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Lula em Teerã: Um outro mundo, mais do que possível, é necessário

18/05/2010
Durante discurso por ocasião da abertura da XIV Cúpula do G-15, em Teerã (Irã), nesta segunda-feira (17), o presidente Lula enfatizou que “um outro mundo, mais do que possível, é necessário”. Segundo o presidente, a G-15 – criado há mais de 20 anos – consistiu numa resposta “às transformações inauguradas com o fim do mundo bipolar”. Ele lembrou o fato do encontro estar acontecendo no Irã: “Aqui estão reunidos líderes de um grupo de nações unidas na sua diversidade, que escolheram o Irã – ponto de encontro de muitas civilizações – para dar continuidade a este importante diálogo”. “Atravessamos juntos os anos difíceis de hegemonia do pensamento único. Éramos uma das poucas vozes dissonantes do projeto conservador defendido pelos seguidores do consenso de Washington. Nunca evitamos a defesa de um mundo mais democrático onde todas as vozes pudessem ser ouvidas. A crise em que está hoje mergulhada a economia mundial, sobretudo nos países desenvolvidos, mostra que nossos diagnósticos de anos atrás eram basicamente corretos.” Lula disse que num passado recente, “começamos a ouvir vozes que afirmavam que outro mundo era possível”. E emendou: “Hoje temos claro que um outro mundo é necessário”. Com isso, segundo ele, o G-7 deixou de ser o “centro de gravidade da nova governança econômica global”. “Hoje, o G-15 tem entre seus membros algumas das economias mais dinâmicas do mundo. Somos agora os principais motores do crescimento da economia internacional”, assegurou. De acordo com o presidente, o grupo dos emergentes tem que ficar unido e atuar em conjunto. “Sempre que enfrentamos as crises divididos fomos derrotados. Sempre que estivemos unidos trilhamos o caminho da vitória. Foi assim na OMC [Organização Mundial do Comércio] com G-20 comercial e será assim no G-20 financeiro.” Para o presidente, erradicar a fome e acabar com o subdesenvolvimento ainda são os principais desafios da humanidade no século 21. Por isso, conforme destacou, há necessidade de aprofundar a cooperação Sul-Sul e, em especial, na África. No continente africano, o Brasil tem ajudado na promoção da agricultura, fato que coloca o país numa posição de vanguarda. “Podemos ajudar sem ingerência nos assuntos internos de outras nações. Cooperação, diálogo e solidariedade devem ser os pilares do G-15. No momento em que o mundo busca alternativas para um modelo esgotado podemos oferecer uma perspectiva renovadora”, disse. Vitória da diplomacia O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em seu programa de rádio Café com o Presidente, que o acordo fechado entre Brasil, Irã e Turquia para troca de material nuclear foi uma “vitória da diplomacia”. Lula participou da negociação como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, em Teerã. O acordo prevê que o Irã envie à Turquia 1,2 mil...

