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As quatro faces cruéis da terceirização

18/05/2015
Ao longo das últimas décadas, apesar dos problemas que ainda persistem, o mercado de trabalho nacional se estruturou e acumulou conquistas importantes por meio da ação sindical, e, também, pelos anseios da sociedade democrática na qual vivemos. Entretanto, tais avanços estão em risco por conta da tramitação do PL 4330, que, se aprovado definitivamente, transferirá para o conjunto (ou boa parte) dos trabalhadores os problemas da terceirização.   A terceirização é vendida à sociedade, pelas entidades empresariais, como fator de aumento da competitividade do País por meio da redução de custos do trabalho, além de afirmar que também seria fonte de geração de empregos. Estes argumentos, porém, são carentes de sustentação e deslocam o problema estrutural da economia brasileira, em especial do setor industrial, para uma simples questão de redução de custos do trabalho (que entidades como CNI e FIESP nem colocam como determinante ao mau estado da indústria no País, conforme estudos já divulgados pelas entidades empresariais).   Além disso, ignora-se que as empresas brasileiras, por meio de sofisticadas técnicas de downsizing e a alta rotatividade, são enxutas e, assim, a suposta geração de empregos que a terceirização possibilitaria não passa de uma retórica, ainda mais se colocado que o emprego é, antes de tudo, uma variável macroeconômica. Dessa forma, a terceirização tende a ser bom para empresários, já que se trata de redução de custos, mas tem eficácia duvidosa na geração de empregos e, principalmente, tem efeitos problemáticos para o trabalhador.   Os danos para a mão de obra, segundo trabalho elaborado pela CUT, com o auxílio da Subseção do DIEESE na mesma entidade são claros. Em 2013, os 12,7 milhões de trabalhadores terceirizados (26,8% do total dos ocupados no mercado formal) estavam expostos as seguintes situações:   – Recebiam em média 24,7% a menos   – A jornada semanal média era 7,5% superior   – O tempo de emprego era 53,5% menor   – A taxa de rotatividade de emprego era superior para os terceirizados, 64,4% contra 33,0% dos demais setores   Além dessas desvantagens, a terceirização possui ao menos outras quatro cruéis faces que vulnerabilizam a vida dos que vivem do trabalho:   1. Calotes   A ação sindical, assim como uma simples pesquisa, revela que as empresas prestadoras de serviços promovem calotes, geralmente coletivos, principalmente ao final dos contratos firmados com empresas contratantes, abandonando seus trabalhadores sem o cumprimento das obrigações trabalhistas legais.   2. Morte   O terceirizado corre riscos maiores de morrer, isso porque as condições de saúde e segurança do trabalho são inferiores às asseguradas aos trabalhadores contratados diretamente. Dois exemplos: em 2001, de acordo com estatísticas da Fundação COGE, morreram 79 trabalhadores do setor elétrico, destes 61 eram vinculados às...
Reconhecer os avanços e seguir lutando
15/05/2015
Por José Álvaro de Lima Cardoso, economista e supervisor técnico do DIEESE em Santa Catarina. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que Santa Catarina tem a menor taxa de desocupação do país, notícia extremamente importante para os catarinenses. O estudo em questão, a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), mostra que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no 1º trimestre de 2015, número que em Santa Catarina, está em 3,9%. Taxa de desocupação neste patamar significa que, na prática, quem aceita trabalhar pelos atuais níveis salariais, dispõe de emprego (isso em termos gerais, é claro, pois alguns segmentos, como os analfabetos, sofrem com a baixa empregabilidade). O fenômeno, em boa parte, está relacionado às próprias características regionais do Brasil, visto que a taxa de desocupação da Região Sul (5,1%) é a menor do país, e a Região Nordeste apresenta a taxa mais elevada, de 9,6% no mesmo período. De qualquer forma, a taxa catarinense é a menor dos três estados do Sul. Um dado que chama a atenção é o percentual de formalização do emprego no setor privado no estado: 90,1% dos trabalhadores têm carteira assinada, bem acima do patamar nacional, que ficou em 78,2% no primeiro trimestre. O trabalhador de carteira assinada no Brasil certamente sofre os efeitos de um mercado de trabalho com tantos problemas. No entanto, em regra, para o trabalhador informal a situação é bastante pior no que se refere à salário, condições de trabalho, rotatividade e outros aspectos. Daí a importância da formalização do emprego no país. Quem acompanhou a evolução do mercado de trabalho brasileiro nos anos de 1990 sabe o que representa, do ponto de visto econômico e social, a perversa combinação entre elevada taxa de desemprego, salário baixo e alta taxa de informalidade do trabalho. Muito frequentemente a única “saída” dos trabalhadores para a referida combinação era emigrar em busca de outros mercados menos sofridos, como o norte-americano, japonês ou europeu (hoje o Brasil acolhe trabalhadores imigrantes, especialmente latino-americanos). Alto nível de ocupação da força de trabalho (ou seja, baixa taxa de desocupação) representa também expansão do mercado consumidor interno, já que cada emprego gerado (mesmo que com salário médio ainda baixo) significa um consumidor a mais. O Brasil está conseguindo enfrentar a crise econômica mundial que iniciou em 2007, em boa parte graças à expansão do mercado consumidor, que com limitações e dificuldades, vem resistindo. No ano passado quando a economia brasileira apresentou crescimento pífio (0,1%), o consumo das famílias expandiu 0,9%, evitando que a estagnação significasse recessão, já que os investimentos retraíram 4,4% e a indústria também recuou 1,2%. Entre 2003 e 2013 o consumo das famílias cresceu em...

