28/06/2017
Envolvido em denúncias da JBS, mais dois pedidos de impeachment contra Raimundo Colombo, foram protocolados na manhã do dia 28 de junho, após debate organizado por entidades sindicais O debate já tinha iniciado e o auxiliar de som do Plenarinho da Alesc, grita ao fundo da sala: “vou desligar os microfones e vocês terão que se retirar da sala, não há nada agendado para vocês”. Foi um pedido em vão, pois as lideranças sindicais e políticas não aceitaram a solicitação do funcionário, que recebeu ordens superiores para impedir aquela atividade. Num desencontro de informações e com a ajuda de deputados da base de oposição ao Colombo, o espaço para o debate foi garantido e ninguém precisou sair da sala. O plenarinho, que fora reservado há alguns dias pela Comissão de Educação, foi ocupado por duas horas por um debate sobre as implicações dos desvios nas contas do governo e as delações contra Raimundo Colombo, um assunto que não sai na mídia tradicional do estado. Engavetado – O processo de impeachment contra o governador Raimundo Colombo do PSD, protocolado por lideranças do Sindicato dos Trabalhadores na Educação – SINTE/SC, está há mais de dois meses parado na gaveta do presidente da Alesc, Silvio Dreveck do PP. O processo, que na manhã do debate, também foi protocolado pela presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues e o presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de Santa Catarina – FECESC, Francisco Alano, pede o impeachment de Colombo por crime de responsabilidade e improbidade administrativa. Frente às denúncias apresentadas na delação premiada de executivos da empresa JBS, em que gravações dão conta que o governador do estado e seu braço direito e então Secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, estavam garantindo facilidades nas licitações ao grupo da JBS, em troca de dinheiro não declarado para campanha política, o famoso caixa dois. As contas que não fecham – O governo Raimundo Colombo, que terminou o seu primeiro mandato em 2014 com um alto nível de popularidade, sendo reeleito em primeiro turno, enfrenta mares agitados nos últimos meses. Além de ser denunciado nas delações premiadas e ter perdido o seu Secretário da Fazenda, Gavazzoni (grande articulador do seu governo que pediu para sair após a pressão das denúncias dos delatores), Raimundo Colombo agora enfrenta as irregularidades da prestação de contas de 2016, que apesar de ter sido salvo por um voto no Tribunal de Contas do Estado – TCE, os questionamentos feitos pelo relator Luiz Roberto Herbst ainda circulam entre a população. Só para a educação pública, foram quase 5 bilhões de reais que deixaram de ser investidos e mais de 20% da arrecadação do estado que foi dada como isenção fiscal, muitas sem justificativa....23/06/2017
Reunião bimestral reúne diretores das entidades de todo o estado, filiadas à Federação Os diretores da FECESC se reúnem nesta quinta e sexta-feira, 22 e 23 de junho, para realizar sua reunião ordinária e organizar os Sindicatos para as negociações coletivas e para a luta geral da classe trabalhadora. Na pauta, a avaliação do ato realizado em Brasília no dia 24 de maio que teve grande participação da categoria, e a construção da Greve Geral do dia 30 de junho. Na manhã do dia 22, o coordenador geral do Sinte-SC Aldoir José Kraemer esteve na reunião para falar aos dirigentes sobre a luta do SINTE e de todos os professores estaduais contra o governo do estado. Kraemer lembrou que o governador Raimundo Colombo deixou de investir mais de 300 milhões em Educação, conforme parecer do Tribunal de Contas do Estado. “Por isso nós convivemos com os problemas nas escolas estaduais, quando o governador não respeita o investimento mínimo constitucional em Educação, está prejudicando toda a população catarinense”. A visita do coordenador geral do Sinte serviu para reafirmar a parceria da FECESC nessa luta em defesa da Educação. Para ampliar esta luta de âmbito estadual contra os desmandos do governo, o Sinte está organizando um debate no dia 28 de junho, no Plenarinho da ALESC, às 10h. A FECESC é uma das entidades parceiras na promoção do evento. O primeiro período da reunião foi dedicado à análise de conjuntura, apresentada pelo técnico da subseção do Dieese da FECESC Maurício Mulinari. Na análise do economista e dos dirigentes foi unânime a percepção de que a crise capitalista e política permanece e se aprofunda. “O caminho possível é a luta, devemos ampliar a mobilização e pressionar contra as reformas, essa agora é nossa pauta principal. Precisamos permanecer nas ruas, essa é a verdadeira força dos trabalhadores”, afirmou Mulinari. Na sexta-feira está prevista a participação do deputado federal Décio Lima, presidente estadual do PT, para falar sobre o cenário político e os prováveis desfechos das reformas do golpista...21/06/2017