Brasil pode sediar encontro global sobre trabalho infantil

18/05/2010
O Brasil foi indicado como possível sede da 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, programada para 2013. De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Leonardo Soares, a sugestão deveu-se ao fato do País ser referência mundial no combate à prática de trabalho infantil. Soares participou na semana passada da Conferência Global sobre o Trabalho Infantil em Haia, na Holanda. “Os participantes sugeriram que uma nova conferência seja realizada em 2013, com o objetivo de buscar políticas públicas que tratem de eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2016”, comentou o diretor. Delegados de 80 países participaram da Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, aberta na segunda-feira (10). Foram discutidos os avanços obtidos desde que entrou em vigor a Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil (Convenção nº 182), de 1999. Os participantes também discutiram o novo relatório internacional preparado pela OIT sobre o tema. O documento, uma espécie de roteiro, apresenta procedimentos que os países devem adotar para cumprir a meta de erradicação até...
18 de maio é dia de mobilização CUTista pela reducação da jornada de trabalho
17/05/2010
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários e aumenta o adicional de hora extra de 50% do valor normal para 75%, tramita no Congresso Nacional há 15 anos, onde encontra-se parada. Com a finalidade de ampliar a pressão sobre os deputados da Câmara Federal e seu presidente, Michel Temer, para que coloquem a PEC da redução na ordem de votação, a CUT realiza nesta terça-feira (18) o Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações.   As manifestações ocorrerão de forma descentralizada, com trabalhadores/as de todas as regiões do Brasil atrasando a entrada de turnos, paralisando parcial ou integralmente as empresas, fazendo atos de rua, atividades nos locais de trabalho, nos centros urbanos, nas áreas rurais. “Vamos todos sair às ruas para mostrar aos parlamentares que estamos mobilizados pela redução da jornada e que não aceitaremos outra resolução que não seja a inclusão imediata do projeto na pauta de votação”, exclama Artur Henrique, presidente da CUT.   Segundo avaliação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a redução da jornada de trabalho vai inserir mais de 2 milhões de pessoas no mercado, além de propiciar diversos avanços sociais para a classe trabalhadora. Estudo divulgado recentemente pelo própria entidade mostra que a redução da jornada significaria um aumento de apenas 1,99% dos custos de produção. Considerando que em média, o peso do gasto com a mão de obra é de 22%, os custos mal alcançariam os 24%.   Apesar dos fatores positivos citados acima, patrões e setores conservadores da sociedade insistem em rebater a redução com argumentos ultrapassados e incoerentes. São alentos do atraso que persistem na manutenção das desigualdades e na precarização das condições de trabalho, que criminalizam o movimento sindical e os movimentos sociais.   Nos anos que se sucederam a última redução constitucional da jornada de trabalho semanal, ocorrida em 1988, a indústria e o comércio tiveram sucessivos ganhos econômicos que não foram repassados aos trabalhadores.   “Passou da hora de revertermos este retrocesso social do trabalho no país. Por isso, é importante que a militância CUTista costrua neste 18 de maio um diálogo aberto com o conjunto dos trabalhadores e com a sociedade brasileira sobre os benefícios da redução da jornada de trabalho sem redução de salários”, conclama o presidente da CUT.   Para que a proposta vire lei, precisa ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado. Ao contrário do que estava programado para esta quinta-feira (13), a reunião com os líderes de todos os partidos na Câmara dos Deputados não ocorreu. Fonte:...
Vox Populi/Band traz Dilma com 38% e Serra com 35%
16/05/2010
O Vox Populi divulgou neste sábado (15) pesquisa de intenção de voto para as Eleições 2010. A pesquisa, encomendada pela Rede Bandeirantes, mostra pela primeira vez a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) à frente do ex-governador José Serra (PSDB). Na pesquisa estimulada, Dilma aparece com 38% das intenções de voto, contra 35% do tucano com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Em abril, na segunda rodada do levantamento, Serra tinha 34% das intenções de voto, contra 31% de Dilma. Em janeiro, na primeira rodada, a diferença do tucano era de 34% contra 27%. Os números referem-se ao cenário com o deputado Ciro Gomes (PSB), que ainda era um dos possíveis candidatos. No cenário sem Ciro Gomes, Serra aparecia com 38% contra 29% de Dilma, em janeiro, e com 38% contra 33% de Dilma, em abril. O terceiro lugar na pesquisa de maio coube à ex-ministra Marina Silva (PV), com 8% das intenções de voto. Em abril, ela havia registrado 7% e em janeiro, 8% – no cenário sem Ciro Gomes. Não quiseram ou não souberam responder 11%, enquanto votos nulos e brancos contabilizam 8%. Na pesquisa espontânea, em que o entrevistado diz o nome do candidato sem o auxílio da lista, Dilma também aparece na frente, com 19% das intenções de voto, seguida de Serra, com 15%. Em terceiro lugar, mesmo não sendo candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi lembrado por 10% dos entrevistados. Na última pesquisa Vox/Band, Lula era lembrado espontaneamente por...

Salário mínimo foi principal fator para aumento de renda dos mais pobres

14/05/2010
Os ganhos do salário mínimo observados desde 2004 foi o fator que mais impactou para o aumento da renda dos que ganham menos no Brasil. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrou que as maiores evoluções de renda ocorreram para os trabalhadores com menos qualificação e que, tradicionalmente, têm renda menor, como os trabalhadores do setor agrícola e os que trabalham em serviços domésticos. Para os agricultores, o ganho foi de 21,15%, entre 2002 e 2008, e para os trabalhadores domésticos, 15,36%, no mesmo período. A renda média do trabalho no Brasil aumentou 7,59%, de 2002 a 2008. O estudo usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise dos dados também demonstrou ganhos acima da média nacional para os grupos de trabalhadores considerados desfavorecidos no mercado de trabalho. Trabalhadores não brancos obtiveram alta de 17,92% em seus salários. Já os que têm até quatro anos de estudo tiveram ganhos de 12,39%. Os trabalhadores das áreas rurais aumentaram seus ganhos em 28,15% e os nordestinos passaram a ganhar 19,69% a mais. Ao contrário das classes com menos estudo, os trabalhadores mais qualificados acabaram apresentando uma fraca evolução em seus ganhos. De 2002 a 2008, pessoas com mais de 11 anos de estudo tiveram perdas salarias que chegaram a 12,76%. Considerando o período entre 2004 e 2008, o crescimento foi de apenas 1,67% na média salarial desse grupo. Agência...

