Movimentos populares preparam mutirão nacional de mobilização do Plebiscito Popular sobre escala 6×1
05/06/2025
Agitação nas redes, nas ruas e em comunidades de todo o país dará início à jornada para o plebiscito popular sobre escala 6×1 Entidades que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, como a CUT, demais centrais sindicais, partidos políticos, movimentos negros, estudantes, de moradia e outros, organizam um mutirão nacional de mobilização do Plebiscito Popular, entre os dias 6 e 8 de junho. Lançado em abril deste ano, a consulta popular irá ouvir a opinião de trabalhadores e trabalhadoras sobre a redução de jornada de trabalho sem redução de salário, o fim da escala 6×1 e a isenção de pagamento de imposto de renda (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, além do aumento da taxação para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais, como forma de justiça tributária. A agitação do plebiscito contará com panfletagens, rodas de conversa, encontros culturais e ações de redes por todo o país. Para isso, os organizadores do plebiscito ressaltam a importância de compartilhar essas ações nas redes sociais e divulgar os materiais de mobilização como vídeos, cards, entre outros, que estão neste link. Para as ações, as entidades que organizam o Plebiscito Popular estão convocando todas as organizações, movimentos sociais, partidos, sindicatos e sociedade civil para, juntas, construir a defesa da consulta popular marcando o @plebiscitopopular e usando a hashtag #plebiscitopopular2025 nas redes sociais. Jornada de luta A partir de agora, o Plebiscito Popular terá como meta a elaboração de comitês municipais, regionais, por local de trabalho, moradia, estudo e em todos os lugares, com o objetivo de construir uma grande votação que ocorrerá ainda em 2025. Os organizadores anunciaram que haverá um curso de formação visando capacitar pessoas para conduzir o processo de construção do plebiscito no interior das organizações que já pertencem e, principalmente, para fazer o trabalho de base e educação popular. No ato de lançamento, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), no centro da capital paulista, em 10 de abril deste ano, a coordenação do plebiscito destacou a unidade de todas as organizações dos movimentos populares e sociais do país em torno de bandeiras concretas que dialogam com a classe trabalhadora. Barrar a extrema direita Uma das estratégias de mobilização da consulta popular é barrar discurso de ódio da extrema direita que cresceu e cresce em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Para isso, o plebiscito vai se estruturar em três fases: a construção organizativa em cada bairro, escola, universidade e local de trabalho; a coleta de votos da população sobre os três temas centrais; e a entrega dos resultados em Brasília às lideranças dos Três Poderes. O que é o Plebiscito Popular Plebiscito é um instrumento...26/05/2025
Norma teve seu texto atualizado com a inclusão de riscos psicossociais como responsabilidade de empregadores. No entanto, o prazo para as empresas se adequarem vai até 2026, o que preocupa o movimento sindical Nesta segunda-feira (26) entra em vigor a nova versão da Norma Regulamentadora (NR-1), que trata do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) aos trabalhadores e trabalhadoras nas empresas. A norma traz em seu texto a inclusão de diretrizes sobre riscos psicossociais como fatores que demandam gestão e prevenção por parte das empresas. A atualização, que foi instituída pela Portaria 1.419 de 27 de agosto do ano passado, é fruto da intensa luta que a CUT vem travando durante anos para que haja uma legislação que reconheça oficialmente o sofrimento psíquico relacionado às condições laborais como um problema de saúde ocupacional. Ainda que a regulamentação tenha sido feita como um anexo da NR1 e não como uma norma específica, a atualização é considerada uma vitória para os trabalhadores. Segundo Loricardo de Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) e membro da bancada dos trabalhadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), que acompanhou o processo de elaboração da atualização da norma desde o início, o resultado representa um passo importante. “É uma conquista histórica, principalmente da CUT. Nossa proposta inicial era criar