Dirigentes da FECESC e sindicatos filiados participaram da mobilização realizada na capital na terça-feira O frio entre 14 e 16 graus colocou à prova os sindicalistas e trabalhadores que compareceram ao “esquenta” da Greve Geral em Florianópolis na terça-feira, dia 20 de junho. Chamado pela Centrais Sindicais em todo o país, o ato teve a função de divulgar a data da nova Greve Geral, marcada para o dia 30 deste mês. Na capital catarinense, a programação foi cultural e contou com vários artistas locais que realizaram apresentações sem cobrar cachê, doando sua arte para a causa Fora Temer, Diretas já e Nenhum direito a menos. O ato realizado entre às 16h30 e 20h desse dia frio contou com teatro e música, enquanto os diversos sindicatos participantes distribuíam panfletos aos trabalhadores que transitaram no largo da Catedral. O material alertou para a retirada de direitos e precarização do trabalho que os brasileiros enfrentarão caso não reagirem e impedirem as reformas que o governo golpista de Temer e os corruptos instalados no Congresso tentam promover. Dirigentes da FECESC participaram do ato. Além dos dirigentes do Sintrauto, SEEF e Sindicatos de Comerciários da região da grande Florianópolis, dirigentes de sindicatos filiados à FECESC de outras regiões do estado também participaram, pois encontram-se na capital participando de curso na Escola Sindical Sul e também para participar da reunião de diretoria da FECESC, que será nos dias 22 e 23. “Nesse período tão conturbado, precisamos acelerar nossas atividades sem deixar de estar na rua conversando com a população e chamando para participar da defesa dos direitos trabalhistas e sociais, ninguém pode ficar fora dessa luta”, afirmou o presidente do SEC Curitibanos Marcos Roberto Souza Oliveira. Os artistas engajados que fizeram sua apresentação foram: Joana e Haini, Luciano Rosa, João Batista de Paula, Toni Dias, André Berte, Letícia e Trio Marcelo Nova, Julio Black, João Paulo e Tânia....19/06/2017
Em Santa Catarina atividades de esquenta serão realizadas dia 20 de junho e na sexta-feira, dia 30, é greve geral Dia 30 de junho acontece em todo o país o segundo dia de greve geral só nesse ano. Impulsionados pelas reformas do governo Temer, que muda regras importantes de acesso á aposentadoria com a reforma da Previdência e altera mais de 100 itens da Consolidação das Leis de Trabalho – CLT com a Reforma Trabalhista, a CUT junto com as demais centrais do estado, organiza os trabalhadores para mais um dia de paralisação e protesto. A reforma trabalhista é a que está em fase mais avançada no Congresso Nacional. Já aprovada na Câmara dos Deputados, o projeto está em tramitação no Senado e pode ir à votação dia 28 de junho. As centrais sindicais apostam nas mobilizações para barrar esse projeto danoso aos trabalhadores. Além da pauta de rejeição às reformas, os organizadores questionam a legitimidade do governo Temer, visto as séries de denúncias de corrupção envolvendo o então presidente do Brasil. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues questiona a falta de legitimidade dos deputados e senadores na escolha de um substituto de Michel Temer, caso ele saia da presidência nos próximos meses. “Os políticos estão em sua maioria envolvidos nos escândalos de corrupção, não dá pra depositar nas mãos deles a responsabilidade de escolher o presidente num cenário de eleição indireta”. Assim como em várias regiões do país, atividades culturais e de mobilização estão sendo organizadas para dia 20 de junho, chamadas de esquenta greve, os atos pretendem envolver o movimento artístico da região para dialogar com a população sobre os ataques aos direitos e convida-los para aderir à greve geral do dia 30 de junho. Para mobilizar os trabalhadores e dialogar sobre os ataques aos direitos, um ato cultural e político está sendo organizado na Grande Florianópolis, que acontecerá dia 20 de junho, às 16h30 em frente à catedral metropolitana. Em Jaraguá do Sul, uma panfletagem está sendo organizada para dia 20, a fim de informar à população os motivos da greve do dia 30. Fonte: por Sílvia Medeiros/CUT...31/05/2017