Seef e SEC Florianópolis promovem 2º bingo dançante dos trabalhadores

14/05/2010
Repetindo a parceria com o sindicato dos comerciários de Florianópolis, o Seef realizará a segunda edição do bingo dançante dos trabalhadores. O evento será no dia 15 de maio no Clube 12 de Agosto na Rua Hercílio Luz no centro de Florianópolis a partir das 19 horas. Para os associados do sindicato em dia com suas mensalidades a cartela será gratuita. Já para os trabalhadores não associados e seus dependentes, o valor é de R$15.00 (crianças que ocuparem lugar também pagarão).   Elas podem ser retiradas no sindicato até o dia 10 de maio ou enquanto não esgotarem às 350 cartelas disponíveis. O bingo será animado com música ao vivo e serão sorteados valiosos brindes. As cartelas servirão como ingresso e serão vendidas somente com antecedência, não havendo venda no local e data do evento.   Evento: 2º Bingo Dançante dos Trabalhadores Data: 15 de maio às 19 horas Local: Clube 12 de Agosto na Rua Hercílio Luz no centro de...

Aumento de renda se reflete no crescimento de 15% nas vendas do comércio

13/05/2010
No último trimestre do ano passado os investimentos das fábricas em suas linhas de produção apontaram uma evolução de mais de 15% na formação bruta de capital fixo, ou seja, compra de máquinas e equipamentos para a linha produtiva. A previsão era de que a maior produção seria absorvida pela sociedade nos meses seguintes. E esta foi a constatação da pesquisa mensal do comércio pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (12/05): um robusto crescimento de 15,7% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Além de ter vendido mais, o ganho da atividade subiu 19,1%. Entre os fatores que contribuíram decisivamente para este resultado estão o ingresso de mais pessoas no mercado de consumo e do trabalho. A migração de mais de 20 milhões de pessoas para classe C alimenta a venda generalizada do comércio, enquanto que em março 266,4 mil pessoas foram contratadas. Soma-se a isso o fato de que a renda das famílias melhorou, a oferta de crédito se manteve e o reajuste do salário mínimo, acima da inflação, ajudou o comércio distribuir a produção que é crescente nas indústrias. Considerando a pesquisa do IBGE, entre março deste ano e março de 2009, todas as oito atividades do varejo apresentaram crescimento no volume de vendas. A atividade comercial dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, por exemplo, cresceu nesse período 15,3%; o comércio de móveis e eletrodomésticos subiu 25,7%; tecidos, vestuário e calçados subiu 15,7%; as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceram 15,2% e outros artigos de uso pessoal e doméstico, 8,4%. O comércio de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou um expressivo crescimento: 35,4%, enquanto que as vendas no varejo de combustíveis e lubrificantes subiu 6,4% e de livros, jornais, revistas e papelaria, cresceu 7,9%. Apesar de o comércio de equipamentos e material de escritório ter crescido vigorosamente, o segmento de hipermercados, da área de alimentos, foi a que exerceu maior peso na taxa de crescimento global do varejo. No acumulado no primeiro trimestre deste ano as vendas dos hipermercados subiram 12,4% e 10,4% nos últimos doze meses. É por esse desempenho que dá para interpretar como é positivo a política de recuperação do salário mínimo e o aumento do poder de compra da população, já que a massa real efetiva dos salários subiu 7,1% sobre março de 2009 de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). E mesmo com as vendas crescentes dos hipermercados, há de se destacar que a variação dos preços dos alimentos ficou abaixo da inflação média de 4,7% no grupo alimentação no domicílio nos últimos doze meses, em relação ao Índice de Preços ao...

