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CUT-SC convida: Debate conjuntural com o sociólogo Emir Sader
10/03/2017
O sociólogo e cientista político estará em Santa catarina na próxima segunda, dia 13 de março, para fazer uma análise de conjuntura e um debate sobre os desafios que a classe trabalhadora está vivendo pós golpe de estado. A CUT-SC convida a todos e todas para participar desse debate que é aberto ao público, no auditório da Federação dos Empregados no Comércio do estado de Santa Catarina – FECESC, na Avenida Mauro Ramos, 1624 no Centro de Florianópolis. O debate tem previsão de início às 10 horas e poderá ser acompanhado ao vivo pelo facebook da CUT-SC https://www.facebook.com/sccut/ Fonte: Sílvia Medeiros /...
Uma em cada duas trabalhadoras não possui garantia de direitos
10/03/2017
Elas trabalham em casa ou em microempresas familiares, no campo, em pequenas lojas na rua ou como empregadas domésticas. Têm contratos sem as garantias mínimas, salários injustos e podem não ter direito a licenças, seguro desemprego, pensão. São 586 milhões num conjunto de pouco mais de 1,24 bilhão, de acordo com estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT). As regiões em que se concentra o maior número de mulheres com trabalho considerado informal são a África subsaariana, a América Latina, o Caribe e o sul da Ásia. As razões residem nas políticas discriminatórias de acesso ao trabalho assalariado e nos contextos culturais que justificam essa disparidade, diz Sally Roever, da Organização Internacional das Mulheres na Economia Informal (WIEGO, na sigla em inglês): “Para muitas mulheres esse tipo de trabalho representa o único emprego possível”. A maioria das mulheres que trabalha na economia informal desenvolve trabalhos de manufatura em sua própria casa, trabalha como empregada doméstica ou no pequeno comércio da rua, de acordo com Roever, que dirige o departamento de políticas urbanas da WIEGO. Nos últimos 20 anos, a porcentagem de pessoas que trabalham em setores informais, como o trabalho familiar auxiliar, às vezes sem qualquer salário, principalmente em ambientes rurais, vem diminuindo para homens e mulheres, como mostra o último estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o emprego feminino. No entanto, continua afetando de forma “desproporcional as mulheres”. Raymond Torres, diretor do departamento de estatística da Fundación Caja de Ahorros (Funcas) e ex-diretor do Instituto Internacional de Estudos do Trabalho, subordinado à OIT, estabelece uma relação direta entre a informalidade e o desenvolvimento das economias. “É difícil saber até que ponto o trabalho informal é produto do subdesenvolvimento econômico e até que ponto é uma de suas causas”, explica. No mundo em desenvolvimento há uma região que ultrapassa os 80% de emprego informal, o sul da Ásia, e outras onde passa da metade (África subsaariana ou América Latina). E em várias dessas regiões, essa falta de proteção afeta mais as mulheres do que os homens. Há áreas em que isso não ocorre (leste da Europa ou Ásia Central), embora como aponta um documento estatístico da WIEGO, isso se deva a que “as mulheres têm muito menos acesso a qualquer tipo de emprego”. Uma afirmação que Roever, em conversa por telefone de Washington, justifica com o legado de economias fortemente centralizadas que deixaram menos oportunidades de auto-emprego para as mulheres cuja condição de informalidade se encontra diante de muitas dificuldades para sair da sombra: “Nas Constituições se reconhece o direito ao trabalho, mas depois muita gente não tem as ferramentas para lutar por seus direitos”. Em uma casa, da porta para dentro, torna-se muito difícil zelar pelo...
