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Ipea: é preciso que PIB cresça mais de 4% para que desemprego não aumente

20/01/2009
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro precisa crescer mais de 4% este ano para que a taxa de desemprego não aumente. É o que prevê uma projeção apresentada hoje (20) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre as possíveis repercussões da crise internacional no Brasil. No estudo foram apresentadas três simulações de crescimento do PIB para este ano e os reflexos nas taxas de emprego e desemprego. No primeiro, o mais otimista, com o PIB de 4%, haveria a criação de 1,3 milhão de novos postos de trabalho. Mas, 154 mil pessoas aumentariam a taxa de desemprego. No cenário mais pessimista, o que prevê o crescimento de apenas 1% no PIB, seriam mais 320 mil postos de trabalho contra um total de 1,126 milhão de novos desempregados. Na perspectiva de crescimento de 2,5%, seriam gerados 800 mil empregos e 806 mil novos desempregados. O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, disse que as medidas tomadas pelo país até o momento estão no caminho certo, mas não são suficientes para que o Brasil ultrapasse os 4% de crescimento. “Todas as simulações que temos feito indicam que um crescimento inferior a 4% implicará numa possível inflexão nessa trajetória positiva que o Brasil vinha registrando”, disse. Para ele, é preciso haver uma redução drástica da taxa de juros, que hoje está em 13,75%, em até quatro ou cinco pontos percentuais. “Os juros reais estão muito elevados. Isso não contribui para criar uma expectativa de maior investimento e da defesa do emprego e da produção nacional. A taxa de juros que temos hoje está inadequada para uma conjuntura de crise”, disse. Pochmann, no entanto, evitou fazer previsões quanto à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que amanhã (21) deve anunciar a nova taxa de juros. “O Copom saberá tomar a decisão olhando justamente o cenário de crise que temos hoje, e a expectativa de interrompermos a trajetória que estamos vivendo se não tiver crescimento econômico considerável”,...

Lula promete a sindicalistas mínimo de R$ 465 e falar com banqueiros sobre redução de juros

20/01/2009
Depois de quase três horas de reunião com representantes de seis centrais sindicais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu para os sindicalistas manter o reajuste do salário mínimo em 5,7% , que passaria a valer R$ 465 a partir de 1º de fevereirio. Segundo os sindicalistas, o presidente também decidiu convidar para uma reunião a ser realizada na próxima quarta-feira (21) donos de bancos privados e representantes dos bancos públicos. De acordo com os líderes sindicais, Lula vai pedir aos banqueiros a redução do spread bancário (diferença entre o percentual que o banco paga ao cliente investidor e o que o cliente paga pelo empréstimo) e ainda tentar discutir alternativas para a redução dos juros cobrados nos empréstimos. Os líderes sindicais defenderam junto ao presidente a redução imediata da taxa básica de juros em até 2,5%. No entanto, Lula evitou emitir opinião sobre o assunto que será decidido na próxima reunião do Comitê de Política EconÃ?mica (Copom) do Banco Central, que terá início amanhã (20), com previsão de término na próxima quarta-feira (21). “Quarta-feira será o primeiro teste do governo. Se a redução for acima de 1% estamos satisfeitos”, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. “Lula disse que essa [a questão do spread] é uma das questões mais importantes para se discutir nesse momento, porque o problema do Brasil é crédito e o dinheiro, do jeito que está caro, não pode ser mantido”, disse Paulinho da Força. Os sindicalistas reclamaram com o presidente que o spread do Banco do Brasil é o mais alto do sistema financeiro nacional. Na última semana de dezembro, por exemplo, o spread praticado pelo banco público foi de 25,9%. Houve bancos privados que mantiveram essa diferença em 15%. “Mostramos esse quadro ao presidente e ele se mostrou indignado”, destacou AntÃ?nio Neto, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil. De acordo com os sindicalistas, Lula se mostrou surpreso com os números do desemprego no país registrados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e divulgados hoje, pelo Ministério do Trabalho. O Caged registrou o fechamento de 654 mil postos de trabalho, mais que o dobro da média normalmente registrada para o mês de dezembro, de 300 mil demissões. “O presidente Lula não esperava um número tão alto. Ele se mostrou muito assustado”, disse José Gabriel dos Santos, diretor da área industrial da Nova Central de Trabalhadores do Brasil (NCTB). O presidente Lula, de acordo com os líderes sindicais, disse que deve anunciar nos próximos dias um novo pacote de medidas de isenção fiscal para o setor de construção civil, um dos que mais emprega no país. Os detalhes desse pacote não foram revelados pelo...

