17/05/2010
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários e aumenta o adicional de hora extra de 50% do valor normal para 75%, tramita no Congresso Nacional há 15 anos, onde encontra-se parada. Com a finalidade de ampliar a pressão sobre os deputados da Câmara Federal e seu presidente, Michel Temer, para que coloquem a PEC da redução na ordem de votação, a CUT realiza nesta terça-feira (18) o Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações. As manifestações ocorrerão de forma descentralizada, com trabalhadores/as de todas as regiões do Brasil atrasando a entrada de turnos, paralisando parcial ou integralmente as empresas, fazendo atos de rua, atividades nos locais de trabalho, nos centros urbanos, nas áreas rurais. “Vamos todos sair às ruas para mostrar aos parlamentares que estamos mobilizados pela redução da jornada e que não aceitaremos outra resolução que não seja a inclusão imediata do projeto na pauta de votação”, exclama Artur Henrique, presidente da CUT. Segundo avaliação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a redução da jornada de trabalho vai inserir mais de 2 milhões de pessoas no mercado, além de propiciar diversos avanços sociais para a classe trabalhadora. Estudo divulgado recentemente pelo própria entidade mostra que a redução da jornada significaria um aumento de apenas 1,99% dos custos de produção. Considerando que em média, o peso do gasto com a mão de obra é de 22%, os custos mal alcançariam os 24%. Apesar dos fatores positivos citados acima, patrões e setores conservadores da sociedade insistem em rebater a redução com argumentos ultrapassados e incoerentes. São alentos do atraso que persistem na manutenção das desigualdades e na precarização das condições de trabalho, que criminalizam o movimento sindical e os movimentos sociais. Nos anos que se sucederam a última redução constitucional da jornada de trabalho semanal, ocorrida em 1988, a indústria e o comércio tiveram sucessivos ganhos econômicos que não foram repassados aos trabalhadores. “Passou da hora de revertermos este retrocesso social do trabalho no país. Por isso, é importante que a militância CUTista costrua neste 18 de maio um diálogo aberto com o conjunto dos trabalhadores e com a sociedade brasileira sobre os benefícios da redução da jornada de trabalho sem redução de salários”, conclama o presidente da CUT. Para que a proposta vire lei, precisa ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado. Ao contrário do que estava programado para esta quinta-feira (13), a reunião com os líderes de todos os partidos na Câmara dos Deputados não ocorreu. Fonte:...16/05/2010
O Vox Populi divulgou neste sábado (15) pesquisa de intenção de voto para as Eleições 2010. A pesquisa, encomendada pela Rede Bandeirantes, mostra pela primeira vez a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) à frente do ex-governador José Serra (PSDB). Na pesquisa estimulada, Dilma aparece com 38% das intenções de voto, contra 35% do tucano com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Em abril, na segunda rodada do levantamento, Serra tinha 34% das intenções de voto, contra 31% de Dilma. Em janeiro, na primeira rodada, a diferença do tucano era de 34% contra 27%. Os números referem-se ao cenário com o deputado Ciro Gomes (PSB), que ainda era um dos possíveis candidatos. No cenário sem Ciro Gomes, Serra aparecia com 38% contra 29% de Dilma, em janeiro, e com 38% contra 33% de Dilma, em abril. O terceiro lugar na pesquisa de maio coube à ex-ministra Marina Silva (PV), com 8% das intenções de voto. Em abril, ela havia registrado 7% e em janeiro, 8% – no cenário sem Ciro Gomes. Não quiseram ou não souberam responder 11%, enquanto votos nulos e brancos contabilizam 8%. Na pesquisa espontânea, em que o entrevistado diz o nome do candidato sem o auxílio da lista, Dilma também aparece na frente, com 19% das intenções de voto, seguida de Serra, com 15%. Em terceiro lugar, mesmo não sendo candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi lembrado por 10% dos entrevistados. Na última pesquisa Vox/Band, Lula era lembrado espontaneamente por...Seef e SEC Florianópolis promovem 2º bingo dançante dos trabalhadores
14/05/2010