Santa Catarina em tom de lilás na luta contra a Reforma da Previdência
09/03/2017
O 8 de março em Santa Catarina foi um dia de emoção, de troca de energia, de força e de luta. Junto com movimentos sociais, as entidades CUTistas protagonizaram grandes atos por todos os cantos do estado e levaram a reflexão para a sociedade, dos impactos da Reforma da Previdência na vida das mulheres e homens e refletiram sobre a violência física, moral e psicológica que insiste em se fazer presente em nossa sociedade. “Organizamos atividades em Chapecó, Blumenau, Tubarão, Criciúma, Rio do Sul, Fraiburgo, Florianópolis, Lages, Caçador, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul e Joinville. Juntas com mulheres de vários movimentos, demos mais uma demonstração da unidade das mulheres e que temos folego para barrar as reformas que vem do governo Temer na tentativa de retirada de direitos”, explicou Sueli Sílvia Adriano, Secretaria de Mulheres da CUT-SC. Para ela as atividades do dia 8 de março, são apenas um “start” de todas as mobilizações  que virão para barrar o retrocesso. Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC, ressaltou a participação das entidades CUTistas nas atividades das mulheres. “Não deixamos nenhum espaço em branco, mostramos que as mulheres também estão organizadas e que sabemos dialogar umas com as outras e construir grandes atividades”. Anna destaca a participação dos homens que entenderam a necessidade desse dia de mobilização, marcharam juntos com as mulheres e respeitaram o protagonismo feminino, “quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”!   Região Oeste se levanta em defesa da aposentadoria das mulheres – Chapecó e São Miguel do Oeste fizeram grandes atividades em protesto contra a Reforma da Previdência. A região que tem sua economia voltada para a produção rural, terá reflexos econômicos e sociais negativos caso essa reforma da previdência seja aprovada. Além disso, as mulheres alertam sobre a sucessão das propriedades e dos cultivos rurais, que serão impactados com a nova regra da Reforma da Previdência, que prevê o pagamento do INSS, por parte das agricultoras e agricultores< de forma individual e mensal. Região Sul vai às ruas dialogar com a população – Tubarão e Criciúma reservaram o dia 8 de março para ir as praças e em frente as agências da Previdência Social, conversar com as trabalhadoras sobre a Reforma da Previdência. Com o Jornal da CUT-SC em mãos, mulheres e homens dirigentes sindicais mostraram os impactos da Reforma da Previdência que prejudica todos e todas, desde o servidor público, até o trabalhador da iniciativa privada, seja através do aumento da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, ou através da contribuição mínima de 49 anos. Região do Meio Oeste faz história e faz grandes atos de mulheres e homens contra a Reforma da Previdência – Lages, Caçador e Fraiburgo se...
13º Congresso Estadual da FECESC reunirá trabalhadores do comércio e serviços catarinenses em abril
09/03/2017
Numa conjuntura adversa, trabalhadores do comércio e serviços de todas as regiões do estado realizarão, de 26 a 28 de abril, o Congresso com objetivo de avaliar a conjuntura e organizar a categoria para as lutas mais do que necessárias “O 13º Congresso da FECESC se realiza em um momento de forte transformação na conjuntura política, econômica e sindical do Brasil e do mundo. Passamos pela maior crise da história recente do sistema capitalista, vivemos um golpe de Estado no Brasil e nos defrontamos com um governo federal ilegítimo e com um congresso corroído pela corrupção e pelo domínio do poderio capitalista/empresarial. Nesta conjuntura, os trabalhadores se defrontaram nos últimos dois anos com uma sequência ininterrupta de medidas que retiram direitos e enfraquecem as suas organizações de classe.” A citação é da tese guia apresentada pela FECESC para debate dos sindicatos de trabalhadores no comércio e serviços filiados, no evento que se realizará de 26 a 28 de abril, no SESC Cacupé, em Florianópolis. Os sindicatos estão realizando, desde o início de março, as Plenárias Municipais que reunirão os trabalhadores de sua base para debater a tese, apresentar alterações e sugestões de emendas ou supressões, para que os delegados ao Congresso aprovem a tese final. São as Plenárias Municipais que elegerão os delegados de cada entidade. A Comissão Organizadora do evento ainda está fechando a programação do Congresso, mas já está prevista a participação do dirigente cutista João Felício, que preside a Confederação Sindical Internacional (CSI), e do juíz Hugo Cavalcanti Melo Filho, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho. No final de março deverá ser divulgada a programação final. “Se a organização e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras sempre se fez necessária, neste momento que atravessamos em nosso país ela é prioritária e urgente e nosso Congresso quer organizar a categoria do setor de comércio e serviços para uma luta que se estenderá, com certeza, neste e nos próximos anos. É imprescindível nos unirmos para defender nossos direitos frontalmente atacados e, mais do que isso, para buscarmos outras conquistas capazes de melhorar a vida da classe trabalhadora, verdadeira produtora da riqueza desse país. É por isso que o slogan do 13º Congresso Estadual da FECESC é: ‘Coragem para resistir ousadia para avançar’”, afirmou a diretora da FECESC Rosemeri Miranda Prado, integrante da Comissão Organizadora do Congresso. A Comissão é formada por: Ana Maria Roeder, Francisco Alano, Ivo Castanheira, Lael Martins Nobre, Nadir Cardozo dos Santos, Neudi Antônio Giachini, Paulo Roberto Ladwig, Rogério Manoel Corrêa e Rosemeri Miranda...
