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Dilma em Washington: a manchete que a imprensa escondeu

04/08/2009
Imagine o seguinte acontecimento: dois ministros de Estado de um grande país latino-americano – um deles candidato a presidente nas próximas eleições – viajam a Washington para um fórum econômico de cúpula que reúne os assessores para Segurança Nacional dos EUA, Jim Jones, e o para Assuntos Econômicos Internacionais, Michael Froman, além de 20 representantes de algumas das maiores empresas e grupos financeiros dos dois países, como Coca-Cola, Motorola, Cargill e Citibank. O presidente norte-americano Barack Obama decide prestigiar o evento, dele tomando parte por cerca de meia hora.   À saída, não apenas o ministro-candidato anuncia o "forte apoio" de Obama à intensificação do comércio entre os dois países e ao combate mútuo ao protecionismo, mas o próprio presidente dos Estados Unidos, que a princípio não deveria se pronunciar (na verdade, sequer costuma participar de reuniões desse tipo), faz questão de dar uma declaração, na qual enfatiza a importância da relação bilateral entre os dois países.     Desnecessário dizer que, em linguagem diplomática, o "gesto espontâneo" de Obama tem significado claro: sinaliza a primazia do tal país latino-americano como parceiro regional. Como a confirmar tal significado, ato contínuo o influente Council on Foreign Relations divulga nota em que sugere olhar o tal país latino-americano "como intermediário em questões de segurança regional", pois ele "está aprendendo a equilibrar diplomacia comercial e política de modo sem precedentes".   No dia seguinte, obviamente, o assunto domina as manchetes dos grandes jornais e é explorado à exaustão pelo noticiário televisivo do país latino-americano. Nas edições imediatamente seguintes, economistas, cientistas políticos e experts em profusão debatem as implicações, imediatas e a médio prazo, do encontro de cúpula em Washington, avalizado por ninguém menos do que o presidente da (ainda) maior potência mundial.   A imprensa descompromissada Acontece que o país latino-americano em questão é o Brasil, um lugar em que a imprensa, em sua maioria, tem simplesmente abdicado de seu papel de informar e questionar, preferindo agir como partido político. Para piorar, liderou a missão brasileira em Washington a ministra-candidata Dilma Rousseff, contra quem até fichas policiais falsas foram utilizadas na tentativa de infamá-la. Portanto, ao invés de manchetes, esquálidos parágrafos; no lugar de debates, um epifânico silêncio. A se basear na "grande imprensa" nativa, é quase como se os desdobramentos surpreendentemente positivos do Fórum de CEOs Brasil-EUA de 1 de julho, não tivessem ocorrido. Mas, além da imprensa norte-americana – que publicou dezenas de artigos2 e análises sobre o encontro –, boa parte da mídia internacional demonstrou-se muito mais atenta ao caso, fornecendo até detalhes do evento e estendendo a cobertura aos encontros de Dilma com o secretário do Tesouro norte-americano, Tim Geithner, com o assessor econômico de Obama, Larry Summers, e...

O piso estadual de salários será instrumento de desenvolvimento socioeconômico para Santa Catarina