A força policial desproporcional com que os trabalhadores foram recebidos na capital federal no dia 24 de maio é uma amostra do governo tirano que temos que combater Por: Sandra Werle – Assessoria de comunicação da FECESC Trabalhadores de todos os cantos do Brasil empreenderam viagem para se encontrarem em Brasília, capital federal, no dia 24 de maio, para realizar aquele que pode ser considerado o maior protesto da história, o #OcupaBrasília. Chamada pelas centrais sindicais, a manifestação foi contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista, que retiram direitos dos trabalhadores; pelo Fora Temer e por eleições diretas. As avaliações variam entre 150 mil a 200 mil pessoas presentes e, entre elas, a maior delegação de dirigentes da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Santa Catarina – FECESC e dos sindicatos de trabalhadores no comércio e serviços de todo o estado, que se somaram à comitiva catarinense formada por 41 ônibus. Os trabalhadores catarinenses saíram do estado ainda na segunda-feira, dia 22, para percorrem os quase 2.000km e estarem presentes ao ato no dia 24, quarta-feira. No caminho, expectativa, vontade de lutar e de ajudar a construir um movimento capaz de, principalmente, derrubar o governo golpista de Temer. Estávamos no ônibus que partiu de Araranguá às 17h do dia 23 e passou por Tubarão, Imbituba, Laguna, Florianópolis, Itapema, Itajaí/Balneário Camboriú e Jaraguá do Sul, completando ali a lotação de 44 dirigentes da FECESC e sindicatos mais assessorias. Outro ônibus da FECESC saiu de Curitibanos, região central do estado, e dirigentes da região Oeste e Extremo Oeste compuseram comitiva com dirigentes de outras categorias. Depois de duas noites e um dia na estrada, nossa primeira parada em Brasília foi no Clube dos Comerciários, área disponibilizada pelo Sindicato dos Comerciários do Distrito Federal para comerciários de todo o país. Cerca de 400 homens e mulheres, vindos todos de ônibus, 72h, 48h, 24h de viagem. Barracas, colchões pelo chão, café da manhã solidário e filas para um banho frio compuseram o roteiro da manhã. Depois do almoço improvisado, percorremos os 30Km até o centro de Brasília, rumo ao estádio Mané Garrincha, onde estava marcada a concentração. Antes de chegarmos ao estádio, o ônibus encontrou o engarrafamento e já pudemos ver a passeata se formando. Milhares e milhares tomavam a rua rumo ao Congresso e nosso primeiro grande impacto foi ver aquela multidão e estar confinados no trânsito. Um pouco de paciência e conseguimos descer para uma caminhada solitária do pequeno grupo que finalmente se juntou aos milhares que entoavam suas/nossas palavras de ordem. Foi um momento de grande emoção para todos: nossa chegada à luta comum àquela multidão de brasileiros de todos os jeitos, de todas as cores, de todos os...26/05/2017
Trabalhadores e trabalhadoras de Santa Catarina estiveram em Brasília no maior ato da classe trabalhadora dos últimos tempos, a forte repressão policial feriu um estudante catarinense Um dia planejado há meses, dia 24 de maio data escolhida pelas centrais para ocupar Brasília. Foram mais de 500 ônibus da CUT e 1000 ao total, que veio de diferentes regiões do país, mais de 30 vindos de Santa Catarina, que seguiram à capital federal protestar contra as reformas da previdência e trabalhista e, depois dos escândalos envolvendo a delação do empresário da JBS, o ato somou mais as pautas da renúncia imediata do Temer e pedido de eleições diretas para presidente. Ao amanhecer o dia, a capital federal se viu ocupada por ônibus que se concentraram no estádio Mané Garrincha e de lá, após o almoço, os cerca de 200 mil manifestantes seguiram em marcha até a esplanada dos Ministérios. A intenção dos trabalhadores que participavam do ato era de mostrar a indignação dos brasileiros e brasileiras frente às reformas sugeridas por Temer