Zara é autuada por não cumprir acordo para acabar com trabalho escravo

15/05/2015
A grife Zara, que produz e vende roupas masculinas e femininas e pertence ao grupo espanhol Inditex, foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por descumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2011 para corrigir condições degradantes que caracterizaram trabalho escravo na cadeia produtiva da empresa.   De acordo com a superintendência do órgão federal em São Paulo, uma auditoria com 67 fornecedores da marca mostrou 433 irregularidades em todo o país, como excesso da jornada de trabalho, atraso nos pagamentos, aumento dos acidentes, trabalho infantil, além de discriminação pela exclusão de imigrantes da produção, o que pode resultar em multa de mais de R$ 25 milhões.   As oficinas subcontratadas pela marca receberam 52 autos de infração. Entre as irregularidades, foram constatadas jornada de trabalho excessiva, servidão por dívida e situação precária de higiene.   Na época, a empresa disse desconhecer esse tipo de exploração. Pelo TAC, assinado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Zara deveria ter detectado e corrigido novas violações, por meio de auditoria interna, melhorando as condições gerais de trabalho na empresa.   O relatório mostra que mais de 7 mil trabalhadores foram prejudicados pelas irregularidades em fornecedoras da Zara. Entre eles, 46 empregados estavam sem registro em carteira, 23 empresas estavam em débito de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 22 tinham jornadas excessivas, irregulares ou fraudadas.   Em relação aos acidentes de trabalho, verificou-se um aumento de 73, em 2012, para 84 casos, no ano passado. A auditoria foi solicitada a partir da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo que investigou trabalho escravo. As fiscalizações ocorreram entre agosto de 2015 a abril deste ano.   Para o Ministério do Trabalho e Emprego, a empresa não só continuou a cometer infrações à lei trabalhista como utilizou as informações da auditoria para excluir imigrantes da produção. “Utilizou-se das ferramentas de fiscalização de natureza privada para identificar fornecedores com risco potencial de exploração de trabalho análogo à de escravo, excluindo-os unilateralmente de sua cadeia produtiva, em vez de identificar situações reais de lesão aos direitos humanos, corrigi-las e comunicar às autoridades, de acordo com o que determinava o TAC”, diz relatório da superintendência regional. Por conta da fiscalização, a empresa transferiu parte de sua produção para outros estados, como Santa Catarina.   Pelos cálculos do ministério, a empresa deve pagar R$ 25 milhões pelo descumprimento do acordo e R$ 850 mil pela atitude discriminatória. “Trabalhadores migrantes, notadamente de origem boliviana, foram excluídos de sua cadeia produtiva, razão pela qual a empresa foi autuada por restringir o acesso ao trabalho por motivos de origem e etnia do trabalhador”, explica o relatório do...