04/08/2009
O projeto de piso estadual enviado à Assembléia Legislativa de Santa Catarina pelo Governador do Estado, e fruto de três anos de debate do movimento sindical, potencialmente irá beneficiar milhares de trabalhadores e trabalhadoras catarinenses. Mas, além do inegável conteúdo social do projeto, os valores mínimos propostos (o menor é de R$ 587,00) têm plena viabilidade econômica. A Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina estima que, em 2007, a renda per capita do Estado tenha alcançado R$ 17.530,92. Um salário mínimo de R$ 587,00, mesmo acrescido dos encargos sociais, ficaria bem abaixo da renda per capita estadual.     Outra indicação de que um salário de R$ 587,00 é viável para Santa Catarina é a de que este valor equivale a 52% do rendimento médio praticado no estado que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD-IBGE), em 2007, estava em R$ 1.126,00. Além disso, o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense nos últimos anos tem ficado acima do crescimento do PIB no Brasil, uma razão a mais para o estado praticar valores diferentes do salário mínimo nacional. Vários estados brasileiros já praticam o piso, inclusive os demais estados da Região Sul. Nestes se pode observar que o acréscimo de renda obtido pelos trabalhadores, especialmente daqueles situados na base da pirâmide salarial, foi destinado ao consumo dos chamados bens salário (comida, roupa, sapatos), dinamizando a economia dos estados.   O momento é muito oportuno para discutir o piso estadual, também pela necessidade que temos de enfrentar a crise econômica internacional e seus reflexos no Brasil. A queda do PIB no primeiro trimestre foi suavizada exatamente pelo consumo das famílias, que expandiu em relação ao quarto trimestre de 2008, quando tinha sofrido forte recuo. Ou seja, tem sido o consumo interno que vem evitando que os reflexos da crise internacional sejam mais drásticos no Brasil. A tarefa primordial da política macroeconômica neste momento é a ampliação do mercado interno do país, o que pode ser feito sem risco inflacionário em função dos baixos níveis de utilização da capacidade instalada na indústria. Em Santa Catarina a implantação do piso estadual de salários, pode ser um grande instrumento de enfrentamento da crise e desenvolvimento sócio-econômico, com benefícios para os trabalhadores, empresários e governo.   Autor: José Álvaro de Lima Cardoso – Economista e supervisor técnico do DIEESE em Santa...

Entrevista com Manuel Zelaya: “hondurenhos têm direito a pegar em armas”

30/07/2009
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, advertiu que “se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também têm direito de voltar a buscar soluções nesse caminho” Cercado por guarda-costas, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, cumprimentava com euforia um grupo de hondurenhos que cruzaram a fronteira com a Nicarágua, local em que ele havia convocado seus simpatizantes para, juntos, reingressarem ao país depois de 26 dias de exílio. A entrada triunfal programada por Zelaya foi minguada pelo governo golpista de Roberto Micheletti, que decretou estado de sítio nos estados cuja rodovia leva à fronteira, em uma tentativa de impedir a mobilização convocada pela Frente de Resistência ao Golpe. Empenhados em receber o presidente deposto, porém, centenas de hondurenhos se aventuraram pelas montanhas do país para driblar a repressão do Exército. Entre abraços e gritos de “urge Mel!” (algo como “apareça, Mel!”, apelido pelo qual é conhecido), a segurança do mandatário advertia sobre a presença de franco atiradores em uma colina. Sem a multidão esperada, Zelaya não cruzou a fronteira. Se o fizesse, “seria preso”, advertiu um coronel do Exército hondurenho encarregado da vigilância da aduana. O presidente deposto aguardava a resposta de uma "negociação" para que o Exército permitisse sua entrada. Não houve acordo. Sentado em um jeep rodeado por simpatizantes, Manuel Zelaya conversou brevemente com o Brasil de Fato. Visivelmente cansado e aparentemente sem estratégia real para garantir seu retorno à presidência, ele advertiu que “se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também tem direito de voltar a buscar soluções nesse caminho”. Brasil de Fato – O governo dos EUA criticou sua decisão de tentar voltar ao país sem um prévio acordo com o governo golpista. Qual sua opinião? Manuel Zelaya – Dei todas as tréguas. Fui extremamente tolerante, esperei e apoiei todas as decisões tomadas pela comunidade internacional. Aceitei o que disse a Secretária de Estado [estadunidense, Hillary] Clinton. No entanto, os golpistas continuam reprimindo o povo, violando os direitos humanos da população, apropriando-se de recursos que não lhes pertencem, usurpando a soberania popular, traindo os poderes do Estado. Me tiraram de casa em uma madrugada a balaços, amarrado. Nunca me acusaram formalmente em uma demanda judicial, nunca fizeram acusação anterior. Agora inventaram acusações contra mim, minha família e meus ministros. Os militares falam de democracias, mas quando alguém emite uma posição contrária, é declarado comunista, perseguem e dão um golpe de Estado. A elite hondurenha é extremamente conservadora. O senhor não pôde entrar em Honduras como previsto. O que pretende fazer? Mantenho o chamado ao povo hondurenho para que venham à fronteira....