uma nova norma partindo da NR17. Fomos vencidos nesse ponto, mas conseguimos garantir um manual que agora entra em vigor como anexo da NR1”, explica. Foi a CUT, junto com outras centrais da bancada dos trabalhadores, que forçou esse debate. Não foi dado. Foi conquista. Agora precisamos garantir que não seja esvaziado com adiamentos ou interpretações empresariais – Loricardo de Oliveira Atuação sindical foi decisiva para inclusão da saúde mental na nova NR-01 Para Josivânia Ribeiro Souza, secretaria nacional de Saúde do Trabalhador da CUT, a entrada em vigor da nova NR-01 representa um avanço importante na promoção e proteção da saúde e segurança no trabalho, em especial no que se refere à saúde mental. “Neste primeiro ano, a norma terá caráter educacional, oferecendo uma oportunidade fundamental para que as empresas se organizem e criem as condições necessárias para enfrentar os desafios relacionados aos riscos psicossociais”, ela avalia. Lutamos intensamente para garantir que os riscos psicossociais fossem reconhecidos nas normas de saúde e segurança do trabalho. Após um longo e desafiador processo de negociação no âmbito do diálogo tripartite, conquistamos a inclusão do tema, o que representa uma vitória coletiva e histórica – Josivânia Ribeiro de Souza A dirigente afirma ainda que, para a efetiva implementação da NR 01, os desafios serão ‘inúmeros’, e o compromisso agora é com a preparação da base. “Precisamos realizar um amplo processo de formação política e técnica,...21/05/2025
Setor tem 357 mil vagas abertas e quer atrair jovens para trabalhar por hora. Para o presidente da Contracs, se setor diminuísse a jornada e aumentasse os salários a falta de interessados seria resolvida A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), propôs ofertar vagas de emprego para jovens com pagamentos por hora, o chamado trabalho intermitente, que não tem salário fixo e, cujo valor varia pelo número de horas trabalhadas. Nesse regime o empregado é convocado pelo empregador para prestar serviços de forma esporádica, sendo remunerado por horas ou dias trabalhados. O contrato prevê períodos alternados de atividade e inatividade, durante os quais o trabalhador pode buscar outros empregadores. Segundo a Agência Brasil, num evento do setor realizado na semana passada, em São Paulo, o presidente da Abras, João Galassi, disse que o pagamento da jornada por hora traz mais liberdade de escolha ao trabalhador. “O que é melhor? Seis por um, quatro por três, cinco por dois? Nenhuma dessas alternativas. O que é melhor para os nossos colaboradores é a liberdade de poder escolher sua jornada de trabalho. Isso só será possível se tiver a liberdade de ser contratado por hora”, opinou. Em todo o Brasil, segundo o presidente da Abras, há cerca de 357 mil vagas em aberto, mas há muita dificuldade em atrair interessados. No entanto, esses empresários não fazem nenhuma autocrítica sobre os salários que pagam. A grande maioria paga pouco mais de um salário mínimo por mês, numa escala 6×1, inclusive com trabalho aos domingos e feriados. Pagar melhor e reduzir a jornada eles não querem. Um dado que demonstra o quanto o trabalho intermitente é precário foi o levantamento, no ano passado, feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): 76% dos vínculos intermitentes de trabalho em 2023 tiveram remuneração mensal inferior ao salário mínimo ou não tiveram remuneração. Apenas um quarto (24%) dos vínculos intermitentes ativos em dezembro de 2023 registrou remuneração média de pelo menos um salário mínimo. Somente 6% receberam, em média, dois salários mínimos ou mais. De acordo com os dados, a remuneração mensal média dos intermitentes foi de R$ 762, ou 58% do salário mínimo (R$ 1.320 em 2023). Entre mulheres e jovens, a remuneração mensal média foi ainda mais baixa, de R$ 661. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs), Julimar Roberto de Oliveira Nonato, critica a proposta da Abras. Para ele, precarizar a relação de trabalho fará com que seja ainda mais difícil de se conseguir pessoas para trabalhar. “As pessoas não querem trabalhar nos finais de semana e feriados, estão cansadas de serem exploradas. Os jovens, principalmente, preferem empregos em outras áreas como, por exemplo, na indústria e, às vezes, até com...19/05/2025