e que tramitam no Congresso Nacional. O coro do “não retire nossos direitos”, foi um coro ouvido de fora a fora vindo dos cinco caminhões de som que seguiam a passeata. Fazia um sol forte, muitos haviam viajado por dias para estar ali, mas a energia em cada passada era contagiante, mal sabiam os trabalhadores o que os esperavam em frente ao Congresso Nacional. As pessoas que estavam à frente do ato já tinham chego na esplanada e parte da passeata nem tinha saído totalmente do estádio Mané Garrincha. Bastou o povo se aproximar do gramado que fica em frente ao Congresso Nacional, para começar a ouvir barulhos de bombas. O pelotão da Policia Militar, junto com a Guarda Nacional fez um paredão e cercou totalmente o acesso das pessoas ao Congresso Nacional, além de afastar o povo mais de 1 quilômetro longe do prédio, a polícia não deixava as pessoas se concentrarem no gramado que fica em frente. Muita bomba de efeito moral foi jogada pela polícia, a repressão não foi somente ao pelotão de frente que revidava as agressões policiais, mas todos e todas que tentavam se aproximar do caminhão de som principal que estava a frente do gramado. Parecia um campo minado, pessoas corriam para todos os lados, alguns caiam ou se deitavam pra se proteger e não inalar tanta fumaça. A polícia cessava por alguns minutos, o povo retornava para próximo caminhão e a policia atacava novamente. Essa cena de guerra se repetiu por mais de três horas, tempo que os manifestantes ficaram resistindo e mostrando a força dos trabalhadores. Aí chega a notícia que o presidente Michel Temer faz um decreto e autoriza...22/05/2017
Em todo o país aumenta a articulação e caravanas partem em direção a Brasília onde dia 24 de maio ocorrerá uma grande manifestação pelo FORA TEMER! e por DIRETAS JÁ! A caravana de Santa Catarina será composta por cerca de 30 ônibus, 17 deles organizados por sindicatos da CUT A articulação do #OcupaBrasília, organizada inicialmente pela CUT e demais centrais sindicais para marcar um dia de luta contra as reformas da Previdência e Trabalhista recebeu grande adesão de movimentos sociais e estudantis e de cidadãos de todos os cantos do país, indignados pelas denúncias que colocaram a nu o presidente Temer e sua quadrilhas, que atualmente ocupa, ilegitimamente, o governo federal. Assim, dia 24 de maio acabou se tornando o dia do FORA TEMER! e um grito pelas DIRETAS JÁ! São esperadas centenas de milhares de pessoas na capital do país neste dia. De Santa Catarina, partirão entre hoje e amanhã cerca de 30 ônibus. A CUT-SC e seus sindicatos filiados organizaram 17 deles. A FECESC participa da organização dos ônibus que saem de São Miguel do Oeste e de Concórdia, em parceria com outras entidades, e lotou outros dois ônibus, um saindo de Curitibanos e outro percorrendo o litoral catarinense, rumo a Brasília. “O tamanho da mobilização marcará, sem dúvida, a grandeza da indignação popular com o que fizeram de nosso país, vamos derrubar esse presidente golpista, ilegítimo e criminoso, vamos exigir que o povo diga, através do voto, quem quer que conduza o Brasil”, afirmou o presidente da FECESC Francisco Alano. Os dirigentes da FECESC e dos sindicatos filiados formarão uma comitiva de 90 pessoas entre essa massa que soltará seu grito na capital federal. Para aqueles que não puderem realizar a viagem, serão organizados atos em todas as regiões do país, principalmente nas capitais, para não deixar nenhuma dúvida sobre o verdadeiro clamor popular pelas eleições diretas. Não permitiremos que esse Congresso – onde uma grande maioria também está sob suspeita de corrupção – realize eleições indiretas e consolidem um golpe dentro do golpe. FORA TEMER! DIRETAS JÁ! e FIM DO TRÂMITE DAS REFORMAS NO...16/05/2017