Os limites do capital são os limites da Terra

19/01/2009
Uma semana após o estouro da bolha econômico-financeira, no dia 23 de setembro, ocorreu o assim chamado Earth Overshoot Day , quer dizer, "o dia da ultrapassagem da Terra". Grandes institutos que acompanham sistematicamente o estado da Terra anunciaram: a partir deste dia o consumo da humanidade ultrapassou em 40% a capacidade de suporte e regeneração do sistema-Terra. Traduzindo: a humanidade está consumindo um planeta inteiro e mais 40% dele que não existe. O resultado é a manifestação insofismável da insustentabilidade global da Terra e do sistema de produção e consumo imperante. Entramos no vermelho e assim não poderemos continuar porque não temos mais fundos para cobrir nossas dívidas ecológicas. Esta notícia, alarmante e ameaçadora, ganhou apenas algumas linhas na parte internacional dos jornais, ao contrário da outra que até hoje ocupa as manchetes dos meios de comunicação e os principais noticiários de televisão. Lógico, nem poderia ser diferente. O que estrutura as sociedades mundiais, como há muitos anos o analisou Polaniy em seu famoso livro A Grande Transformação, não é nem a política nem a ética e muito menos a ecologia, mas unicamente a economia. Tudo virou mercadoria, inclusive a própria Terra. E a economia submeteu a si a política e mandou para o limbo a ética. Até hoje somos castigados dia a dia a ler mais e mais relatórios e análises da crise econômico-financeira como se somente ela constituisse a realidade realmente existente. Tudo o mais é secundarizado ou silenciado. A discussão dominante se restringe a esta questão: que correções importa fazer para salvar o capitalismo e regular os mercados? Assim poderíamos continuar as usual a fazer nossos negócios dentro da lógica própria do capital que é: quanto posso ganhar com o menor investimento possível, no lapso de tempo mais curto e com mais chances de aumentar o meu poder de competição e de acumulação? Tudo isso tem um preço: a delapidação da natureza e o esquecimento da solidariedade generacional para com os que virão depois de nós. Eles precisam também satisfazer suas necessidades e habitar um planeta minimamente saudável. Mas esta não é a preocupação nem o discurso dos principais atores econômicos mundiais mesmo da maioria dos Estados, como o brasileiro que, nesta questão, é administrado por analfabetos ecológicos. Poucos são os que colocam a questão axial: afinal se trata de salvar o sistema ou resolver os problemas da humanidade? Esta é constituída em grande parte por sobreviventes de uma tribulação que não conhece pausa nem fim, provocada exatamente por um sistema econômico e por políticas que beneficiam apenas 20% da humanidade, deixando os demais 80% a comer migualhas ou entregues à sua própria sorte. Curiosamente, as vitimas que são a maioria sequer estão presentes ou...

CUT pedirá a Lula redução de juros e de impostos contra crise

19/01/2009
Uma redução ousada da taxa básica de juros (Selic) e um corte coordenado de impostos são duas das propostas de combate à crise financeira que representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) levarão hoje (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião marcada para esta tarde em Brasília. A informação foi dada pelo presidente nacional da central sindical, Artur Henrique, em entrevista coletiva em São Paulo. “Vamos levar a discussão histórica que a CUT vem desenvolvendo sobre a redução da taxa de juros”, disse Henrique, além de debater com a executiva da central os efeitos da crise internacional sobre a economia brasileira. “A cada ponto percentual de queda na taxa, você tem R$ 15 bilhões a mais disponíveis para desenvolver a produção no país.” Henrique afirmou, entretanto, que só a redução dos juros não basta. A CUT vai propor medidas para a queda dos juros cobrados pelos bancos e para uma melhor distribuição do crédito já disponível no mercado. A central pedirá também uma desoneração fiscal coordenada entre governos federal, estaduais e municipais dos setores mais afetados pela crise. “O ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] corresponde a 26% ou a 27% de toda a arrecadação de impostos no país e é um imposto estadual.” De acordo com a proposta da CUT, empresas beneficiadas com as medidas teriam que garantir a manutenção dos empregos de seus funcionários. A central vai propor ainda uma suspensão temporária do superávit primário; mais investimentos do Banco do Brasil no mercado de veículos usados; manutenção de investimentos de outras empresas estatais, como Petrobras e Eletrobras; e a garantia de aumento real do salário mínimo, como havia sido acordado com as centrais. “Nossas propostas estão focadas na manutenção de emprego e geração de renda”, afirmou Henrique. “Quarenta milhões de brasileiros dependem do salário mínimo. Uma elevação injeta recursos na economia e possibilita a continuidade do consumo." Agência...