Além de fazer um “estrago” no orçamento do trabalhador e da trabalhadora, os jogos online causam estresse, ansiedade, queda de produtividade e depressão. Especialistas avisam: é preciso controle rigoroso Desde a regulamentação das apostas online no Brasil, o setor passou a movimentar cifras bilionárias. Para se ter uma ideia, os apostadores brasileiros gastaram até R$ 30 bilhões por mês em bets entre janeiro e março de 2025, segundo o secretário-executivo do Banco Central, Rogério Lucca. Esses números estrondosos acenderam um alerta quanto aos efeitos sociais da atividade, especialmente entre trabalhadores das classes menos favorecidas. Dados do Datafolha de 2024 apontam que mais de 32 milhões de brasileiros já apostaram em plataformas digitais, evidenciando a rápida penetração desse mercado em todas as regiões e faixas sociais do país. No entanto, o levantamento também revela que os impactos negativos se concentram entre jovens, homens e trabalhadores das classes C, D e E, que representam 62% do público mais afetado. Embora o valor médio mensal investido em apostas seja de R$ 263, a dimensão financeira do fenômeno é expressiva. Mais do que números, o problema tem rosto e consequência direta no cotidiano. Trabalhadoras e trabalhadores apostadores recorrem a empréstimos para cobrir despesas básicas e fazem pedidos frequentes de adiantamento salarial para quitar dívidas com jogos. Esse endividamento constante afeta o desempenho profissional, provocando estresse, ansiedade, queda de produtividade e até depressão. Apostas e saúde: um problema que vai além da economia O impacto das apostas não se limita às finanças. Pesquisas realizadas em diferentes países revelam uma porcentagem superior a 15% de tentativas de suicídio entre pessoas viciadas em jogos. Um estudo norueguês publicado pela revista Lancet, em março de 2025, mostrou que o suicídio foi a principal causa de morte entre pessoas com transtornos ligados ao jogo. O alerta é global. Outro levantamento internacional, também publicado pela Lancet, analisou dados de 68 países entre 2010 e 2024. A pesquisa apontou que 46% dos adultos e 18% dos adolescentes realizaram algum tipo de aposta nesse período. O estudo reforça que, embora os jogos de azar estejam legalizados em aproximadamente 80% dos países, mesmo nas regiões onde são proibidos, a presença das apostas digitais é forte. Isso torna o combate e o controle do vício em jogos um desafio de escala internacional. No Brasil, o vício em apostas ganha contornos alarmantes O avanço das apostas esportivas online no Brasil tem sido fortemente impulsionado por campanhas publicitárias com celebridades e criadores de conteúdo, influenciadores, nas redes sociais. Com milhões de seguidores e contratos milionários, essas figuras públicas exercem papel central na popularização das chamadas bets, contribuindo para o para o crescimento de um cenário preocupante de vício em jogos digitais. A mobilização do setor de entretenimento, especialmente nas redes...15/05/2025
Material produzido pela CUT e pelo escritório LBS Advogadas e Advogados está disponível para download. Conteúdo traz informações importantes para mães trabalhadoras tenham direitos fundamentais garantidos Produzida em uma parceria da CUT com o escritório LBS Advogadas e Advogados, que presta assessoria jurídica à Central, a Cartilha Direitos das Mães Trabalhadoras já está disponível e traz um vasto material sobre o tema. O objetivo é promover orientação sobre quais são os direitos dessas mulheres e como efetivá-los no dia a dia de maneira simples e prática, garantindo sua inclusão na vida civil para que tenham mais segurança em exercer seus direitos. “É fundamental que as mães trabalhadoras estejam cientes de seus direitos para garantir uma maternidade digna e a manutenção de seus empregos. Esta cartilha surge como um instrumento para disseminar essa informação, auxiliando as mulheres a reivindicarem seus direitos. A proteção legal à maternidade não é apenas um benefício individual, mas um pilar para uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma a advogada Luciana Barretto, sócia do LBS Advogadas e Advogados. A publicação “Para as mães que integram o mercado de trabalho, a maternidade é, muitas vezes, um desafio”. A abertura a publicação usa esse conceito para explicar que legislação brasileira garante uma série