possuem o salário mínimo regional, conforme levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O RS elevou em fevereiro as cinco faixas do mínimo regional em apenas 9,61%, ficando pela primeira vez desde que foi criado em 2001 abaixo da inflação dos 12 meses anteriores. O governo Beto Richa (PSDB), do Paraná, concedeu o maior reajuste entre os cinco estados (11,38%), seguido do governo Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina, com 11,12%, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, com 10,50%, e governo do Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, com 10,37%. “A responsabilidade pelo pior reajuste do mínimo regional em 2016 é do governador José Ivo Sartori (PMDB), que se negou a conceder uma audiência para as centrais sindicais e enviou um projeto rebaixado aos deputados estaduais, com um índice que não repõe a inflação e ainda ficou abaixo do reajuste do mínimo nacional”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. As centrais sindicais defenderam o reajuste de 11,68%, igual ao índice aplicado pela presidenta Dilma Rousseff (PT) ao mínimo nacional. Confira na tabela abaixo os índices de cada estado, bem como o valor respectivo da menor faixa salarial, cuja composição de categorias beneficiadas é diferenciada entre os estados. Em relação ao Paraná, o Dieese esclarece que a data-base do mínimo regional é maio, sendo que o índice se refere a 2015, quando a inflação foi menor do que nos primeiros meses deste ano. Sartori arrocha e reduz diferença em relação ao mínimo nacional “O arrocho praticado por Sartori, com a cumplicidade da base aliada na Assembleia, significa também uma redução em relação ao que representa o mínimo regional se for comparado percentualmente com o mínimo nacional”, salienta o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antônio Güntzel. “Verificamos a mesma queda nos governos Rigotto (2003-2006) e Yeda (2007-2010), na medida em que não mantiveram o diferencial de 30% acima do mínimo nacional obtido no governo Olívio (1999-2002”, observa. “Houve uma boa recuperação no governo Tarso (2011-2014), mas agora o índice despencou e ainda ficou pela primeira vez abaixo da inflação”. Antônio lembra que Sartori teve forte apoio empresarial na campanha eleitoral e que o vice-governador José Paulo Cairoli (PSD) é empresário e ex-presidente da Federasul. “O objetivo deles é acabar com o mínimo regional do RS e, tanto isso...25/04/2016
Enquanto a grande mídia brasileira defende o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, mostrando toda sua parcialidade nas coberturas, a imprensa internacional como CNN, The New York Times, The Guardian, El País, The Economist, The Intercept e a revista americana Fortune, condenam a admissão do pedido de abertura de impeachment da presidenta feito na Câmara dos Deputados no último domingo (17). O golpe, liderado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, junto com o vice-presidente Michel Temer, segue agora para o Senado, que é quem vai dizer se o processo deve ou não ser instaurado. Antes disso, é montada uma comissão com 42 senadores, sendo 21 titulares e 21 suplentes, que terá dez dias para elaborar um parecer. A presidenta só será intimada e afastada caso o Plenário decida que o processo deve ser instaurado. De acordo com editorial do jornal espanhol El País, a confluência dos interesses de Temer com os de Eduardo Cunha, acusado de possuir contas milionárias na Suíça, deu motivos para o processo ser chamado de golpe. Reitera ainda que a presidenta é a única pessoa que não é acusada de enriquecimento pessoal. Leia aqui o artigo: http://goo.gl/Tn1FC5 Já o The Intercept alerta que os governos de esquerda da América Latina têm sido repetidamente removidos do poder por meios não legais ou democráticos. Além disso, cita que o deputado Eduardo Cunha e o senador Aécio Neves têm denúncias diferentes de envolvimento com escândalo de corrupção. Leia aqui o artigo: https://goo.gl/D2QWhK O editorial do New York Times diz que o processo é conduzido por políticos acusados de crimes mais graves do que os atribuídos à presidenta Dilma. Leia aqui o editorial: http://goo.gl/0Zb97v Segundo a CNN, canal a cabo de notícias norte-americano, o impeachment da presidenta Dilma é antidemocrático. Veja aqui a reportagem: http://goo.gl/rMVQEf O jornal inglês The Guardian fez um editorial duro e assegura que o impedimento de Dilma é uma tragédia e um escândalo. Leia aqui o artigo: http://goo.gl/cUyHTZ A revista britânica The Economist ironizou numa lista de frases os motivos pelos quais os deputados votaram a favor do impeachment. Leia aqui a matéria: http://goo.gl/dqoHeb Para a revista americana Fortune, o impeachment deverá significar mais corrupção no Brasil. Leia aqui: http://goo.gl/fzsi5J Fonte: Walber Pinto / CUT...25/04/2016