Em cenário externo confuso, a aposta deve ser no mercado interno

30/07/2009
Quando se pensa o crescimento do país para os próximos meses, não se pode deixar de olhar a atual valorização do câmbio com preocupação. É grande a possibilidade de elevação do déficit em conta corrente em 2010 com uma retomada mais vigorosa da economia. A trajetória está longe de ser explosiva, mas deve ser olhada com preocupação. No ano passado o déficit em conta corrente ficou em 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), e neste ano deve cair para 1% ou menos neste ano, em função da queda do consumo das famílias, do governo e dos investimentos. O problema é que uma aceleração do crescimento com um câmbio no nível atual certamente vai elevar o déficit em conta corrente. As opções não são muitas. Uma delas é aceitar a idéia que expandir o PIB significa aumentar o déficit em conta corrente, que, pelas previsões, pode chegar a 3% do PIB no ano que vem. Outra possibilidade é aumentar a poupança doméstica, das famílias e do governo, como fazem os países asiáticos, especialmente a China, onde o consumo das famílias em relação ao PIB é de 35% (no Brasil é mais de 60%). Mas no curto prazo e médio prazo esta é uma possibilidade não muito palpável. Um cenário possível é o de que os déficits em conta corrente que podem se verificar a partir de 2010 sejam cobertos com um volume crescente de investimentos estrangeiros diretos (IED). Nos seis primeiros meses deste ano, houve ingresso de US$ 12,684 bilhões e nos 12 meses terminados em junho, ingressaram US$ 41,033 bilhões em investimentos estrangeiros diretos. As previsões para o ano é de que o IED pode chegar a US$ 30 bilhões, volume inferior ao recorde de US$ 45 bilhões alcançado em 2008, mas o quarto maior desta década. Em cenário conjuntural incerto como o atual, dois aspectos parecem ser bastante claros. O Brasil não pode se dar ao luxo de não ter superávits comerciais, sob pena de abrir um rombo na conta corrente do balanço de pagamentos no médio prazo. É fundamental levar em conta que a redução da vulnerabilidade externa brasileira nos últimos anos, que nos deu condições de enfrentar a crise internacional sem quebrar, deve-se aos superávits comerciais, que permitiram superávits seguidos no balanço de pagamentos e a redução do peso da dívida pública sobre o PIB. O superávit não precisa e nem deve ser muito expressivo, em função do risco de sobrevalorização do real, mas a balança comercial tem que ser positiva. Obviamente o superávit comercial tem que vir acompanhado de esforços no sentido de agregar valor às nossas exportações, algo bastante difícil neste momento de protecionismo global e de elevação da demanda mundial por commodities agrícolas...