de proteções essenciais para conciliar a vida profissional com os cuidados com os filhos. “Desde a licença-maternidade, um período crucial para a recuperação pós-parto e o estabelecimento do vínculo mãe-bebê, até a estabilidade no emprego, que protege contra demissões arbitrárias durante a gravidez e após o parto, os direitos são pilares para uma maternidade segura e um desenvolvimento saudável da criança”, diz a cartilha. A cartilha é mais uma das publicações produzidas pelo escritório LBS em conjunto com a CUT para levar a sindicalistas e trabalhadoras, informações essenciais para se conhecer e garantir os direitos. Trata-se de um guia para ajudar as trabalhadoras a exercer plenamente os direitos e auxiliar na construção de uma trajetória profissionais mais justa. Destaques Em seu conteúdo a cartilha traz, entre outros pontos, os direitos que toda mãe trabalhadora deveria saber que tem, como licença-maternidade, ausências para exames, direito à amamentação, mudança de função e acompanhamento do filho em exames e internações. Trata também de temas fundamentais como a violência doméstica. A cartilha explica quais são os direitos especiais nesses casos. O material ainda tem informações sobre legislações e políticas públicas vigentes voltadas a essas trabalhadoras, condutas de empresas em relação às mulheres que merecem atenção como pressão para a trabalhadora não engravidar, questionamentos em processos seletivos, entre outros e, ainda, como essas trabalhadoras podem se proteger A cartilha está disponível em formato digital e pode ser acessada, clicando aqui Fonte: CUT Brasil, 10 de maio de...09/05/2025
Elas acordam cedo, enfrentam jornada dupla, às vezes tripla. No trabalho formal, nos cuidados da casa, dos filhos e no amparo de quem mais precisa. São as mães trabalhadoras que carregam, muitas vezes sozinhas, o peso de manter tudo funcionando. Mesmo recebendo menos, enfrentando jornadas exaustivas e pouca valorização, elas seguem firmes. Porque amor de mãe move o mundo — mas isso não deveria significar sobrecarga, exaustão e invisibilidade. Hoje, a nossa homenagem vai para essas mulheres que cuidam de todos, mas que também merecem ser cuidadas, respeitadas e reconhecidas. Que a luta por condições dignas de trabalho, igualdade salarial e jornadas justas também seja em nome delas. Viva as mães...30/04/2025
Neste 1° de Maio, o que nos mobiliza é clamar pelo fim deste modelo de escravidão moderna, a escala 6×1 e todos os malefícios causados aos trabalhadores brasileiros. A escala 6×1 é a velha escravidão com roupa nova. E enquanto houver exploração, haverá trabalhador na rua e sindicato na linha de frente! Junte-se a nós e fortaleça a...28/04/2025
Com o tema central “SALÁRIO JUSTO E REDUÇÃO DE JORNADA”, o 15º Congresso Estadual da FECESC já se tornou um espaço de união e de debate em torno de pautas cruciais para a classe trabalhadora do comércio catarinense. O Congresso, que aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, em Lages, reuniu trabalhadores comerciários de todo o estado, além dos delegados eleitos em plenárias municipais e palestrantes convidados. A ideia foi eleger a nova direção da federação e definir as estratégias para estes próximos quatro anos de mandato. A presidenta da CUT Santa Catarina, Anna Julia, participou da abertura do evento convocando a todos para unir forças e resistir aos desmandos do governador catarinense. “Temos uma esquerda que está dividida e abrindo espaço para as investidas e o crescimento da direita. Nossa pauta principal deve ser, sempre, a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial”, observou. O superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Paulo Eccel, observou que trabalhar como CLT, algo que era motivo de orgulho, agora virou alvo de chacota entre os jovens. “Esta geração tem vergonha de trabalhar de carteira assinada. Está reproduzindo discursos de pais e professores menosprezando o status de um trabalhador da CLT. Vamos recuperar a dignidade do trabalhador brasileiro!” O presidente reeleito da FECESC, Francisco Alano, reforçou que este não foi um congresso feito para se fazer conta, e sim para se fazer revolução. “Queremos encampar uma campanha massiva em todo o estado por um salário justo e redução de jornada. O patrão vai ter que rebolar pra justificar pagar R$ 1800 e exigir uma vida inteira de dedicação do trabalhador. Vida longa aos nossos sonhos e utopias. Vamos reagir com rebeldia!”, provoca Alano. Confira alguns dos momentos do...10/04/2025