Assista a entrevista de Dilma Rousseff no Painel RBS

13/05/2010
Assista na íntegra a entrevista com Dilma Rousseff (PT) à série especial de Painéis RBS com os principais pré-candidatos a presidente. Lasier Martins é o âncora do programa, que conta com a presença dos jornalistas André Machado, Carolina Bahia, David Coimbra, Rosane de Oliveira e Tulio Milman. Para assistir ao vídeo clique...
Quase já se pode afirmar que Brasil é um país de classe média, afirma Mantega
13/05/2010
O crescimento da economia brasileira neste ano, entre 5,5% e 6%, se dará sem desequilíbrio macroeconômico, sem formação de gargalos ou de bolhas, prometeu ontem (12) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao participar da reunião da direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo ele, “quase já se pode afirmar” que o Brasil é um país de classe média, e o governo tem a inflação sob controle. Para ele, se não fossem os alimentos, que ficaram mais caros por causa da chuva, principalmente em São Paulo, os índices de inflação seriam menores. Mantega também voltou a enfatizar que a economia brasileira já está aquecida e voltou aos níveis pré-crise – outubro de 2008 – e que a estimativa é de serem gerados 2 milhões de empregos neste ano. Ele destacou que houve aumento real do salário mínimo e redução das desigualdades, com o aumento de renda e o crescimento do segmento social conhecido como classe C ou classe média, reduzindo-se os segmentos D e E. Pelos cálculos apresentados, a classe C já representa mais de 50% da população brasileira. Sobre o aumento do salário mínimo, ele afirmou que hoje tem o maior poder de compra da cesta básica. “Quando nós começamos o governo, o mínimo mal comprava uma cesta básica. Hoje, compra quase duas. Quase duplicou o poder de compra do mínimo, o que foi fundamental para diminuir a pobreza e ampliar o mercado consumidor”, disse Mantega, lembrando que esses fatores foram fundamentais para o enfrentamento da crise. O ministro lembrou que, diante das turbulências do ano passado, outros países tiveram o consumo retraído, mas, no Brasil, foi um período que coincidiu com uma forte atuação da classe consumidora, pois existem no país segmentos da população com capacidade de compra, com salário e renda maiores, que estimulam o comércio. O consumo, segundo os dados do ministro, deve ter crescimento entre 8% e 8,5% neste ano. O número é considerado importante pela equipe econômica, porque é com base nele que os empresários fazem os investimentos. Em consequência, aumentam o emprego, a renda, o mercado consumidor e cria-se um ciclo virtuoso para a economia. Mantega defendeu os investimentos em infraestrutura que vêm sendo feitos, incluindo ferrovias, estradas, portos, refinarias e trem-bala, além de hidroelétricas para evitar, segundo ele, o apagão energético que houve em 2001. Mantega disse ainda aos participantes do encontro da CUT que não existia política industrial antes no Brasil e que o termo era considerado palavrão para muitos. O ministro da Fazenda enfatizou também o fortalecimento das estatais, que, para ele, devem sempre ser fortes e eficientes, e lembrou os estímulos dados à indústria naval, sem os quais o Brasil ainda seria dependente de tecnologia externa. “Isso...

Dos olhares e lugares das políticas para as mulheres

12/05/2010
No Brasil, após um período longo de ditadura imposto pelo regime militar, ceifando vidas e práticas democráticas, os governos pós este regime vêm aos poucos estabelecendo as bases para uma sociedade democrática, justa e igualitária. Este esforço esbarra em muitas dificuldades e tensões em decorrência de uma cultura política dominante, que estruturalmente vinculou, espalhou e legitimou as razões das discriminações, das desigualdades e da falta de oportunidades para grandes segmentos populacionais, como mulheres e negros, de maneira injustificada, utilizando os poderes constituídos de forma autoritária para excluir estes segmentos dos direitos básicos que constroem a cidadania e tornam uma sociedade democrática. É bom lembrar que as práticas de racismo, lesbofobia, sexismo e violência contra as mulheres, fazem parte do contexto atual de desigualdade e discriminação que as mulheres, principalmente as negras, sofrem cotidianamente no cenário social e profissional do mundo. A construção de uma sociedade justa, igualitária, com vistas à cidadania de homens e mulheres passa, obrigatoriamente, pelo reconhecimento das diferenças e das diversidades, bem como pela rejeição de mecanismos discriminatórios em qualquer âmbito ou nível. Poderemos arriscar que é fundamental uma reforma político-cultural profunda para que se estabeleçam as bases de uma cidadania em consonância com a ordem democrática, portanto, estamos dizendo que é necessário darmos continuidade ao processo democrático em curso, com instituições includentes, com seus ordenamentos jurídicos instituídos em outros parâmetros legais, de uma nova ordem político-social, que amplie a garantia da equidade e o respeito aos direitos fundamentais das pessoas. A luta dos movimentos feministas e de mulheres pela construção de políticas públicas para as mulheres brasileiras, aliada a experiência nestes dois mandatos do governo Lula (2003-2006 e 2007 a 2010), por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, tem colocado vários desafios sobre a intervenção nas principais questões pautadas pela dinâmica social e a reflexão crítica de construção de políticas públicas na perspectiva feminista inserida na dimensão étnico-racial e de orientação sexual, assim como, o enfrentamento às discriminações e aos estereótipos impostos às mulheres brasileiras. As relações de gênero e étnico-raciais historicamente têm um elo com a questão da cidadania. A (re) emergência dos movimentos sociais, a partir de fins da década de 70, em todo o país, produz e projeta outra concepção de cidadania, com base no trabalho, na vida e na luta social, uma cidadania que busca enfrentar os problemas cotidianos da coletividade, da exploração, da miséria, da desigualdade social, da discriminação, do preconceito, do racismo sempre presentes na formação cultural e social brasileira. A cidadania passa a ser construída no interior das lutas cotidianas, formando novos sujeitos, novas identidades político-culturais. As diretrizes e princípios da política do governo expressam o esforço de uma construção coletiva e...

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