Magistério decide manter greve em SC #grevesemmedo
15/05/2015
Durante a Assembleia Estadual do Magistério, que aconteceu na tarde da quinta-feira (14), ficou decidido que a greve do magistério do estado de Santa Catarina continua. Diversos encaminhamentos foram feitos pelos professores/as grevistas e um deles foi a ocupação da BR-101. Ao final da assembleia, a categoria tomou os dois sentidos da BR-101 na região de Biguaçu, por cerca de 10 minutos.   Os trabalhadores/as em educação não aceitaram a minuta do termo de acordo do Governo que não trouxe garantias concretas para as principais pautas de reivindicação como o pagamento de 13,01% do Piso Nacional na carreira, retroativo a janeiro de 2015, a não incorporação da regência de classe no vencimento, não contratação de ACTs como horistas entre outros pontos. No documento enviado pelo Estado constava a anistia de faltas de 2012 a 2014, a revisão de parte da redação do Decreto nº3.593 das progressões, a reposição das aulas de acordo com o calendário e o prazo de 30 dias prorrogável por mais 30 dias para a negociação.   Entre os encaminhamentos aprovados está a formação de um fundo de amparo para manutenção dos professores grevistas que tiveram descontos na folha de pagamento.   Confira a lista completa de decisões tomadas na Assembleia Estadual:   1 – Manutenção da Greve.   2 – Formação de um fundo de amparo para manutenção dos professores grevistas que tiveram descontos na folha de pagamento, (poderão ser utilizados os recursos do imposto sindical previstos para a compra das sedes regionais e empréstimos de outros sindicatos e os recursos do imposto sindical de 2015, com critérios a serem definidos pelo Comando Estadual de Greve).   3 – Será encaminhado um documento ao governo contendo, “a não retirada de direitos, permanência da regência, não transformação de ACT em horista, não regressão na carreira e pagamento imediato dos 13,01% de reajuste na carreira retroativo a 01/2015”.   4 – Reversão das demissões e o fim dos casos de perseguições, assedio e processos administrativos contra lideranças sindicais.   5 – Manter e intensificar a ocupação da ALESC e SED, de acordo com encaminhamentos do comando estadual de greve.   6 – Intensificar as visitas nas Escolas.   7 – Fechamento da BR-101 após o encerramento da assembleia.   8 – Realização de assembleias regionais na segunda, dia 18/05, para avaliação, balanço e encaminhamentos da greve na regional e eleição do representante da regional no Comando Estadual de Greve.   9 – A próxima reunião do comando estadual de greve será na terça, dia 19/03, às 15h, em Florianópolis. Nesta reunião deverão ser apresentadas as atas das assembleias regionais com a eleição do representante.   Fonte: SINTE/SC  ...
Nova direção nacional da Contracs é empossada
14/05/2015
Na noite desta terça-feira, dia 12, a nova diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT foi empossada, para o exercício de 2015 a 2019. A cerimônia de posse ocorreu no saguão da sede nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na capital paulista e contou com a presença de representantes de entidades sindicais, federações e confederações de todo o país, além de entidades sindicais internacionais e personalidades políticas e sociais.   No início da cerimônia, o presidente reeleito da Contracs, Alci Matos Araujo, compartilhou com todos a alegria de ser empossado junto com a nova diretoria em um prédio que segundo ele é “símbolo de luta e da classe trabalhadora”. Alci destacou que esta diretoria está com muita coragem de fazer e lutar pelos trabalhadores e trabalhadoras, mas que o desafio é forte. “Temos 63 companheiros de todo o país que se juntaram pela vontade de fazer crescer a Contracs”.   Ao longo da festividade, Alci relembrou de todos os presidentes que passaram pela Confederação e que contribuíram com o crescimento e fortalecimento da Contracs. Emocionado, ele falou a todos sobre o desafio e as expectativas para este mandato. “Vamos lutar por mais de três milhões de trabalhadores e trabalhadoras que estão divididos em nove setores de várias categorias. Temos vontade de representa-los de fato e de permanecermos fortes na luta para que os direitos não sejam reduzidos, mas sim ampliados”.   O final da cerimônia foi marcado pela entrega dos certificados de posse a todos os secretários, diretores, integrantes de federações e dos conselhos da Contracs, que ao fim da solenidade gritaram a uma só voz o nome da central a qual pertecem “Central Única dos Trabalhadores”.   Composição da nova diretoria:     Executiva     Presidente: Alci Matos Araujo (Sindicomerciários-ES)   Vice-presidente: Romildo Miranda Garcez (SEC Fortaleza)   Secretaria de Administração e Finanças: Nasson Antonio de Oliveira (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Recreativas Assistenciais de azer e Desporto do Distrito Federal)   Secretaria-Adjunta de Administração e Finanças: Geralda Godinho de Sales (Sec Brasília)   Secretaria Geral: Antonio Almeida Junior (Sindicato dos Trabalhadores Instrutores em Autoescola, Centro de Formação de Condutores de Guarulhos)   Secretaria de Relação Internacional: Eliezer Pedrosa Gomes (Sec João Pessoa)   Secretaria de Organização e Políticas Sindicais: Alexandre da Conceição do Carmo (Secor)   Secretaria de Relações do Trabalho: Ana Maria Roeder (Sec Jaraguá do Sul)   Secretaria de Organização do setor de serviços: Sebastião Costa do Nascimento (Sec Fortaleza)   Secretaria de Formação: Olinto Teonácio Neto (Sindisuper-RN)   Secretaria de Comunicação: Maria do Rosário Assunção (Sec Teresina)   Secretaria de Políticas Sociais: José Vanilson Cordeiro (Sec Ponta Grossa)   Secretaria de Mulheres: Paloma dos Santos (Sindilimpeza-Baixada Santista)...
