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Print Friendly, PDF & Email

logo-SEC_Xaxim-horizO Sindicato dos Empregados no Comércio de Xaxim e Região (SEC Xaxim) e o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom) firmaram Convenção Coletiva definindo o calendário de horários do comércio de Xaxim para sábados D, datas especiais e período natalino em 2017. A divulgação deste calendário no início do ano possibilitará o planejamento dos trabalhadores e também dos consumidores do município, que poderão planejar suas compras dentro do horário do comércio.
No entanto, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Rodrigo Savaris, não ficou satisfeito com a negociação e divulgou nota desrespeitosa na imprensa local. O SEC Xaxim respondeu a nota, lembrando ao presidente da CDL que a negociação é legítima e respaldada pela Lei. “Quando afirma que “estamos à mercê dos sindicatos e trabalhando cada vez menos”, pensa ele que pode impor qualquer horário aos trabalhadores e que eles precisam obrigatoriamente obedecer aos seus desejos. Não entende que vivemos em uma democracia, onde os trabalhadores do comércio, através do seu Sindicato, têm o direito de reivindicar e negociar melhores condições de trabalho” diz a nota do SEC Xaxim.
Leia abaixo a íntegra da Nota do Sindicato e abaixo matéria divulgada na imprensa de Xaxim com as declarações do presidente da CDL.

NOTA DO SEC XAXIM EM RESPOSTA AO PRESIDENTE DA CDL

Presidente da CDL de Xaxim desrespeita trabalhadores, familiares e entidades legítimas

O presidente da CDL de Xaxim Rodrigo Savaris divulgou uma nota muito infeliz criticando a legítima negociação realizada entre o sindicato que representa os trabalhadores do comércio e o sindicato patronal, que resultou na Convenção Coletiva sobre as datas e horários do comércio no município. Em suas críticas, o presidente da CDL é que desrespeitou as duas entidades, que têm força de Lei para realizar uma negociação onde interesses legítimos estão representados.
Ao que parece, o senhor Rodrigo Savaris tem uma visão atrasada, de coronel, sobre as relações de trabalho. Quando afirma que “estamos à mercê dos sindicatos e trabalhando cada vez menos”, pensa ele que pode impor qualquer horário aos trabalhadores e que eles precisam obrigatoriamente obedecer aos seus desejos. Não entende que vivemos em uma democracia, onde os trabalhadores do comércio, através do seu Sindicato, têm o direito de reivindicar e negociar melhores condições de trabalho. Se não fosse assim, ainda estaríamos trabalhando sob o regime da escravidão, que, apesar de ter sido abolida em 1.888, continua nos sonhos de alguns empresários brasileiros.
Ao criticar o fato de dois sábados no ano deixarem de ter horário comercial, ele estendeu seu desrespeito a todos os comerciários e comerciárias e aos seus familiares que, no pondo de vista do presidente da CDL, não têm direito à convivência nos finais de semana. Também ignora ele que a negociação antecipada, com divulgação já no início do ano, possibilita que toda a sociedade Xaxinense possa se organizar e fazer suas compras no horário disponível para o comércio, sem prejuízo para o movimento.
A visão de que fechar dois sábados durante um ano inteiro tira dinheiro da economia é extremamente mesquinha e ingênua. Em primeiro lugar, porque a renda e o consumo das famílias em nada se alteram se o comércio abrir ou não. Se o cidadão não comprar no sábado, irá comprar durante a semana ou no próximo sábado, é uma questão básica. Em segundo lugar, não entende que o descanso aos trabalhadores é fundamental para que os mesmos fiquem menos cansados e mais motivados, melhorando a capacidade de venda do próprio comércio.
De qualquer maneira, apesar dos equívocos e do desrespeito, é muito gratificante para o Sindicato dos Empregados no Comércio de Xaxim e Região (SEC Xaxim) ver a preocupação do presidente da CDL com o comércio da cidade. Nos parece que os trabalhadores de Xaxim ganharam um aliado para conquistar maiores ganhos de salário na próxima negociação coletiva, crescendo assim a capacidade de consumo dos trabalhadores e desenvolvendo o comércio do município.

Matéria da imprensa local de Xaxim, no dia 23 de fevereiro, com declarações do presidente da CDL:

CDL de Xaxim reclama da decisão de sindicatos sobre os horários especiais e de fim de ano

Xaxim – As deliberações tomadas na Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018 e que rege as atividades do comércio, não agradaram a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). A entidade reclama que as decisões do Sicom (Sindicato do Comércio da Região de Chapecó) e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Xaxim e Região, foram desrespeitosas com o município de Xaxim.

A convenção coletiva de trabalho foi assinada pelos sindicatos nos últimos dias e tem a vigência de primeiro de fevereiro de 2017 até 28 de fevereiro de 2018. Indignado, o Presidente da CDL de Xaxim, Rodrigo Savaris, diz que “não se pode admitir que o horário de trabalho do nosso comércio, seja negócio entre o Sicom e Sindicato dos Trabalhadores. Tiraram dois sábados de trabalho durante o ano, um em março e outro em setembro. Direito que tínhamos adquirido e que foram tirados de nós. Foi uma atitude desrespeitosa com a nossa cidade e mais uma vez comprovamos que os sindicatos não se importam com nosso comércio, muito menos com os consumidores e a nossa população,” reitera.
Rodrigo avalia que Xaxim perde: “Várias segmentos aqui da cidade já atuam em horário diferenciado, como farmácias, mercados, agropecuárias, ferragens, postos de combustível, panificação, entre outros. Com as determinações dessa convenção, os consumidores estão perdendo, a prefeitura perde em arrecadação e ao fim todos perdem. Nosso comércio emprega e movimenta a economia, no entanto estamos vivendo cada vez mais desafios e novas despesas surgem diariamente, como por exemplo, os gastos com acessibilidade, que agora as empresas de Xaxim precisam fazer,” explica.
A CDL de Xaxim tem mais de 500 associados, porém o Presidente justifica que toda a economia perde: “Como vender mais? Fazer mudanças de acessibilidade? Empregar mais? Estamos à mercê dos sindicatos e trabalhando cada vez menos. É menos dinheiro que deixará de girar no município,” reclama Rodrigo Savaris.

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