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Por Nadir Cardozo Dos Santos, diretor da FECESC.

A mobilização do dia 13.04.2015, chamada pelo Movimento Sindical, CUT, MST, UNE etc. etc. reivindica: manutenção dos direitos trabalhistas, da Democracia e do Estado de Direito, combate à corrupção e contra o golpe.

A mobilização do dia 15, chamada por ninguém???, unificada em todo o Brasil, todos usando as mesmas camisetas???? todos falando a mesma língua????, com uma diferença: apoiada por grande parte dos empresários brasileiros, muitos inclusive, liberaram seus trabalhadores, com a obrigação de que eles fossem à manifestação.

Propostas da mobilização do dia 15:

-uma parte pedia redução da carga tributária, com redução dos direitos trabalhistas, etc.;
-outra era contra os programas sociais do governo federal;
-outra parte pedia o combate à corrupção;
-outra, o impedimento da presidente Dilma e a intervenção Militar;
-mas praticamente todos pediam a deposição de Dilma.

Qual o objetivo do “revoltados”, “vem pra rua”, sem direção e sem liderança, segundo os próprios??? Ora, são várias as explicações:

1. BRICS – o governo da presidenta Dilma ajudou na criação de um Banco, com os demais países do BRICS (este banco concorre com o FMI);
2. Pré-sal – o governo da presidenta Dilma, conforme lei já aprovada, defendeu e defende que o pré-sal (uma das maiores reservas de petróleo do mundo), seja explorado através do sistema de partilha e que a parte que pertence ao Estado brasileiro seja investido em educação;
3.Corrupção – a presidenta Dilma disse com todas as letras que as investigações contra a corrupção irão até o fim, doa a quem doer.

Estas três decisões, entre outras, batem de frente com a oposição que, embora tenha inventado que a mobilização do dia 15 foi espontânea, na verdade esta foi convocada pela direita e grande parte dos empresários, que a exemplo de outros tempos tentaram ficar escondidos na fumaça.

Respostas:

1.  BRICS –a criação, com apoio do governo Dilma, de um banco independente do FMI, descontenta grandes grupos econômicos e governos do primeiro mundo, que através do FMI, ganham muito dinheiro com a concentração de riquezas e domínio dos países emergentes, com chantagens etc.
2.  Pré-sal –com a descoberta do pré-sal e a decisão de manutenção dos recursos, em forma de partilha, para o Estado brasileiro – considerando que é uma das maiores reservas do planeta – fez com que muitos países e grupos econômicos do primeiro mundo quisessem se tornar donos destas riquezas. Eles desejam “comprar” essas reservas e junto, com elas, a Petrobras. O governo Dilma é contra a venda da Petrobras e das reservas do pré-sal, isso é patrimônio do povo brasileiro e não pode ser vendido.
3.  Corrupção – a presidenta Dilma disse, de forma muito clara, que as investigações vão até o fim, doa a quem doer. Ocorre que a oposição queria uma investigação que pudesse levá-los a ganhar a eleição. Não ganharam, seu candidato Aécio Neves perdeu. Com as investigações em andamento, a presidenta disse que a apuração vai até o fundo. Mesmo que a oposição tenha votado para que só seja investigado o tempo em que o PT está no governo, inevitavelmente a apuração atinge de alguma forma outros períodos também. A oposição, vendo que as investigações estão batendo à sua porta, começou a ir ao desespero. Na visão deles, “ou pára a investigação, ou temos que destruir e se possível depor a presidenta Dilma”.

Só para ilustrar, a manifestação do presidente da Câmara dos Deputados, embora se referindo ao seu processo, pede o fim do inquérito na lava jato (Folha de São Paulo, 16.03.15). Ou seja, a investigação onde a oposição pretendia colocar na conta do PT todos os desvios e crimes, acabou pegando em cheio eles próprios. Uso o termo “oposição” pois, embora o PMDB faça parte da base do governo federal, vários deputados do partido são oposição declarada.

Só para lembrar: na história do Brasil, em seus 500 anos de República, só respondiam por crime e eram presos os “ladrões de galinha”; mas agora, nos governos do PT, pela primeira vez na história, os peixes grandes (grandes empresários corruptores) estão atrás das grades.

A oposição não está preocupada em combater a corrupção, e sim, está desesperada tentando combater as investigações. Como dito antes, a apuração está batendo em suas portas. A estratégia da oposição passou a ser, então, a de parar as investigações ou parar a Dilma. E, assim, estão de corpo e alma nas ruas tentando depor a presidente.

Publicado em 20/03/2015 -

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