No dia da abolição da escravatura, Contracs reforça Campanha Basta de Racismo
13/05/2015
Assinada em 1888, a Lei Áurea aboliu oficialmente a escravidão no Brasil. No entanto, a assinatura da lei em 13 de maio não provocou significativas mudanças à população negra, fazendo algo muito mais cruel: renegando direitos e condições dignas de inserção social desta população na sociedade.   Devido às distorções causadas com a promulgação da lei, que apenas libertou os escravos e não garantiu trabalho, renda, estudo, moradia e etc, hoje são necessárias reparações históricas como a imposição de cotas e outras leis que combatam o racismo e o preconceito oriundos da discriminação que os negros e ex-escravos sofriam e a população negra perpetuou apenas por ser seus descendentes e ter a mesma cor de pele.   Diante do atual cenário, em que racismo e preconceito continuam presentes na sociedade brasileira e fazem parte do cotidiano de milhões de trabalhadores e trabalhadoras negras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) tem lutado para que estas práticas não sejam rotineiras e sejam combatidas.   Desde março de 2014, a Contracs desenvolve a Campanha Basta de Racismo – que já foi adotada pela CUT e por demais Confederações CUTistas – para estimular o debate sobre o racismo no ambiente de trabalho e fazer com que entidades sindicais, dirigentes, trabalhadores/as assumam uma postura de denúncia em relação às práticas ilegais.   A recém empossada secretária de política de promoção para igualdade racial da Contracs, Ana Lucia da Silva, defende que estas práticas devam ser combatidas no ambiente de trabalho. Neste sentido, ela acredita que a Campanha Basta de Racismo deva continuar atuante na confederação e nas entidades filiadas. “Somente com uma campanha específica poderemos conscientizar trabalhadores e trabalhadoras sobre a importância de denunciar as práticas de racismo e não deixar que elas façam parte do mundo do trabalho.”   Para acessar a Campanha, clique aqui.   Fonte: CONTRACS/CUT  ...
CUT chama para semana de luta contra ataque aos direitos dos trabalhadores
12/05/2015
Enquanto no Congresso os parlamentares seguem atacando os trabalhadores com a aprovação, na Câmara, de projetos que retiram seus direitos, a CUT preparam uma semana de luta, com ações em Brasília.   No dia 12 de maio, os CUTistas irão pressionar parlamentares nos aeroportos de seus estados de origem, enquanto embarcam para Brasília. A tática já havia sido utilizada para protestar contra a tramitação, na Câmara, do PL 4330, que amplia a terceirização para todas as atividades nas empresas do País.   Durante a semana, dirigentes da CUT vão até o gabinete de diversos senadores pressionar contra a MP 665 e o PL 4330, que estão no Senado. Além disso, os CUTistas irão se concentrar nas galerias, que estarão abertas.   Ao contrário do que acontece no Senado, onde o povo pode ocupar as galerias para acompanhar e fiscalizar o trabalho dos parlamentares, na Câmara dos Deputados o acesso continua vedado. Dessa forma, dirigentes da CUT se concentrarão na parte externa do Anexo II e continuarão negociando para acompanhar a votação da MP 664, que está na ordem do dia.   Na manhã do dia 14 de maio, uma Audiência Pública irá discutir o PLC 30/2005 (PL 4330) no Senado. Logo em seguida, às 11h, uma Comissão Geral também vai debater o projeto da terceirização. A CUT deve participar ativamente das duas atividades.   Vagner Freitas, presidente da CUT, convoca os trabalhadores para que lutem contra os projetos que atacam a classe trabalhadora, em vídeo gravado para o site da entidade (assista aqui). “Essa questão de ajuste fiscal, que o governo está colocando, não foi debatida com a sociedade. O que acontece com a MP 664 e 665 é retirada de direitos e nós não aceitamos que nenhum ajuste seja feito na conta dos trabalhadores.”   Fonte: por Igor Carvalho/CUT Nacional...