Presidente da CUT alerta sobre situação do mundo pós-crise

22/07/2009
O presidente da CUT Nacional, Artur Henrique, durante a IV Plenária da CNQ-CUT, fez uma análise da conjuntura, onde enfocou a crise financeira mundial sob dois aspectos: o enfrentamento da crise e o mundo que surgirá pós-crise. "A crise tem responsáveis, são aqueles que implementaram as propostas neoliberais de desregulamentação do sistema financeiro, dos mercados, que defendiam a criação do Estado Mínimo e que o Estado deveria sair de todas as atividades econômicas", enfatizou. Ele fez um alerta de que essas políticas ainda são aplicadas em vários Estados brasileiros, administrados pelo DEM ou pelos tucanos, como o Estado de São Paulo. Disputas no enfrentamento da crise – Artur lembrou que logo no início da crise, vários empresários, de forma oportunista, tentaram se aproveitar da crise para fazer ajustes em suas empresas. "No Brasil iniciou-se uma grande campanha para flexibilizar direitos, surgiram propostas de acordos de redução da jornada com redução de salários, suspensão de contratos de trabalho, etc. A CUT saiu às ruas e detonou essas propostas, enfrentando empresários, a mídia e até setores do sindicalismo." Para a CUT, enfrentar a crise passa pela defesa dos empregos, dos investimentos públicos e do papel do Estado como indutor da economia, através de várias ações, que vão desde a política de valorização do salário mínimo, manutenção dos investimentos, programa Bolsa Família, entre outras ações. Pós-crise – Artur ressaltou que o mundo hoje debate modelos político. O modelo neoliberal "caiu com o desmoronamento do muro de Wall Street". Ele destaca: "Estamos sem modelos. Na América Latina surgem experiências novas, a partir dos governos democráticos e populares". O novo modelo seria, segundo Artur, baseado no desenvolvimento sustentável. "Defendemos uma sustentabilidade econômica, ambiental e rediscutir mudanças de valores e de formas de consumo. Mudar valores que foram colocados em nossas cabeças, como individualismo, competição… O que está em xeque é a questão da solidariedade coletiva contra os projetos individuais." Em relação a isso, Artur informa que a CUT está promovendo um amplo debate através de oficinas regionais, onde serão discutidas alternativas energéticas, democracia, papel do Estado. Isso irá resultar numa plataforma da classe trabalhadora para as eleições de 2010, não só com o objetivo de manter o projeto democrático e popular, mas também com a consolidação de propostas para avançar rumo à mudança na estrutura sindical brasileira. Último desafio- Artur destacou ainda a necessidade de fortalecimento de nossas organizações sindicais, o que passa por uma política de formação sindical política e ideológica e por uma política de comunicação, voltada não apenas para dentro de nossas organizações, mas também para a sociedade. Ele concluiu ressaltando que a CUT precisa também fazer um debate interno tendo os princípios chaves de unidade e solidariedade, como objetivos estratégicos...

Superintendência Regional do Trabalho e DIEESE lançam Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda

22/07/2009
Publicação traz compilação de informações sobre mercado de trabalho, intermediação de mão-de-obra, qualificação social e profissional, seguro desemprego, economia solidária, Proger e juventude A Superintendência Regional do Trabalho de Santa Catarina e o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizam cerimônia de lançamento do Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda hoje (22)das 14h30 às 18h, no FLOPH Florianópolis Palace Hotel (Rua Artista Bittencourt, 14 no centro de Florianópolis) O Anuário é uma publicação desenvolvida pelo DIEESE em convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego que reúne, em cinco livretos, dados relacionados às políticas públicas de emprego, trabalho e renda. São focados dados sobre o mercado de trabalho, a intermediação de mão-de-obra, a qualificação social e profissional, o seguro desemprego, a economia solidária, o Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda (Proger) e a juventude. A mesa de abertura contará com a presença dos titulares da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Santa Catarina Luís Miguel Vaz Viegas e da Coordenadora do Observatório do Trabalho de Curitiba, Lenina Formaggi. Representantes da Subsecretaria de Trabalho, Emprego e Renda; Secretaria Municipal de Políticas Sociais, Conselho Estadual do Trabalho, do Emprego e Geração de Renda do Estado de Santa Catarina também participarão da atividade. O evento é parte de uma série de iniciativas do Ministério do Trabalho e Emprego, realizadas por meio de suas Regionais, e têm como objetivo difundir os dados relativos às ações do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda entre os diversos atores sociais e promover e facilitar o uso dessas informações. Mais informações: DIEESE, Escritório Regional de Florianópolis: (48) 3228-1621 ou na Superintendência Regional do Trabalho de Santa Catarina: (48)...