O #OcupaBrasília será no dia 24 de maio; dirigentes da FECESC e dos sindicatos dos trabalhadores no comércio e serviços de Santa Catarina se organizam para participar Centrais sindicais, movimentos sociais e trabalhadores de todo o país vão realizar ocupação e manifestações em Brasília no dia 24 de maio, para protestar contra a retirada de direitos trabalhistas. O foco dos participantes é barrar a Reforma da Previdência, que tem votação prevista no plenário da Câmara dos Deputados para o mesmo dia. A concentração do ato será no estádio Mané Garrincha, às 14h, seguindo até a Esplanada do Ministério. A mobilização do dia 24 finalizará um conjunto de manifestações que iniciam já na próxima quarta-feira (17), na capital federal. Neste dia, representantes da classe trabalhadora realizarão mutirão de visita aos gabinetes para pressionarem os senadores a votarem contra a PEC 287. Os comerciários e prestadores de serviços de Santa Catarina estarão representados pelos dirigentes da FECESC e Sindicatos filiados, que se reunirão aos representantes de trabalhadores de todo o país na mobilização. Motivações A Greve Geral do dia 28 de abril foi a maior greve dos últimos 30 anos no Brasil e motivou os trabalhadores e seus representantes a continuarem na luta contra o desmonte de direitos, dessa vez rumo à Brasília. PEC 287 O texto da Reforma da Previdência segue para votação em dois turnos no plenário da Câmara dos Deputados. Para que a reforma passe, são necessários três quintos dos votos, ou seja, 308 dos 513...11/05/2017
Mãe, Viver de sobressalto é rotina Equilibrar-se no salto ou nas quinas Correr atrás dos sonhos Que dobram a esquina E entremeio à labuta Que lhe exige porções indefinidas De destempero e calma Com um filho no colo Outro nos olhos Outro na alma Achar um tempinho pra si Depois respirar fundo Erguer a cabeça e o punho E ir à luta! Antônio...05/05/2017
Na próxima quinta-feira (11), às 9h, vai ocorrer um ato na Tribuna da Assembleia Legislativa com o objetivo de ocupar o espaço e mobilizar mães e mulheres a refletirem sobre a função social e política da maternidade. O dia da mobilização foi definido por conta do Dia das Mães, que será na mesma semana, com o intuito ressignificar o conceito de maternidade criado pela sociedade patriarcal e reforçado nessa data, todos os anos. Na ocasião, será divulgado o MÃENIFESTO 8M-SC, elaborado por mães e demais organizadoras da paralisação que ocorreu no dia 8 de março. O documento problematiza ideias transmitidas de geração a geração que contribuem para a opressão contra mulheres, como a maternidade compulsória, a ausência da responsabilidade paterna na criação dos filhos e a jornada múltipla de trabalho diário exercido por mulheres mães. Além disso, o manifesto se posiciona contra a retirada de direitos promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer, personificada em reformas como a da Previdência e a Trabalhista. Leia o MÃENIFESTO 8M – SC na íntegra: MÃENIFESTO – 8M – SC Somos mulheres. Somos mães. Sem nosso papel social e político, a sociedade não se sustenta. E a despeito disso, somos vistas como sujeitos de segunda ordem, sem representatividade, sem autonomia, sem voz, cujo corpo todos se apropriam, violentam, assediam. Voltamo-nos agora contra esta lógica nociva, que nos oprime, nos vulnerabiliza, nos esmaga, nos violenta. Somos mulheres. Somos mães. Eis nosso manifesto. MATERNIDADE: UMA FUNÇÃO SOCIAL E POLÍTICA Mulheres, ao se tornarem mães, passam a ser consideradas seres frágeis e vulneráveis, incapazes de decidir por si ou sobre as quais podem recair toda sorte de decisões e opiniões, desconsiderando seu papel enquanto ser autônomo e detentor de um fundamental papel social e político. O cuidado com bebês e crianças – altamente dependentes e cujo desenvolvimento emocional, físico e psíquico necessita de presença e cuidados diários e permanentes – é uma função social crucial para a manutenção da sociedade. Esta função de cuidado, realizada em sua maioria por mulheres – mães ou não mães – precisa urgentemente ser valorizada. Mais que isso: reconhecida e compartilhada como co-responsabilidade de toda a sociedade, para muito alé m da dimensão familiar. A responsabilidade dos cuidados com as crianças não pode ser vista como dever e obrigação inerente às mulheres mães. Enquanto a coletividade se eximir de sua responsabilidade neste ciclo fundamental de cuidados, mulheres mães continuarão a ser sobrecarregadas, culpabilizadas, apartadas e excluídas dos espaços de discussão e decisão políticas. Mulheres mães não são apenas mães. Mulheres mães não são apenas cuidadoras. Mulheres mães não são recreadoras. São personagens fundamentais na construção social e política da sociedade. E sua voz precisa não apenas ser ouvida,...Siga-nos
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