Carioca Calçados é processada e pode ser multada em até R$ 1,5 milhão

12/05/2015
  O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina ajuizou ação contra a Carioca Calçados Ltda por não computar corretamente o ponto dos empregados na entrada do expediente. Em vistorias na loja localizada num dos shoppings da Grande Florianópolis, foi constatado funcionárias trabalhando sem registrar o início da prestação laboral no ponto eletrônico, o que é autorizado somente a partir das 9h45min, sob a alegação de que o centro de compras abre para atendimento ao público às 10h. Muitos trabalhadores costumam entrar no estabelecimento até meia hora antes do início do expediente e os minutos a mais não são considerados na jornada.     Em audiência no MPT, a empresa disse ser um benefício aos seus empregados a permissão para entrarem no ambiente de trabalho antes do início efetivo da jornada, sendo esta uma praxe da Carioca Calçados, tanto para empregados do shopping, que optam por deixar seus pertences em escaninhos para fazer rápidas refeições, quanto para empregados de lojas de rua, que preferem permanecer na loja em dias de calor, por exemplo.     No entendimento do Procurador Luiz Carlos Rodrigues Ferreira, responsável pela ação, a prática é equivocada. “ O não controle da jornada ou a manipulação da mesma,  representa sonegação fiscal, de FGTS e da contribuição previdenciária, e ceifa a oportunidade de que o trabalhador usufrua de seus direitos, constituindo verdadeira afronta à ordem jurídica e à sua dignidade”, afirma.     Na ACP, além de pedir que a empresa permita e exija o registro no ponto eletrônico, as entradas, saídas e intervalos efetivamente praticados por seus empregados, o Procurador pede uma indenização de R$ 500.000,00 por dumping social, ou seja, por utilizar-se da conduta para baratear custos e obter vantagens comerciais, e mais R$ 1.000.000,00 por dano moral coletivo.     ACP-0000236-55.2015.5.12.0037       Fonte: Assessora de Comunicação Social MPT/SC  ...

Senado aprova regulamentação das domésticas e prejudica categoria

08/05/2015
Na noite desta quarta-feira (6), o Senado Federal finalmente colocou em votação a regulamentação dos direitos das trabalhadoras/es domésticas/os que aguarda há dois anos por este momento.   O texto analisado continha algumas emendas incluídas pela Câmara Federal com trechos da Emenda Global da Deputada Benedita da Silva, que pretendia amenizar as precarizações promovidas pelo texto do Senado de autoria do Senador Romero Jucá.   A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT), que defende as trabalhadoras domésticas em nível nacional, defende que o texto não garantiu pontos primordiais no respeito e igualdade de direitos conquistados com a promulgação da Emenda Constitucional 72, que determinava a equiparação dos direitos das trabalhadoras domésticas com os demais trabalhadores urbanos e rurais.   A Contracs irá aguardar a redação final do texto e espera que a presidenta Dilma Roussef vete os pontos mais prejudiciais.   FGTS   Entre os pontos alterados na Câmara e rejeitados pelo Senado está a contribuição ao INSS. A Câmara previa a contribuição de 12%, mas o Senado previa 8% e inclui o recolhimento de 3,2% por parte do empregador para um fundo que deve cobrir a multa de 40% no caso de demissão do empregado sem justa causa.   A Contracs considera esta poupança forçada um estímulo à demissão por justa causa, que devolveria o dinheiro recolhido ao empregador. A Contracs defende que o valor seja revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para desestimular despedidas por justa causa fraudulentas.   Simples Doméstico   A Câmara ainda aprovou a dedução das despesas com a contribuição previdenciária do empregado doméstico no Imposto de Renda do empregador. Para tanto, foi criado o simples doméstico para que todas as contribuições relativas ao empregado doméstico sejam pagas em um único boleto bancário.   Banco de Horas   Entre umas das maiores precarizações promovidas ontem, está a aprovação do banco de horas anual. A Câmara havia limitado o prazo para três meses, no entanto o Senado rejeitou a proposta.   O texto aprovado ontem determina que o trabalho que exceder às 44 horas semanais será compensado com folgas. As 40 primeiras horas deverão ser remuneradas e as demais deverão ser compensadas em até um ano.   Para a Contracs, estabelecer o banco de horas é o mesmo que extinguir e flexibilizar a jornada de trabalho instituída com a Emenda Constitucional 72.   Este será um dos pontos pelo qual a Contracs lutará pelo veto da Presidenta Dilma Roussef, afinal a instituição do banco de horas é um mecanismo que na prática extingue a jornada semanal de 44 horas e afetará as trabalhadoras e trabalhadores domésticos.   Imposto Sindical   Um dos pontos aprovados refere-se a permissão da...
10 de maio – DIA DAS MÃES
08/05/2015
A maternidade revela na mulher ainda mais sabedoria e a faz vencer muitos desafios.   Nossa admiração por essas mulheres, mães e trabalhadoras, que se desdobram e transformam o mundo com o seu amor!   Uma homenagem da FECESC neste dia das mães. “

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