06/01/2017
A Greve Geral de 1917 ficou conhecida em todo o País pela paralisação da indústria e do comércio que aconteceu, em julho daquele ano. O movimento surgiu como resultado de diversas organizações operárias. Esta mobilização foi uma das mais abrangentes e longas da história do Brasil, durou mais de um mês. O movimento operário mostrou como suas organizações (Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender os direitos da classe trabalhadora com forte impacto na economia e na sociedade. A industrialização fez surgir no Brasil um novo perfil social: O operário fabril. O movimento teve início ainda no final do século XIX. Em decorrência da Primeira Grande Guerra Mundial, o país passou a exportar grande parte dos alimentos produzidos. A partir de 1915 as exportações afetaram o abastecimento interno de alimentos, causando elevação dos preços dos poucos produtos disponíveis no mercado. Embora o salário subisse, o custo de vida aumentava de forma desproporcional, deixando os trabalhadores em péssimas condições para sustentar suas famílias e fazendo com que mulheres e crianças precisassem trabalhar para complementar a renda doméstica. A jornada de trabalho era cruel, de 12 a 14 horas por dia, de segunda a sábado. A maioria dos trabalhadores era composta por imigrantes italianos e espanhóis com um histórico de “organização política” em seus países de origem, o que fortaleceu muito a conscientização e a força do movimento grevista. Os trabalhadores exigiam aumento de salário. O comércio fechou, os transportes pararam e o governo não conseguiu dominar o movimento pela força. As reivindicações eram: Liberdade às pessoas detidas por conta da greve; Respeito ao direito das associações e sindicatos dos trabalhadores; Que nenhum operário fosse demitido por participar do movimento grevista; Fim da exploração do trabalho de menores de 14 anos; Proibição do trabalho noturno para menores de 18 anos; Proibição do trabalho noturno para mulheres; Aumento de 35% nos salários inferiores a $5000 (cinco mil réis) e de 25% para os mais elevados; Data certa para o pagamento dos salários, a cada 15 dias, o mais tardar, cinco dias após o vencimento; Garantia de trabalho permanente; Jornada de oito horas e semana de trabalho de cinco dias; Pagamento de 50% em todo o trabalho extraordinário (horas extras). Imprensa Alternativa: apoio ao movimento! Considerado o quarto poder, a imprensa sempre teve papel de destaque nos acontecimentos de cunho social e político no País. Apesar da ética de imparcialidade, os meios de comunicação, em sua maioria, estão aliados ao poder, de direita ou de esquerda, tomando partido, ainda que neguem suas posições políticas. No caso da greve geral de 1917 não foi diferente. Os principais periódicos da época assumiram a posição governista contra os trabalhadores. A burguesia detentora dos meios de comunicação...Siga-nos
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