Centrais sindicais suspendem negociação com empresários

16/01/2009
Representantes das centrais sindicais decidiram ontem (15) em reunião, paralisar as negociações com os empresários por dez dias. A decisão foi tomada sem a presença da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que não aceita a redução do salário proposta pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Durante esses dez dias, os sindicalistas pretendem se reunir com os governos federal e estaduais para encontrar soluções de combate à crise e, assim, evitar as demissões ou reduções salariais. De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, os sindicalistas decidiram elaborar propostas diretas para auxiliar o governo a conter a crise no país e evitar as demissões. Entre as propostas estão medidas como a redução dos juros, aumento do crédito e redução do spread bancário (diferença que os agentes financeiros cobram entre captação e aplicação). A Fiesp, além dessas medidas, propõe a redução da jornada de trabalho e do salário. “São medidas que o governo tem que tomar já. Se nós conseguirmos que o governo tome essas medidas talvez não seja necessário a gente fazer essas concessões que os trabalhadores já começam a fazer não só em São Paulo como no Brasil inteiro. Nossa idéia é tentar, aproveitando a onda de demissões, a crise e as dificuldades que os trabalhadores vêm passando, forçar o governo federal e de São Paulo a tomar medidas contra a crise.” Paulinho disse ainda que o governo também pode reduzir impostos e as empresas garantir os empregos. Para ele, o governo está tomando medidas que beneficiam os empresários e está esquecendo dos trabalhadores. “O governo vive falando mal do Fernando Henrique Cardoso e no governo dele quando isso foi feito [redução de impostos] garantiu-se o emprego.” Na próxima quarta-feira (21), dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decide a nova taxa básica de juros, os sindicalistas farão uma manifestação com a presença da Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Os sindicalistas prometem também fazer manifestações e paralisações nas empresas e fábricas que demitirem funcionários.   Agência...

Seguro-desemprego pode ser ampliado para 12 parcelas

16/01/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda aumentar o pagamento do seguro-desemprego das atuais cinco parcelas para 12. A medida encontra resistências no próprio Ministério do Trabalho, devido ao impacto sobre o orçamento do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que prevê gastar R$ 18 bilhões somente com esse benefício neste ano. Sindicalistas e empresários já solicitaram ao governo que estenda os pagamentos para, pelo menos, dez parcelas. Se realmente o governo decidir pela ampliação do seguro-desemprego, a medida deve ser anunciada até o final deste mês. Lula ainda aguarda o retorno dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), que estão em férias, para fechar as...