Do que estamos falando quando falamos sobre mulher e trabalho?
08/03/2017
Por Lenina Formaggi A relação entre mulher e trabalho não é recente – no Brasil, sua presença é significativa em muitos setores da indústria desde o início do século XX, seja diretamente, no chão de fábrica, ou indiretamente, realizando tarefas domésticas que permitiam a diminuição dos custos de sobrevivência de suas famílias. O que pode ser considerado relativamente novo é a ‘feminização’ do mercado de trabalho, ou seja, o crescimento contínuo das taxas de participação femininas desde a década de 1970. Mais adiante, em 2015, as mulheres passam a representar 44% da população economicamente ativa no Brasil. Porém, apesar da paridade quantitativa, podemos dizer que existe igualdade qualitativa? A inserção econômica massiva das mulheres garantiu mais autonomia e igualdade em outras esferas? Em primeiro lugar, precisamos saber que a forma pela qual a mulher se insere no mercado de trabalho é pautada por uma ordem de gênero e por uma divisão sexual cuja intenção é criar uma “separação de papeis” aparentemente determinada pela condição biológica – conferir à mulher a função primordial de cuidar da esfera doméstica, ou privada, e ao mesmo tempo atribuir a essa esfera um valor social inferior ao da “pública”. Ao produzirmos e reproduzirmos estas noções desde as etapas iniciais de socialização, fazemos com que elas condicionem fortemente as formas desiguais de inserção de homens e mulheres na sociedade, de maneira ampla, e no mundo do trabalho mais especificamente. Basta observar, por exemplo, a valorização de determinadas atividades em detrimento de outras. De forma geral, atividades exercidas por homens (especialmente por homens brancos) recebem maior reconhecimento da sociedade – implicando, ao fim e ao cabo, maior poder e maiores rendimentos. Já as ocupações feminizadas que guardam semelhanças com tarefas de cuidado familiar e doméstico (professora, enfermeira, assistente social) geralmente são desvalorizadas – e mal remuneradas. As funções desempenhadas na esfera privada sequer têm seu valor econômico reconhecido. Nessa divisão, geram-se resultados que impactam desde a jornada de trabalho (ao redor do mundo as mulheres têm um dia de trabalho mais longo) até a forma de inserção da mulher no mercado: ao repetirmos indefinidamente que determinadas características (paciência, docilidade, habilidade manual, cuidado) seriam ‘aptidões naturais’ e exclusivas das mulheres criamos uma situação de estreitamento das oportunidades de inserção feminina. Ainda que possamos considerar que fatores como a divisão sexual do trabalho na família e a sexualização de percursos educativos sejam fundamentais na produção de discriminação e desigualdade no mundo profissional, vale lembrar a ressalva feita pela pesquisadora Margaret Maruani: o mercado de trabalho não tem um papel passivo. Ele não é simplesmente o lugar em que as desigualdades vindas ‘de fora’ são reproduzidas: ele próprio é um produtor de diferenças, de desigualdades, de segregação e de...

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