Por Francisco Alano, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina – FECESC Publicado em 10 de abril de 2025 no site A terra é redonda, um espaço para a intervenção pública de intelectuais, acadêmicos e ativistas de movimentos sociais. Confira aqui! Ou leia aqui, na íntegra: Os trabalhadores estão chegando no seu limite de tolerância. Por isso não surpreende a grande repercussão e engajamento, principalmente dos trabalhadores jovens, ao projeto e campanha pelo fim da escala de trabalho de 6 x 1 1. O novo mundo do trabalho tem beneficiado apenas àqueles que detém o domínio dos meios de produção e a capacidade de investimento, fruto do acúmulo e concentração de riquezas e da exploração do trabalho. A precarização das relações de trabalho tem se aprofundado cada vez mais nos últimos anos, principalmente após a reforma trabalhista e sindical do governo de Michel Temer, no seu projeto Uma ponte para o futuro, e aprofundada ainda mais no governo de Jair Bolsonaro. Segundo algumas estatísticas, mais de 40 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou exercendo atividades precarizadas, como trabalho nas plataformas digitais, pejotização, trabalho intermitente, cooperativas de trabalho de fachada, terceirização, dentre outras modalidades de relação de trabalho. Nas atividades que representamos, (comércio e serviços) a exploração do trabalho aumentou muito, resultado da baixa remuneração, extensas jornadas de trabalho, trabalho nos domingos e feriados, assédio moral, tratamento desumano aos trabalhadores, como aconteceu recentemente em uma das filiais dos Supermercados Imperatriz, filial de Rio do Sul, condenada em um processo trabalhista movido por uma funcionária, por ser impedida, com frequência, de ida ao banheiro para as suas necessidades fisiológicas e até mesmo para a troca de absorvente. A jornada de trabalho da categoria comerciária, muitas vezes de doze, treze por um, além do desrespeito ao descanso de 1 por 1 (trabalha um domingo e descansa outro) para as mulheres, previsto no artigo 386 da Consolidação das Leis do Trabalho, utilização de banco de horas, exigindo quase sempre jornadas de trabalho extenuantes, sem pagamento de horas extras. Na constituinte de 1988, conseguimos reduzir a jornada de trabalho oficial de 48 para 44 horas semanais, jornada que perdura por mais de 37 anos. Por outro lado, em muitas atividades, até mesmo no comércio, os ganhos de produção e produtividade, resultado do trabalho, aumentaram muitas vezes mais, no entanto, o valor de compra dos salários continuam igual ou até menores daqueles praticados antes de 1988. A situação destes trabalhadores tem se agravado ainda mais, com a ampliação cada vez maior do funcionamento dos estabelecimentos comerciais, principalmente os supermercados, atacarejos e lojas de departamento. Iniciam as atividades às 6:00 horas e encerrando as 24:00 horas. Os trabalhadores destes estabelecimentos invariavelmente...09/04/2025
O projeto de lei que garante que garante o reajuste de cerca de 7,27% do Piso Salarial Estadual de Santa Catarina foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa do estado, na última quarta-feira (dia 26 de março). Ivo Castanheira, diretor da FECESC e coordenador sindical do DIEESE, lembra que o processo de negociação com os representantes patronais foi iniciado no mês de novembro de 2024. Desde então foram quatro rodadas de negociação. “Não foi uma negociação muito fácil, mas chegamos ao que eu considero um bom acordo, com um índice de reajuste próximo ao do salário-mínimo nacional”, pontua Castanheira. O acordo foi entregue inicialmente ao governador do Estado, que encaminhou à Assembleia, onde foi aprovado por unanimidade. Agora o acordo volta ao governador, que deverá sancionar o projeto de lei para que entre em vigor, retroativo a janeiro. Confira os novos valores do piso ATUALIZAÇÃO 09 de abril de 2025 Confira aqui a Lei Complementar nº 869, de 09 de abril de 2025, sobre o reajuste do Piso Salarial Estadual 2025, publicada no Diário Oficial: Você também pode acessar o PDF, aqui, para melhor...Siga-nos
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