Preços gerais têm deflação de 0,85% em janeiro

15/01/2009
O Índice Geral de Preços -10 (IGP-10), divulgado hoje (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve deflação de 0,85% em janeiro. O resultado ficou abaixo do verificado em dezembro, quando o índice teve leve alta de 0,03%. No acumulado de 12 meses até janeiro, o IGP-10 registra elevação de 8,23%. Entre os indicadores que compõem o IGP-10, o que mede a evolução dos preços por atacado (IPA) teve deflação de 1,50% em janeiro, após a taxa de -0,22% verificada no mês anterior. O movimento foi influenciado pelos preços dos bens finais, que, depois de recuarem 0,16% em dezembro, tiveram queda ainda mais acentuada em janeiro, de 0,93%, puxados principalmente por veículos e acessórios (de 0,76% para -7,53%). Os bens intermediários tiveram comportamento semelhante na passagem de dezembro para janeiro, passando de -0,88% para -1,80%. Quatro dos cinco subgrupos que compõem o indicador apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura (de -0,30% para -2,42%). Também houve desaceleração no índice relativo às matérias-primas brutas, que passaram de 0,71% para -1,67% no período. O resultado foi influenciado pelos preços de tomate (de 64,28% para -9,26%), bovinos (de -2,19% para -6,75%) e minério de ferro (de 7,53% para 0,61%). Em sentido oposto, tiveram alta de preços ou quedas menos acentuadas milho (de -5,67% para 3,50%), arroz (de -7,29% para -4,31%) e leite in natura (de -2,73% para 1,33%). Já o Índice de Preços ao Consumidor teve alta de 0,62% em janeiro, mesmo resultado apurado no mês anterior. Cinco das sete classes de despesa tiveram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para educação, leitura e recreação (de 0,41% para 1,22%), influenciada pela alta nos preços dos cursos formais (de 0,00% para 1,68%); e transportes (de 0,31% para 0,83%), puxados pelos reajustes em tarifa de ônibus urbano (de 0,19% para 1,50%). Os grupos despesas diversas (de 0,22% para 0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 0,59% para 0,62%) e vestuário (de 0,37% para 0,40%) também apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. Em movimento oposto, foram verificadas desacelerações nas taxas de habitação (de 0,57% para 0,29%), com destaque para eletricidade residencial (0,74% para 0,02%); e alimentação (1,00% para 0,81%), influenciada pela queda dos preços de laticínios (de 1,41% para -0,21%). Último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também desacelerou na passagem de dezembro para janeiro, registrando alta de 0,17%, menos intensa do que a elevação de 0,33% no mês anterior. O movimento foi puxado pelos preços dos materiais (de 0,47% para 0,17%) e da mão-de-oba (de 0,14% para 0,00%). Já os serviços tiveram acréscimo em sua taxa, passando de 0,57% para 1,05%.   O IGP-10 registra a inflação de preços desde matérias primas agrícolas e...

Liminar suspende assembléia de novo sindicato

15/01/2009
Duas ações da Justiça colocaram em questão a busca de dois sindicatos do Oeste de SC em representar parte da base já representada pelos sindicatos de comerciários da região. Foi suspensa por liminar uma assembléia do recém-criado Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Chapecó, que seria realizada ontem, dia 14. A medida foi concedida ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Chapecó e Xaxim, que por sua vez quer estender sua base sobre as cooperativas agrícolas e agropecuárias. A entidade tem assembléia marcada para o dia 18. Ambos os sindicatos disputam a mesma base, que hoje é, na verdade, já representada pelos sindicatos de trabalhadores no comércio. Os sindicatos dos comerciários e a FECESC também pediam anulação da assembléia do dia 14. Como a anulação já havia sido concedida, a Justiça determinou uma audiência entre as partes para uma data próxima. Entenda a questão Duas iniciativas no Oeste do estado deixam os sindicatos de comerciários da região em alerta em relação a quem representa parte de sua base. Foi criado em Chapecó o Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Chapecó, estendendo a representação para todas as cooperativas da cidade e de Pinhalzinho. Parte dessa base já é representada pelos sindicatos de comerciários da região. Outra ação na região foi por parte do já existente Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Chapecó e Xaxim, que busca estender sua representação sobre a base já representada pelo Sindicato dos Comerciários. Antes a entidade representava apenas o setor de carnes e agora busca estender sua representação sobre as cooperativas agrícolas e agropecuárias, que incluem até lojas e supermercados. O Sindicato da Alimentação está com assembléia marcada para o dia 18 para decidir o tema. Assessoria de Imprensa da...

Réquiem por Israel?