Durante a Plenária da Frente Brasil Popular em conjunto com a Frente Povo Sem Medo foi destacada a necessidade de continuar ocupando as ruas para barrar o golpe contra a democracia em curso no país, por isso, um novo grande ato foi agendado para o dia 1º de maio. O encontro, que reuniu lideranças de diversos partidos de esquerda, movimentos sociais, sindicais e centrais, lotou o auditório da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina – FECESC, no último dia 19 de abril. Para o presidente do Partido dos Trabalhadores de Florianópolis (PT), Carlos Eduardo de Souza (Cadu), o que estava em jogo era o poder que a democracia tem para mudar a vida das pessoas. Nas últimas quatro eleições, um governo popular foi eleito e reeleito para comandar o país e ainda de acordo com ele, a direita tem tentado derrubar este projeto por meio de golpes. “Eleger um projeto de desenvolvimento social já bastou para levantar o ódio de uma elite patriarcal, racista, homofóbica e classista. Muita coisa que estava escondido na vida privada dos golpistas vieram a público. O que ficou bem claro na fala de alguns deputados que votaram a favor do golpe, com um discurso de morte aos diferentes. O nosso maior aliado é o tempo, assim, a população começa a enxergar esses discursos e se unir contra esse fascismo escancarado”, avaliou Cadu. O deputado estadual Dirceu Dresch ressalta que o projeto político brasileiro chegou “ao fundo do poço” quando elegeu uma Câmara como aquela, que votou a favor do golpe no domingo (17). “Um exemplo do atual cenário é aquela deputada que votou pedindo o fim da corrupção e no dia seguinte a Polícia Federal prende o marido dela. A presidenta Dilma só está passando por isso, porque ela não se entregou aos corruptos. Temos como reverter essa situação, mas temos que ganhar as ruas para isso. Estamos ganhando a opinião da sociedade e com mais tempo vamos conquistar mais pessoas para o nosso lado”, disse. A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina – CUT-SC, Anna Julia Rodrigues afirmou que é preciso reunir toda a esquerda para fazer frente ao golpe. Ela, que esteve em Brasília contou que no último dia 15, a capital brasileira estava vermelha e somou mais de 100 mil pessoas no local. “Nós sempre estivemos nas ruas e agora estaremos muito mais para que esse golpe arquitetado não passe”, afirmou. Entre os principais encaminhamentos da Plenária está o grande ato no dia 1, com atividades culturais; a mobilização dos comitês pela democracia que já existem e a criação de novos; panfletagens em comunidades e empresas; se unir ao ato do Fórum dos Servidores...22/04/2016
Os conglomerados midiáticos nacionais exercem papel central na crise política que culminou com a admissão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no último domingo (17/4). O tratamento hostil dos grandes meios não só ao governo, mas aos movimentos sociais e a toda e qualquer iniciativa social de contraponto ao modelo liberal requer do movimento de defesa da democratização da comunicação estratégias de atuação cada vez mais incisivas. Esse tem sido o entendimento geral da XIX Plenária Nacional do FNDC, que reúne cerca de 140 pessoas, entre delegados, observadores e convidados, no Espaço Anhanguera, em São Paulo. Aberta na tarde desta quinta (21/4), a plenária trouxe um debate de conjuntura com o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), o professor João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rosane Bertotti, coordenadora geral do FNDC. Rosane analisou que há um movimento de unidade entre os conglomerados de telecomunicações e de radiodifusão para fortalecer o grupo oposicionista liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente Michel Temer. “Antes, as teles e a radiodifusão atuavam cada uma pro seu lado. Agora, estão cada vez mais unidas no apoio ao golpe em curso, junto, inclusive, com o Judiciário”. Rosane lembrou da afirmação de Dilma, ainda em 2014, de que a regulação da mídia seria uma das agendas centrais de seu segundo mandato. “Com o avanço da conjuntura, fomos percebendo essa intenção como algo cada vez mais distante. Se conseguirmos reverter esse golpe, não podemos mais aceitar um governo que não executa a pauta para a qual foi eleito”, afirmou. Para o deputado Orlando Silva, ainda é possível reverter a tentativa de impeachment presidencial. Ela observou que resistência no Brasil terá desdobramentos em toda a América Latina. “Denunciar o golpe é uma luta que vai além das nossas fronteiras e é fundamental para a resistência no plano internacional. A aliança golpista, composta por corruptos, traidores, torturadores e defensores do grande capital, nos impôs uma derrota política importante. A batalha, no entanto, está em curso no Senado e acho que não devemos dá-la por perdida”, afirmou o parlamentar. Ele analisa que o Senado é um campo muito diverso, diferente da atual composição da Câmara. “O Senado ainda não votou a terceirização e a redução da maioridade penal, pautas que simplesmente passearam pela Câmara e foram aprovadas rapidamente. Isso mostra que há uma diferença entre as casas. Agora, é claro que não podemos ser ingênuos, mas temos que manter viva a mobilização nas ruas em defesa da democracia”, opinou Silva. Para o professor João Sicsú, há duas possibilidades imediatas, o governo Dilma-Lula e um governo Temer-Cunha. “Se a primeira opção for vitoriosa, está...Siga-nos
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