Oportunidade de trabalho é o tema mais importante para os jovens sulamericanos, diz pesquisa

21/07/2009
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pelo Instituto Pólis em seis países da América do Sul – Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia e Paraguai – revelou que a prioridade para a juventude de hoje é “ter mais oportunidade de trabalho”. A pesquisa “Juventude e Integração Sulamericana: diálogos para construir a democracia regional” ouviu 14 mil pessoas no segundo semestre de 2008 e o estudo, cujo questionário contou com 50 perguntas, foi o primeiro a comparar gerações na América do Sul (50% dos entrevistados foram jovens de 18 a 29 anos e 50% adultos de 30 a 60 anos). Entre as diferenças geracionais importantes estão as que indicam que os jovens são mais escolarizados que as gerações mais velhas (no Brasil, 3% dos jovens são analfabetos, contra 17% dos adultos), mais conectados à Internet (no Brasil 50% dos jovens são usuários, contra 21% dos adultos) e também menos religiosos (no Brasil, 14% dos jovens declaram não ter religião, contra 7% dos adultos). Por ouro lado, os jovens nos seis países pesquisados compartilham com os adultos opiniões e valores semelhantes quanto a temas morais e éticos, como a legalização do aborto (as gerações pensam de modo parecido, em geral contra), a importância do esforço pessoal para se melhorar de vida e a visão da corrupção como principal ameaça à...

Salário inicial do brasileiro tem crescimento de 23,16% desde 2003

20/07/2009
Entre 2003 e 2009, o salário inicial dos brasileiros subiu R$ 149,23, passando de R$ 605, 57 para os atuais R$ 754,80, crescimento de 23,16%. No primeiro semestre de 2009, os salários médios no momento da admissão do trabalhador apresentaram um aumento real de 0,57% em relação ao mesmo período do ano anterior, ao passarem de R$ 741,57 para R$ 754,80. Os números foram anunciados nesta quinta-feira (16) pelo ministro do trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante apresentação dos dados do Cadastro Geral de empregados e Desempregados (Caged). Segundo foi constatado no Caged, a média salarial de admissão dos contratados é R$ 103,79 menor do que a dos desligados. Em, 2009, quem perdeu o emprego tinha salário médio de R$ 858,58, enquanto os contratados receberam, em média, R$ 754,79. O ministro Lupi avaliou o movimento dos empresários em busca de profissionais com salários mais baixos."Inicialmente, tendo a crer que a alta rotatividade no mercado brasileiro, que contrata e demite milhões de pessoas todo mês, se dá porque os contratados têm salário menor que os demitidos. Imagino que valha à pena para o empresário arcar com custos da demissão, levando em conta que os funcionários mais antigos incorporam reajustes salariais aos seus vencimentos", comentou Lupi. RegiãoO maior salário médio de admissão é registrado em São Paulo (R$ 862,07), seguido por Rio de Janeiro (R$ 843,96), Distrito Federal (R$ 801,79), Acre (R$ 748,25) e Rondônia (R$ 723,47). Os dois últimos citados foram também os que apresentaram maior crescimento de salários médios de admissão entre 2003 e 2009, com 63,69% e 55,03%, respectivamente. Os menores salários médios de admissão são pagos nos estados do Piauí (R$ 568,98), Paraíba (R$ 577,04) e Rio Grande do Norte (R$ 587,42). Gênero – O salário médio de admissão dos homens registrado no primeiro semestre de 2009 é superior ao das mulheres em R$ 89,2, sendo R$ 776,78 para homens e R$ 687,58 para mulheres. O crescimento desde 2003 foi de R$ 25,08% para homens e 20,23% para mulheres. A maior diferença está no Rio de Janeiro, onde as mulheres têm salário de admissão R$ 169,55 menor que os homens, em média. A menor diferença está em Sergipe: R$ 1,6. Em nenhum estado as mulheres têm salário médio de admissão maior que os homens.(Em...