14/01/2009
Está ocorrendo na Palestina o mais recente e brutal massacre do povo palestino cometido pelas forças ocupantes de Israel com a cumplicidade do Ocidente, uma cumplicidade feita de silêncio, hipocrisia e manipulação grotesca da informação, que trivializa o horror e o sofrimento injusto e transforma ocupantes em ocupados, agressores em vítimas, provocação ofensiva em legítima defesa. As razões próximas, apesar de omitidas pelos meios de comunicação ocidentais, são conhecidas. Em novembro passado a aviação israelense bombardeou a faixa de Gaza em violação das tréguas, o Hamas propôs a renegociação do controle dos acessos à faixa de Gaza, Israel recusou e tudo começou. Esta provocação premeditada teve objetivos de política interna e internacional bem definidos: recuperação eleitoral de uma coligação em risco; exército sedento de vingar a derrota do Líbano; vazio da transição política nos EUA e a necessidade de criar um facto consumado antes da investidura do presidente Obama. Tudo isto é óbvio mas não nos permite entender o ininteligível: o sacrifício de uma população civil inocente mediante a prática de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade cometidos com a certeza da impunidade. É preciso recuar no tempo. Não ao tempo longínquo da bíblia hebraica, o mais violento e sangrento livro alguma vez escrito. Basta recuar sessenta anos, à data da criação do Estado de Israel. Nas condições em que foi criado e depois apoiado pelo Ocidente, o Estado de Israel é o mais recente (certamente não o último) ato colonial da Europa. De um dia para o outro, 750.000 palestinos foram expulsos das suas terras ancestrais e condenados a uma ocupação sangrenta e racista para que a Europa expiasse o crime hediondo do Holocausto contra o povo judeu. Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada (daí, que a seguir a cada tratado de paz se tenha de seguir um ato de violação que a desminta); para consolidar a ocupação, o povo judeu tem de se afirmar como um povo superior condenado a viver rodeado de povos racialmente inferiores, mesmo que isso contradiga a evidência de que árabes e judeus são todos povos semitas; com raças inferiores só é possível um relacionamento de tipo colonial, pelo que a solução dos dois Estados é impensável; em vez dela, a solução é a do apartheid, tanto na região, como no interior de Israel (daí, os colonatos e o tratamento dos árabes israelenses como cidadãos de segunda classe);...
Lupi condena empresas que recebem incentivo do governo e demitem
14/01/2009
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse hoje (13) que está indignado com empresas do setor automobilístico que estão demitindo, depois de terem sido beneficiadas com a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “O governo já tomou algumas atitudes para conter o desemprego, já fez algumas isenções de impostos como, por exemplo, para o setor automotivo. Eu não consigo conceber como, apesar da isenção de IPI , algumas empresas desse setor ainda estão demitindo. Acho isso um absurdo”, afirmou. Preocupado com a perspectiva de aumento das demissões no mês de dezembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou Lupi para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto. De acordo com o próprio ministro, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ainda estão sendo fechados e serão apresentados, oficialmente, ao presidente, na próxima segunda-feira, pela manhã e divulgados na parte da tarde. Mesmo sem os números fechados, a previsão é de aumento de demissões. Lupi destacou que, no último mês, as demissões superaram a média registrada para dezembro nos últimos anos, de 300 mil demissões. “O presidente disse que precisa desses dados porque está muito preocupado com a questão do emprego. Quando se afeta o emprego, afeta-se o coração da economia de um país. Em cima desses dados de dezembro, nós vamos ter uma radiografia de todos os setores. Saberemos o que foi essa demissão a mais no mês de dezembro, que normalmente é negativo , para ver que atitudes a mais o governo precisa tomar para evitar o desemprego”, disse o ministro. Lupi afirmou ainda que a possibilidade de estender o número de parcelas do seguro desemrpego é uma possibilidade, mas que ainda não foi detalhada. Ele defendeu que essa medida seja aplicada de forma setorizada nas áreas onde o governo perceba que há uma maior continuidade de demissões. “Ainda estamos em uma fase de observação. O resultado negativo no mês de novembro já nos deixou em alerta. Poderemos adotar uma medida para estender o seguro-desemprego para alguns setores. Poderemos ter mais algumas isenções para alguns setores”, disse. Segundo Lupi, o governo está estudando a possibilidade de vincular os financiamentos concedidos pelos bancos públicos ao compromisso das empresas em contratar trabalhadores. Para isso, o Ministério do Trabalho pretende cruzar os dados do Caged com os dados dos financiamentos e incentivos concedidos pelo governo. “O Ministério do Trabalho tem dois instrumentos fortes de incentivo a área de produção que são os recursos do FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador] e do FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço]”, afirmou. O FAT financia algumas das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o FGTS está no...

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