Repetindo a parceria com o sindicato dos comerciários de Florianópolis, o Seef realizará a segunda edição do bingo dançante dos trabalhadores. O evento será no dia 15 de maio no Clube 12 de Agosto na Rua Hercílio Luz no centro de Florianópolis a partir das 19 horas. Para os associados do sindicato em dia com suas mensalidades a cartela será gratuita. Já para os trabalhadores não associados e seus dependentes, o valor é de R$15.00 (crianças que ocuparem lugar também pagarão). Elas podem ser retiradas no sindicato até o dia 10 de maio ou enquanto não esgotarem às 350 cartelas disponíveis. O bingo será animado com música ao vivo e serão sorteados valiosos brindes. As cartelas servirão como ingresso e serão vendidas somente com antecedência, não havendo venda no local e data do evento. Evento: 2º Bingo Dançante dos Trabalhadores Data: 15 de maio às 19 horas Local: Clube 12 de Agosto na Rua Hercílio Luz no centro de...Salário mínimo foi principal fator para aumento de renda dos mais pobres
14/05/2010
Os ganhos do salário mínimo observados desde 2004 foi o fator que mais impactou para o aumento da renda dos que ganham menos no Brasil. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrou que as maiores evoluções de renda ocorreram para os trabalhadores com menos qualificação e que, tradicionalmente, têm renda menor, como os trabalhadores do setor agrícola e os que trabalham em serviços domésticos. Para os agricultores, o ganho foi de 21,15%, entre 2002 e 2008, e para os trabalhadores domésticos, 15,36%, no mesmo período. A renda média do trabalho no Brasil aumentou 7,59%, de 2002 a 2008. O estudo usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise dos dados também demonstrou ganhos acima da média nacional para os grupos de trabalhadores considerados desfavorecidos no mercado de trabalho. Trabalhadores não brancos obtiveram alta de 17,92% em seus salários. Já os que têm até quatro anos de estudo tiveram ganhos de 12,39%. Os trabalhadores das áreas rurais aumentaram seus ganhos em 28,15% e os nordestinos passaram a ganhar 19,69% a mais. Ao contrário das classes com menos estudo, os trabalhadores mais qualificados acabaram apresentando uma fraca evolução em seus ganhos. De 2002 a 2008, pessoas com mais de 11 anos de estudo tiveram perdas salarias que chegaram a 12,76%. Considerando o período entre 2004 e 2008, o crescimento foi de apenas 1,67% na média salarial desse grupo. Agência...13/05/2010
O crescimento da economia brasileira neste ano, entre 5,5% e 6%, se dará sem desequilíbrio macroeconômico, sem formação de gargalos ou de bolhas, prometeu ontem (12) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao participar da reunião da direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo ele, “quase já se pode afirmar” que o Brasil é um país de classe média, e o governo tem a inflação sob controle. Para ele, se não fossem os alimentos, que ficaram mais caros por causa da chuva, principalmente em São Paulo, os índices de inflação seriam menores. Mantega também voltou a enfatizar que a economia brasileira já está aquecida e voltou aos níveis pré-crise – outubro de 2008 – e que a estimativa é de serem gerados 2 milhões de empregos neste ano. Ele destacou que houve aumento real do salário mínimo e redução das desigualdades, com o aumento de renda e o crescimento do segmento social conhecido como classe C ou classe média, reduzindo-se os segmentos D e E. Pelos cálculos apresentados, a classe C já representa mais de 50% da população brasileira. Sobre o aumento do salário mínimo, ele afirmou que hoje tem o maior poder de compra da cesta básica. “Quando nós começamos o governo, o mínimo mal comprava uma cesta básica. Hoje, compra quase duas. Quase duplicou o poder de compra do mínimo, o que foi fundamental para diminuir a pobreza e ampliar o mercado consumidor”, disse Mantega, lembrando que esses fatores foram fundamentais para o enfrentamento da crise. O ministro lembrou que, diante das turbulências do ano passado, outros países tiveram o consumo retraído, mas, no Brasil, foi um período que coincidiu com uma forte atuação da classe consumidora, pois existem no país segmentos da população com capacidade de compra, com salário e renda maiores, que estimulam o comércio. O consumo, segundo os dados do ministro, deve ter crescimento entre 8% e 8,5% neste ano. O número é considerado importante pela equipe econômica, porque é com base nele que os empresários fazem os investimentos. Em consequência, aumentam o emprego, a renda, o mercado consumidor e cria-se um ciclo virtuoso para a economia. Mantega defendeu os investimentos em infraestrutura que vêm sendo feitos, incluindo ferrovias, estradas, portos, refinarias e trem-bala, além de hidroelétricas para evitar, segundo ele, o apagão energético que houve em 2001. Mantega disse ainda aos participantes do encontro da CUT que não existia política industrial antes no Brasil e que o termo era considerado palavrão para muitos. O ministro da Fazenda enfatizou também o fortalecimento das estatais, que, para ele, devem sempre ser fortes e eficientes, e lembrou os estímulos dados à indústria naval, sem os quais o Brasil ainda seria dependente de tecnologia externa. “Isso...