Os riscos da volta da direita

17/07/2009
Não subestimar a oposição. Pode ser fatal e facilitar o retorno da direita. Contam com toda a mídia, direção ideológica da direita brasileira. Contam com um candidato que, até agora, mantém a dianteira – e não basta dizer que é recall, porque é muito constante sua votação, o Ciro é recall e despencou nas pesquisas. Contam com a grana, antes de tudo do grande empresariado paulista. Contam com os votos de São Paulo, que se tornou um estado conservador, egoísta, dominado pela ideologia elitista de 1932, de que são o estado do trabalho e o resto são vagões que a locomotiva tem que carregar. Contam com a despolitização destes anos todos, em que se apóia ao governo Lula, mas uma parte importante prefere, pelo menos até agora, o Serra. Contam com a retração na organização e na mobilização popular. Contam com a imagem de Serra, desvinculada do governo FHC, em que, no entanto, foi ministro econômico durante muito tempo, co-responsável portanto, do Plano Real, das privatizações, da corrupção, das 3 quebras da economia e as correspondentes idas ao FMI, da recessão que se prolongou por vários anos, como decorrência da política imposta pelo FMI e aceita pelo governo. Conta também com erros do governo, seja na política de comunicação – alimentando as publicidades nos órgãos abertamente opositores, enquanto apóia em proporções muito pequenas os órgãos alternativos, seja estatais ou não. Erros de política de juros alta até bem entrada a crise, atrasando a recuperação da economia. Erros na política de apoio e promoção do agronegócios, em detrimento da reforma agrária, da economia familiar, da auto-suficiência alimentar. É certo que a oposição não tem discurso que sensibilize ao povo, tanto assim que batem o tempo todo, com seus espaços monopólicos na mídia, mas só conseguem 5% de rejeição ao governo, que tem 80% de apoio. Mas também é certo que o estilo marqueteiro que ganharam todas as campanhas, despolitizam o debate, se Serra se mantiver na liderança das pesquisas, não precisa apresentar propostas, só as imagens maquiadas das “maravilhas” que estaria fazendo em São Paulo, assim como o tom de Aécio de que não é anti Lula, mas pós-Lula, dizendo – como disse e não cumpriu em São Paulo, que manteria os CEUS e outros programas sociais do PT – que vai deixar o que está bom – sempre atribuído ao casalsinho Cardoso. A direita pode ganhar e se reapropriar do Estado. O governo Lula terá sido um parêntesis, dissonante em muitos aspectos essenciais dos governos das elites dominantes, que retornarão. Ou pode ser uma ponte para sair definitivamente do modelo neoliberal, superar as heranças negativas que sobrevivem, consolidar o que de novo o governo construiu e avançar na construção...

País cria mais de 119 mil empregos no mês de junho

17/07/2009
O mês de junho apresentou saldo positivo no emprego de 119.495 postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quinta-feira (16). Foram admitidos 1.356.349 e demitidos 1.236.854 de trabalhadores formais, ou seja, com carteira assinada. Contudo, esse resultado foi menor do que o registrado no mês de maio, quando foram criados 131.577. Mesmo com esse resultado, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que entre as 20 maiores economias do mundo o Brasil é o país que está gerando mais empregos. "É claro que não é o que nós queríamos, mas, na realidade que estamos vivendo hoje, entre as 20 maiores nações do mundo, o Brasil é a única que está gerando empregos, com exceção da China, que não tem nenhum tipo de cadastro [de emprego]", afirmou. Os setores que mais geraram empregos no mês foram: agricultura (57.169), serviços (22.877) e construção civil (18.321). A indústria de transformação foi o setor que menos gerou empregos, 2.001 postos. Entre os setores da indústria que mais perderam empregos estão: a indústria metalúrgica (- 4.286), a de material de transporte (-2.604) e a mecânica (-1.401). No balanço do semestre, o total de empregos criados foi de 299.506 – no mesmo período do ano anterior, foram 1.361.388 novos empregos. Os setores que mais se destacaram no semestre foram: serviços (235.435), ensino (63.590) e serviços odontológicos (41.181). A indústria de transformação teve o pior resultado (- 144.477), seguida do comércio (-32.978) e da extrativa mineral (-1.561). Apesar do resultado do primeiro semestre não ser o esperado, Lupi manteve a meta de geração de 1 milhão de empregos este ano. Lupi divulgou ainda dados sobre o nível dos salários dos trabalhadores contratados com carteira assinada no primeiro semestre. O salário médio foi de R$ 754,80, contra R$ 741,54 no mesmo período de 2008. Os melhores salários são pagos nos estados de São Paulo (R$ 862,07) e do Rio de Janeiro (R$ 843,69) e no Distrito Federal (R$ 801,07)....

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